sábado, 13 de fevereiro de 2016

Pesquisa Científica: Inclusão



GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL ALCINDO GUANABARA
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

TEMA DA PESQUISA 

 O ALUNO DE INCLUSÃO E O DESPREPARO DA ESCOLA NA TAREFA DE ENSINAR

 Professora responsável: Cláudia de Queiroz Corrêa

            Realização da pesquisa: turma 3003 Curso de Formação de Professores


RJ, NOVEMBRO DE 2015

SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.......................................................................3

2- As leis que amparam o aluno de inclusão.............................5

3- Público alvo da inclusão e suas especificidades....................7

4- Diversidade e escola ............................................................10

5- O despreparo da escola para ensinar o aluno de inclusão...13

6- CONCLUSÃO........................................................................19

7- BIBLIOGRAFIA......................................................................21


1-INTRODUÇÃO              
Nesta Pesquisa abordaremos o tema "O aluno de inclusão e o despreparo da escola em sua tarefa de ensinar." O foco da pesquisa foi a busca por respostas sobre o grande desafio da escola em ensinar as crianças com deficiência na rede pública de ensino. 
A educação inclusiva é um direito que deve ser respeitado por todos os sistemas educacionais, e isto significa que todos sem distinção têm o direito de estudar numa escola que seja realmente inclusiva. Incluir não se restringe apenas em matricular o aluno com necessidades especiais no ensino regular, mas sim dá oportunidades iguais para todos aprenderem. O problema de pesquisa originou-se das observações feitas no campo de estágio, onde observarmos uma grande dificuldade dos professores em ensinar os alunos de inclusão e nos fez refletir sobre o despreparo da escola pública para ensinar o aluno da educação especial. 

Diante disso, observamos que os professores se encontram despreparados e desmotivados para desempenhar sua função de ensinar. Esta pesquisa tem por objetivos gerais: analisar os problemas estruturais e pedagógicos da escola em relação ao aluno de inclusão. Avaliar as condições de ensino/aprendizado dos alunos da Educação Especial.Os objetivos específicos são: Identificar os problemas apresentados pela escola em relação ao ensino dos alunos de inclusão. Levantar questões sobre O despreparo da escola apresentando possíveis soluções.
A pesquisa do tema: “O aluno de inclusão e o despreparo da escola em sua tarefa e ensinar” se justifica por se tratar de uma realidade muito presente, hoje, o despreparo das escolas em receber os alunos de inclusão.  A maioria das escolas não possuem recursos suficientes nem matérias didáticos/ pedagógicos para aprendizagem desses alunos inclusos, além de professores sem preparo algum para lidar com eles.

A pesquisa nos ajudou a buscar respostas para esse problema a fim de confirmar nossas hipóteses. A pesquisa desse tema nos proporcionou respostas mais amplas para que possamos refletir sobre o tema a luz da legislação que ampara o direito do aluno com necessidades educacionais especiais que está no segundo capítulo. No terceiro capítulo aborda o público-alvo da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e suas especificidades. No quarto capítulo descreve-se a diversidade na escola e a importância da integração de todos alunos neste espaço. No quinto capítulo é um estudo feito nas escolas M.G e fala sobre o despreparo da escola na tarefa de ensinar o aluno de inclusão. Até que ponto a escola está cumprindo seu papel.


2- As leis que amparam o aluno de inclusão

Nesse trabalho iremos conhecer as leis que amparam o aluno de inclusão que estão previstas nas Leis de Diretrizes e Bases (LDB) 9394/96, Constituição Federal e Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Onde as mesmas asseguram aos alunos, direitos e como a escola deverá agir quando recebe um aluno nessas condições.


A inclusão é um direito garantido por lei, muitas escolas dizem ser inclusivas, porém é nítido o despreparo das mesmas. Abaixo seguem algumas das leis que amparam o aluno de inclusão, tendo assim, o direito de exercê-las.
Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) no artigo 3, inciso I, diz que a criança e o adolescente tem o direito ao acesso e permanência na escola, que de fato é extremamente importante para que a inclusão aconteça nas escolas regulares.

Nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial a Educação Básica deve: desenvolver competências para identificar as necessidades educacionais especiais, apoiar o professor da classe comum, definir e implementar respostas educativas a estas necessidades, atuar nos processos de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, desenvolvendo estratégias de flexibilização, adaptação curricular e práticas pedagógicas alternativas.

É previsto na Constituição Federal, no artigo 208, inciso III o “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.”.  Assim o aluno desenvolverá melhor a sua socialização com as demais pessoas que o rodeiam.

Baseado no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) todas as crianças e adolescentes, inclusive alunos de inclusão, tem o direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer. Também consta no Estatuto (ECA), capítulo |V, artigo 54, inciso |||, a obrigatoriedade ao aluno portador de deficiência a matrícula, preferencialmente na rede regular de ensino.

São diversas as leis que amparam o aluno de inclusão, porém não basta estarem somente no papel, as escolas devem agir conforme estão previstas as leis descritas acima e quebrar cada vez mais esse estereótipo de que o aluno com necessidades especiais são menos capacitados para cumprirem determinadas tarefas em sua vida.

A ausência de materiais adaptados acaba dificultando o trabalho do professor com o aluno de inclusão, deverá também sempre persistir na relação escola/família para o melhor aproveitamento do aluno.
Observamos, durante os estágios, que as escolas da rede Municipal de G./RJ tem algumas dificuldades em cumprir as leis que amparam o aluno de inclusão, pois há  ausência de recursos e a falta de capacitação dos professores para lidar com esses alunos, dificultando assim o processo de aprendizagem e até mesmo o processo de socialização.

Segundo a LDB (Leis de Diretrizes e Bases), o aluno da educação especial precisa estar matriculado em uma rede regular de ensino para se socializar e aprender como os colegas de turma, mas na verdade, o que vemos, muitas vezes, e que o próprio professor segrega o aluno deficiente de seus colegas não preparando atividades que envolvam todos da turma. Podemos concluir que quando a escola não cumpre seu papel de ensinar e socializar esses alunos não está cumprindo as leis que amparam esses alunos.

3- PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E SUAS ESPECIFICIDADES

Alunos com deficiência e os demais, que são público-alvo da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, precisam ser atendidos nas suas especificidades, para que possam participar, ativamente do ensino comum. A Educação Especial se destina aos alunos com deficiência física, deficiência mental, alunos com surdez, cegueira, baixa visão, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.

Nas observações feitas nos estágios nas escolas municipais de G./RJ e estudos feitos através da pesquisa exploratória sobre o tema, percebemos a importância da intervenção adequada do professor, para criar condições favoráveis para a aprendizagem da criança que apresenta alguma deficiência. Observamos que a participação e a interação em conjunto com os colegas é importante para o desenvolvimento do aluno da educação especial. Diante disso, é tarefa do professor, frente à diversidade encontrada na sala de aula, ajudar o aluno com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades a descobrir o seu jeito de lidar com o conhecimento, tendo sempre em mente que cada sujeito aprende de uma forma única e no seu tempo.
 
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (de janeiro de 2008), afirma que a Educação Especial deve oferecer o Atendimento Educacional Especializado às necessidades educacionais especiais dos alunos com: deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Nas Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, instituídas com base na Constituição Federal de 1988; na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de janeiro de 2008; no Decreto Legislativo nº 186 de julho de 2008 e no Decreto nº 6.571 de 18 de setembro de 2008, que dispõe sobre o AEE, consta o seguinte acerca do público-alvo desse atendimento:

1- Alunos com Deficiência: “aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” (p.2). Portanto, são os alunos com deficiência mental, deficiência física, surdez, deficiência auditiva, cegueira, baixa visão, surdo cegueira ou deficiência múltipla.
2- Alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento: “aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotora, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos em outra especificação” (p.2).
3- Alunos com altas habilidades/superdotação: “aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança. Podemos perceber através dessas definições que as políticas nacionais de Educação Especial deixam claro quais alunos serão atendidos por essa modalidade de ensino.

