terça-feira, 24 de abril de 2018

Atividade Avaliativa: Estudo de casos sobre Tendências Pedagógicas


Atividade avaliativa: estudo de casos sobre as Tendências Pedagógicas para a formação de professores Médio  Normal. Também se aplica para quem precisa se exercitar para concursos.

Estudo de casos: Tendências Pedagógicas

Marque a resposta correta em cada um dos casos a seguir:

1º Caso
A escola F tem por finalidade difundir os conteúdos universais valorizados socialmente. Os conteúdos culturais universais são incorporados pela humanidade frente à realidade social. Parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontada como saber sistematizado. Onde o aluno é participador e o professor mediador entre o saber e o aluno. Aprendizagem é baseada nas estruturas cognitivas já estruturadas nos alunos.

a) liberal tecnicista.  b) progressista histórico-crítica.     c) liberal renovadora progressiva.    

d) progressista libertadora.    e) progressista libertária

2º Caso
Na escola X, o foco do trabalho dos professores é a formação de atitude, e sua preocupação são os problemas psicológicos dos alunos. Assim, conduzir aulas favoráveis à mudança do indivíduo. baseia-se na busca dos conhecimentos pelos próprios alunos, auto realização (desenvolvimento pessoal). Educação centralizada no aluno e o professor é quem garantirá um relacionamento de respeito. O aluno vai aprender a modificar as percepções da realidade.

a) liberal tecnicista.  b) progressista histórico-crítica.     c) liberal renovada não diretiva.    

d) progressista libertadora.    e) progressista libertária

3º Caso
A escola B foca na preparação intelectual dos alunos para assumir seu papel na sociedade de forma que os conteúdos são estabelecidos a partir das experiências vividas pelos alunos frente a situações problemas. O professor é auxiliador no desenvolvimento livre da criança. A aprendizagem é baseada na motivação e na estimulação de resolução de problemas. O foco das atividades está no aprender a aprender, ou seja, é mais importante o processo de aquisição do saber do que o saber propriamente.

a) liberal tecnicista.  b) progressista histórico-crítica. c) liberal renovada progressivista (Escola Nova)      

d) progressista libertadora.    e) progressista libertária 


 4º Caso

O professor da escola y prioriza o ensino de valores, preparação intelectual e moral dos alunos para assumir seu papel na sociedade. Os conteúdos são conhecimentos e valores sociais acumulados através dos tempos e repassados aos alunos como verdades absolutas. O professor expõe o conteúdo de forma de verbal e requer atitudes receptivas dos alunos sem questionamento, assegurando a sua autoridade. Aprendizagem se dá de forma e mecânica, onde o aluno vai fixar os conteúdos através de memorização.

a) liberal tecnicista.  b) progressista histórico-crítica.     c) liberal tradicional   

d) progressista libertadora.    e) progressista libertária


5º Caso  

A Escola D é modeladora do comportamento humano através de técnicas específicas. O professor usa procedimentos e técnicas para a transmissão e recepção de informações pelos alunos. A aprendizagem é baseada no desempenho do aluno. Os conteúdos são informações ordenadas numa sequência lógica e psicológica. A relação professor/aluno se baseia na objetividade, onde o professor transmite as informações e o aluno vai fixá-las.

a) liberal tecnicista.  b) progressista histórico-crítica.     c) liberal renovadora progressiva.    

d) progressista libertadora.    e) progressista libertária

6º caso
Essa tendência não atua em escolas, porém, visa levar professores e alunos a atingir um nível de consciência da realidade na busca pela transformação social. As atividades partem de temas geradores que se baseia nas discussões de grupos sobre temas políticos. A relação professor/aluno: é de igual para igual, horizontal. A aprendizagem parte da situação problema.

a) liberal tecnicista.  b) progressista histórico-crítica.     c) liberal renovadora progressiva.   

d) progressista libertadora.    e) progressista libertária

Gabarito:
1º caso b
2º caso c
3º caso c
4º caso c
5º caso a
6º caso d

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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Definição, orientação e recomendações para trabalhar com aluno com Deficiência Intelectual

Definição: A pessoa com Deficiência Intelectual ou cognitiva apresenta funcionamento intelectual s

Características: comprometimento nas atividades intelectuais e adaptativas. Apresenta dificuldades nas habilidades conceituais, sociais e práticas. A pessoa apresenta atraso no desenvolvimento cognitivo e tem dificuldades para aprender, entender e realizar atividades que são comuns para as outras pessoas.

A pessoa com Deficiência Cognitiva apresenta as seguintes dificuldades:

Aprendizagem e autogestão em situações da vida, como cuidados pessoais, responsabilidades profissionais, controle do dinheiro, recreação, controle do próprio comportamento e organização em tarefas escolares e profissionais.
Comunicação
Habilidades ligadas à linguagem, leitura, escrita, matemática, raciocínio, conhecimento, memória
Habilidades sociais/interpessoais (habilidades ligadas à consciência das experiências alheias, empatia, habilidades com amizades, julgamento social e autorregulação.



Alunos com deficiência cognitiva costumam apresentar dificuldades para resolver problemas, compreender ideias abstratas (como as metáforas, a noção de tempo e os valores monetários), estabelecer relações sociais, compreender e obedecer a regras, e realizar atividades cotidianas - como, por exemplo, as ações de autocuidado.

Orientações: o trabalho com o aluno com deficiência Intelectual exige estratégias diferenciadas por parte do professor adequar o planejamento e as atividades a esse aluno se faz necessário. Relacionar os conteúdos curriculares a situações do cotidiano, e mostrando exemplos concretos para ilustrar ideias mais complexas.