Se o aluno apresentar necessidade específica, decorrente de suas características ou condições, poderá requerer, além dos princípios comuns da Educação na diversidade, recursos diferenciados identificados como necessidades educacionais especiais (NEE). O estudante poderá beneficiar-se dos apoios de caráter especializado, como o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, no caso da deficiência visual e auditiva; mediação para o desenvolvimento de estratégias de pensamento, no caso da deficiência intelectual; adaptações do material e do ambiente físico, no caso da deficiência física; estratégias diferenciadas para adaptação e regulação do comportamento, no caso do transtorno global; ampliação dos recursos educacionais e/ou aceleração de conteúdos para altas habilidades.

A Educação inclusiva tem sido um caminho importante para se trabalhar a diversidade mediante a construção de uma escola que ofereça uma proposta inclusiva e que atenda às necessidades de cada um, principalmente àqueles que correm risco de exclusão em termos de aprendizagem e participação na sala de aula.
Conforme disposto no Decreto N° 7. 611/2011: “Art. 1º - O dever do Estado com a educação das pessoas público alvo da educação especial será efetivado de acordo com as seguintes diretrizes: I - garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades; II - aprendizado ao longo de toda a vida; III - não exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência; IV - garantia de ensino fundamental gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais; V - oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; VI - adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena; VII - oferta de educação especial preferencialmente na rede regular de ensino
Podemos concluir com esta pesquisa que o trabalho de inclusão nas escolas deve ser priorizado levando em consideração as ncessidades desse público-alvo da educação inclusiva citado anteriormente. É preciso fazer valer os direitos adquiridos aos portadores de necessidades especiais. Incluir os alunos com NEE em todos os segmentos é uma forma de aceitá-los como eles são. Não importa que tipo de deficiência eles carreguem, o importante é dar a eles oportunidades para que se sintam valorizados. Nesta pesquisa científica foi possível perceber que ainda falta mudanças na escola, como a adaptação de seus currículos e preparo por parte dos professores para ensinar os alunos NEE. Deve haver uma ação pedagógica eficaz, trazendo com isso, melhores condições para que a inclusão seja motivo para romper barreiras.

 4- Diversidade e escola


Antes de começarmos a relatar sobre as observações feitas na escolas afim de pesquisar sobre o tema do nosso capítulo, buscamos a definição de   diversidade que segundo o dicionário: é a qualidade daquilo que é diverso, diferente, variado; variedade; conjunto variado; multiplicidade. Na escola não pode ser diferente pois encontramos diversidade de pensamentos, de jeito de ser, de viver, enfim, pessoas diferentes que precisam conviver num mesmo espaço.
Com base nas observaçoes feitas nos estágios, podemos relatar  que a diversidade de alunos com algum tipo deficiência e bastante variada. Observamos em algumas turmas que os alunos e os professores fazem com que os  alunos da educação especial não se sintam excluídos pela sua necessidade e podendo aprender e conviver com os colegas, pois compreender a  diversidade existe, nada mais  é que aprender a aceitar quem é diferente que:

constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo momento, as diferenças entre os homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando que existem grupos humanos dotados de especificidades naturalmente irredutíveis. As pessoas são diferentes de fato, em relação à cor da pele e dos olhos, quanto ao gênero e à sua orientação sexual, com referência às origens familiares e regionais, nos hábitos e gostos, no tocante ao estilo. Em resumo, os seres humanos são diferentes, pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. São então diferentes de direito. É o chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente (,FERREIRA e GUIMARÃES 2003, p. 37).

No que se refere a educação esse direito é de TODOS, eles precisam estar nesse convívio, que acarretam de coisas boas que é poder estar no convívio social de seus colegas de classe. As diretrizes curriculares da SEED faz um reforço quanto a isso: 

“É a preocupação da escola com o atendimento à diversidade social, econômica e cultural existente que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos (...) o grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos”(PARANÁ, 2005).

O aluno especial quando se encontra no ensino regular, tende a passar por diversas situações como: aceitação dos demais colegas, adaptação ao ambiente escolar e o convívio social. Esses são os principais fatores e segundo o que observamos, alguns alunos tem acompanhantes e outros não, isso dificulta um melhor aprendizado destes alunos, geralmente, sobrecarrega o professor da turma. Este que faz com que o aluno corresponda aos objetivos feitos para cada atividade, isso é bem difícil, pois a professora tem que ajustar as atividades de forma que o aluno consiga aprender.

O grande problema da escola hoje é a falta de estrutura e recursos para atender esses alunos, pois seria bom ter uma sala de recursos, projetos que trabalhem a diversidade e materiais didáticos que são necessários para que o aprendizado aconteça. Sem um acompanhamento individual o aluno incluso não faz as atividades, o que prejudica o seu desenvolvimento. Na turma observada por nós a professora da turma pede para que os coleguinhas ajudem o aluno incluso a realizar a tarefa, sempre reforçando que ele pode sim fazer a atividade proposta com a ajuda de seus colegas.

Deste modo o aluno nunca vai se sentir excluído e sim sendo um bom amigo com os demais. As atividades diversificadas feitas com esse alunos estão sempre se adequando a sua melhor forma para execução.

É incrível ver como se sentem, os seu olhos brilham ao saber que podem estar ali socializando com os colegas. Sua forma de pensar já não é a que tinha antes inferior aos outros, e, sim de saber e estar aprendendo várias coisas, tendo grandes experiências de vida.

Toda a escola fica feliz ao ver que em meio a todas essas diversidades nenhum obstáculo foi capaz de envergonhar aqueles que mesmos com suas necessidades especiais são incluídos de uma forma especial a cada turma e de modo geral beneficia a todos trazendo uma grande experiência para os profissionais da escola e para os coleguinhas da classe onde situa-se.
A diversidade no ensino regular deverá ser capaz de integrar todos os tipos de pessoas.


5- O despreparo da escola para ensinar o aluno de inclusão

Cada vez mais, é comum encontrarmos pessoas buscando para seus filhos que tenha algum tipo deficiência as melhores condições de vida possíveis e a educação é meio para que essas pessoas se sintam parte da sociedade. No entanto, há um agravante nesta busca: escolas que ofereçam as condições ideais de estudo para uma criança ou adolescente com necessidades especiais.  As discussões sobre inclusão trazem à tona o despreparo da escola na tarefa de ensinar o aluno de inclusão, até que ponto a escola está cumprindo seu papel. E se não está? Que tipo de entrave impede a inclusão aconteça de fato?

Durante os estágios do curso de formação de professores nas escolas da rede municipais de G./RJ, tivemos a oportunidade de observar os alunos de inclusão nas turmas regulares e ficou claro que as escolas, em geral, não oferecem as condições ideais para atender alunos com deficiência. A começar pela estrutura, na entrada não existe rampa, nem mesmo nas salas de aulas e banheiros. Não existem corrimãos ou sinalização tátil em nenhuma das paredes das escolas. Não existem nenhum tipo de aparelho facilitador para um aluno com deficiência visual e auditiva. Os vasos sanitários, pias, cadeiras e mesas não são adaptadas. Além disso, muitas das portas não tem largura suficiente para a passagem de cadeiras de rodas.

Além das instalações, a grande maioria dos diretores, secretários e outros funcionários das escolas, não estão devidamente preparados para atender esses alunos, pois observamos durante as entrevistas realizadas nas escolas que houveram reclamações quanto a estrutura dos prédios escolares em relação acessibilidade, inexistência da sala de recursos, professores especializados e capacitação de professores da sala regular e cuidadores da instituição possam atender melhor esses alunos. Observamos que não existem discussões entre secretaria de educação e as escolas para que haja reformas e melhorias nas propostas de inclusão. Segue as entrevistas com os diretores:

Diretor 1:
Em relação à estrutura física da escola:
Como está estruturado o espaço físico da escola em relação acessibilidade?
Um tanto precária, porém tem um banheiro acessível e rampas.
A escola passou por alguma mudança de espaço físico para receber alunos da Educação Especial?
Não. Quando foi construída possuía uma acessibilidade precária
Em relação à estrutura pedagógica:
A escola possui sala de recursos multifuncionais e profissional especializado para atuar neste espaço?
Não. Há uma grande necessidade desses recursos.
Há disponibilidade de materiais e recursos adaptáveis para professores e alunos?
  Não.
Os professores que trabalham na escola recebem alguma capacitação pedagógica para trabalhar com o aluno da Educação Especial?
  Também não. Essa inclusão deixa bastante a desejar.
A escola realiza projetos permanentes para a conscientização da diversidade na escola?
 Poucos. Abordamos dentro dos nomes projetos vigentes.
Em seu ponto de vista quais são os desafios enfrentados pela escola na construção de uma proposta de educação inclusiva?
  . Estrutura física da escola;
  . Capacitação de todo o corpo da escola;
  . Necessidade de acompanhamento e apoio de outros profissionais;
  . Apoio da S.N.E

Diretor 2:
Como funciona o espaço fisico da escola em relaçâo acessibilidade?
A escola está em condições de receber os alunos com necessidades especiais no que diz respeito ao espaço fisico pois as portas das salas não são estreitas, temos rampas de acesso na entrada e temos um banheiro adaptado para alunos com necessidades especiais.
A escola passou por alguma mudançado espaço fisico para receber alunos da educação especial?
Sim, o banheiro adaptado foi construido com o intuito de melhor atendermos esses alunos.
Em relação á estrutura pedagógica:
A escola possui sala de recursos multifuncionais e profissional especializado para atura neste espaço?
Não possui sala de recursos multifuncionais e uma de nossas professoras tem cursos na área.
Há disponibilidade de materiais e recursos adaptáveis para professores e alunos?
Sim, temos alguns recursos especificos par atender essa clientela,mas na maioria das vezes nossos professore adaptam os recursos que tem para atendê-los de forma mais adequada.
Os professores que trabalham na escola recebem alguma capacitação pedagógica para trabalhar com o aluno da educação especial?
Não, como citado anteriormente, apenas uma de nossas professoras tem capacitação. mas procuramos sempre colocar na pauta dos nossos grupos de estudos, assuntos, pesquisem, dialoguem sobre melhorias para o todo, mas principalmente para dentro de suas salas.
A escola realiza projetos permanentes para a conscientização da diversidade na escola?
sim, sempre trabalhamos esse tema em nossa escola.
Em seu ponto de vista quais são os maiores desafios enfrentados pela escola na construção de uma proposta de educação inclusiva?
A falta da oferta de capacitação em horário compativel para que os professores possam participar.  
Em meios as observações nas escolas de estágio, constatamos que há algumas dificuldades por parte dos professores para poder atender aos alunos com necessidades especiais, algumas escolas não tem professores preparados para poder ensinar alunos da Educação Especial e a maioria dos professores  não tem formação especializada para poder atender esses alunos. Algumas salas não tem auxiliares para poder ajudar a professora, percebemos que a maioria das professoras tem dificuldades em dar aulas para os alunos especiais.
Outro fator importante que observamos durante os estágios é a integração desses alunos na turma regular, pois pode ser tarefa complexa, pois  é preciso trabalhar o relacionamento entre os alunos que  tem necessidades especiais com  aqueles que não  tem, assim como, a adaptação dos conteúdos que será trabalhado na turma. Foi observado, ainda, que existem a dificuldades em  aplicar os conteúdos escolares para esses alunos, pois a maioria deles têm dificuldades em aprender como os outros,  por isso é necessário a adapção dos conteúdos para que todos aprendam juntos.
O que precebemos é que existe uma grande insegurança por parte dos professores de como agir com esses alunos, alguns simplesmente os entregam alguma atividade pouco estimulante, tal como um desenho para colorir, enquanto outros utilizam as mesmas atividades dos demais alunos, porém, sem nenhum apoio diferenciado. Segue entrevistas com professores:

Professor 1
Em relação à educação inclusiva:
Qual é a sua formação?
Pouca.
Se sente preparado para trabalhar com alunos da educação especial?
O dia-a-dia nos prepara. No momento me sinto preparada.
Já fez alguma capacitação pedagógica para atuar com alunos da educação especial?
Não. Como já disse, o convívio em sala de aula e os anos de experiência e contado com essa classe de crianças, acaba nos ensinando e nos autocapacitando.
Em sua opinião, qual é a maior dificuldade encontrada para ensinar o aluno da educação especial?
Os recursos didáticos que não tem para usar, um profissional capacitado para lidar.
Quais adaptações são feitas no currículo e no planejamento de aula para adequar as suas práticas pedagógicas as necessidades especificas do aluno da educação especial?
O planejamento é adaptado de acordo com a necessidade do aluno, de forma lúdica para motivar o aluno a fazer as atividades.
Em seu ponto de vista quais são os maiores desafios enfrentados pelo professor na construção de uma proposta de educação especial?
Falta de colaboração da rede escolar, a falta de auxílio para desenvolver projetos que trabalhe as necessidades especiais entre outras coisas.

Professor 2
Qual é sua formação?
Sou professora e assistente social.

Se sente preparado para trabalhar com alunos da educação especial?
Gostaria muito, mas não me sinto preparada,não tenho uma formação direcionada ao PNE.

Já fez alguma capacitação pedagógica para atuar com alunos da educação especial?
Fiz um curso on line de 3 meses pela universidade de Santa catarina, indicado pela SME< o EEE.Sempre que possivel vou à palestras e seminários referentes a PNE.Capacitação presencial ainda não fiz, espero um dia ter essa oportunidade.
Em sua opinião, qual é a maior dificuldade encontrada para ensinar o aluno da educação especial?
O maior desafio do professor, é ter que trabalhar com PNE sem capacitação pedagógica e sem a sala de recursos especiais.

Quais adaptações são feitas no currículo e no planejamento de aula para adequar as suas práticas pedagógicas as necessidades especificas do aluno da educação especial?
As adaptações curriculares são feitas de acordo com o grau da necessidade de cada aluno. As orientações são pela OP da UE, mais as informações passadas pelo professor regente, formamos assim as atividades do planejamento de adaptações curriculares.
Sabemos que, necessariamente não precisamos de um laudo médico para a confecção do planejamento de adaptação curricular, mas se o aluno o possui, fica mais fácil adequar as atividades às necessidades apresentadas no laudo.

Em seu ponto de vista quais são os amiores desafios enfrentados pelos professor na construção de uma proposta de educação inclusiva?
São os direitos negados ao aluno PNE. Ele tem direito a ser assistido por um profissional pedagógicamente capacitado, em uma sala de recursos especiais adequados às sua limitações facilitando assim, seu desenvolvimento cognitivo. 


Outro grande problema comumente visto durante as observações nas escolas estagiadas, é a ausência das salas de recursos multifuncionais. Áudio-livros, jogos, livros em braile, computadores especiais, além de mobiliário adaptado, ainda não são encontrados nas escolas. Seria essencial que após o período comum de estudos, esses alunos permanecessem na escola para um atendimento especializado nessas salas de recursos multifuncionais, porém, mesmo que amparadas pela lei as escolas, ainda, não receberam essas salas.
 Mesmo não tendo as salas de recursos multifuncionais implantadas, não observamos os gestores das escolas não procuram qualquer tipo de ONG, centros de referências os hospitais especializados no assunto para agir em conjunto no aprendizado e na formação desses alunos.

Não há como negar que, de fato, existe um grande avanço na legislação no quesito amparo às pessoas com necessidades especiais, porém, essa lei ainda não é devidamente cumprida e, infelizmente as escolas não estão totalmente preparadas para atender com qualidade e atingir os objetivos pretendidos de aprendizagens para os alunos com necessidades especiais. Concluímos que ainda há muito o que avançar nas políticas públicas quando se fala em inclusão escolar.

ConsideraçÕES finais

Propomos-nos à elaboração dessa pesquisa devido às inquietações dos alunos da turma 3003 do curso normal, que em suas observações, deparam-se com o despreparo dos profissionais da educação com os alunos com necessidades educativas especiais (NEE).

Para a concretização desse estudo deparamos com a problemática: "O aluno de inclusão e o despreparo da escola em sua tarefa de ensinar".  O que vemos são professores com a função de educar, mas que se encontram perdidos e amedrontados por essa "nova" visão educacional. Tal perspectiva nos faz pensar na formação de professores e de como essa iniciativa poderia facilitar a entrada e permanência das crianças com NEE em escolas regulares.
Os achados são sim, muito relevantes para a ciência. Pois promovem a discussão sobre a inclusão dos portadores de NEE nas escolas e regulares e como alcançar os objetivos de uma escola verdadeiramente inclusiva. A pesquisa do tema nos envolveu numa busca por aprender e desenvolver o pensamento científico, produzindo assim conhecimentos ao em vez de receber informações prontas.Sabemos que tal empreitada não se constitui em uma tarefa fácil e que exigiu de nós futuros professores um olhar não só de pesquisadores, mas participantes dessa realidade.

Mesmo com os achados, a inclusão no decorrer dos anos vem melhorado, ainda há muito que se melhorar entre tantos fatores, concorda-se com SILVA (2009) que afirma o desenvolvimento da inclusão educacional "só pode ter bons resultados se forem feitos por meio da qualificação profissional". Dessa maneira, a ampliação e continuidade dos cursos de capacitação são indispensáveis para a preparação dos professores que atuam na escola. São as escolas que atuam com os alunos de inclusão devem investir em capacitação para seus professores usarem as tecnologias assistivas e os materiais didáticos não devem ser descartados. O que se espera do professor e que ele esteja preparado para o trabalho da inclusão educacional e principalmente, em acordo com SILVA (2009), "que com a educação inclusiva sejam abandonadas definitivamente às barreiras seletivas da aprendizagem", e que a sociedade se adapte ao aluno incluído ao invés do o estudante se adaptar à sociedade.

O trabalho de inclusão não poderá ser finalizado enquanto existir necessidade de aprimoramento, tanto das práticas de ensino como também de internalização dos sistemas educacionais. A inclusão é uma realidade que não pode mais esperar melhores preparos por parte das instituições de ensino, como também dos responsáveis em promover a dignidade humana, buscando com isso os valores éticos para que todos tenham lugar e vez nos segmentos da sociedade.

Todos são responsáveis pela inclusão, tanto a escola como a sociedade de um modo geral. Os cidadãos que participam da sociedade organizada têm que estar atento para a observância do cumprimento da lei da inclusão. É preciso fazer valer os direitos adquiridos aos portadores de necessidades especiais.
Incluir os alunos com NEE em todos os segmentos é uma forma de aceitá-los como eles são. Não importa que tipo de deficiência eles carreguem, o importante é dar a eles oportunidades para que se sintam valorizados.

O passo a passo desta pesquisa está em: Pesquisa científica no Ensino Médio formação de professores da preparação à apresentação

 7-BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional. Brasília: Sub-secretaria de Edições Técnicas, 1997. 48 p.

Cavalcante, M. As leis sobre diversidade. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/leis-diversidade-424523.shtml Acesso em 28 de abril de 2015.

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA ) Lei Federal  Nº 8069/1990 Disponível em:

FERREIRA, Maria Elisa Caputo; GUIMARÃES, Marly. Educação inclusiva. Rio de Janeiro: 2003 Editora DP&A

SILVA.M. EDUCAÇÃO INCLUSIVA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES (2009). Acesso: 04 de setembro de 2015.
Disponível em:
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/sem_pedagogica/fev_2010/inclusao_diversidade.pdf

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação. Ensino Fundamental na rede pública de ensino da educação básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED/SUED, 2005. Mimeog.

Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria nº 555/2007, prorrogada pela Portaria nº 948/2007, entregue ao Ministro da Educação em 07 de janeiro de 2008. Disponível em:


Decreto Legislativo nº 186 de julho de 2008 e no Decreto nº 6.571 de 18 de setembro de 2008.
Disponível em:

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