A melhor forma para se trabalhar com esse aluno é identificar os conhecimentos que a criança já tem sobre o assunto a ser desenvolvido. E assim, traçar estratégias de ensino que viabilize o aprendizado. Na sala de aula é preciso redimensionar o conteúdo com relação às formas de exposição, flexibilizar o tempo para a realização das atividades e usar estratégias diversificadas, como a ajuda dos colegas de sala - o que também contribui para a integração e para a socialização do aluno.

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Fontes de consulta:
/https://www.vittude.com/blog/deficiencia-intelectual-caracteristicas-sintomas/
https://novaescola.org.br/conteudo/271/o-que-e-deficiencia-intelectual



sábado, 14 de abril de 2018

Como fazer um bom projeto de pesquisa e iniciar o TCC

Ao iniciar um curso em qualquer área, a primeira preocupação  frequente é como  fazer o temido TCC!  As perguntas são muitas e,  muitas vezes, o professor orientador não consegue dar conta de tantas dúvidas. Aprender as técnicas e métodos da pesquisa científica não é um "bicho de sete cabeças" como muitos acreditam. Desmistificar e se apropriar dos conhecimentos referente à pesquisa é um passo decisivo para que a sonhada formatura aconteça!

Antes de tudo é preciso escolher o tema da pesquisa a ser desenvolvido. O tema da pesquisa deve ser escolhido de acordo com os interesses do pesquisador. O tema a ser desenvolvido deve suscitar interesse tal que se tenha vontade de conhecê-lo.  Não adianta fazer sua pesquisa sobre um tema fora da área de interesse do pesquisador, pois tornará o trabalho mais difícil e desgastante. Como fazer seu TCC

Projeto de Pesquisa

A melhor forma de começar  um TCC  é fazer um caminho para chegar a solução do problema a ser resolvido. Este caminho é chamado de projeto de pesquisa. Um projeto bem feito levará a uma pesquisa bem sucedida, consequentemente,  um produto final de qualidade. Um projeto de pesquisa deve possibilitar respostas aos seguintes questionamentos. O que vai realizar? Porque? Como? Por quanto tempo? Para quê?  Quem realizará?

O projeto será a introdução do seu relatório de pesquisa, além ser o roteiro a ser seguido tornando o trabalho bem fácil de ser desenvolvido, dai a importância de se fazer o projeto antes de começar a pesquisar sobre o tema pretendido.

Projeto de Pesquisa em Vídeo 



Para ser fazer um projeto de pesquisa deve se seguir alguns passos:

Título da pesquisa e sua escolha
O título corresponde uma a uma síntese do trabalho, deve se considerar o seu poder de instigar a curiosidade do leitor e a sua pertinência ao conteúdo da pesquisa.
Exemplo de título de pesquisa:
Repetência escolar: causa e consequência

Introdução
O que vai se realizar? Porque? Deve-se apresentar o tema da pesquisa, o problema, o problema a ser pesquisado e a justificativa.

O problema deve ser colocado em forma de questionamento, ou seja, a presentação deve ser em forma de perguntas. Exemplo de problema:
Porque as crianças de classes sociais mais baixas apresentam dificuldades na alfabetização?

Apresenta-se, também, as hipóteses que devem ser confirmadas ou refutadas na pesquisa. As hipóteses constituem afirmações pré-concebidas acerca do problema a ser pesquisado.
Exemplo de hipótese para ao problema apresentado.
As crianças de classes sociais mais baixa encontram dificuldades na alfabetização por não ter convivido com o mundo letrado na pre escola.

Justificativa:
Nesta etapa será descrita a relevância social do tema pesquisado. Deve-se neste item justificar a escolha do tema argumentando de sua importância social  de dos possíveis benefícios para área educacional ao pesquisar este tema.

Objetivos: ( Para quê) Indica-se o que se deseja realizar, O que se pretende alcançar. Divide-se em :
Objetivos geral
Objetivo e específico

Definição de objetivos: 
Para elaboração dos objetivos gerais e específicos, utilizam-se verbos no infinitivo, segundo o que se pretende pesquisar.
Geral se indica na forma genérica o objetivo a ser alcançado com a pesquisa. Deve-se utilizar verbo de sentido amplo, no infinitivo.
Seguindo os exemplos anteriores:
Analisar as dificuldades de alfabetização de crianças de classes sociais mais baixas.

Objetivos específicos:
São detalhamentos do objetivo geral, indicando de forma operacional o que se pretende realizar nas pesquisas.
Seguindo os exemplos anteriores:
Traçar os perfis das crianças a partir das observações e dos dados levantados.
Levantar as histórias de vidas dessas crianças.

Revisão da literatura:
É bom que se faça uma pesquisa exploratória sobre o tema, procurando analisar os autores que escreveram sobre o mesmo assunto. Nesta parte faz se uma análise comentada de tudo o que foi escrito sobre o assunto a ser pesquisado. Procurando estabelecer um enfoque convergente ou divergente sobre os autores analisados. O pesquisador fará uma breve menção do que será discorrido na pesquisa propriamente dita. Indicando em poucas linhas o seu posicionamento sobre o tema, algumas citações como sugestão para desenvolvimento da futura pesquisa.

Metodologia
(Como? Onde? Com quem?) Os procedimentos metodológicos  ou método devem mostrar como será realizada a pesquisa, ou seja, que procedimentos metodológicos  se pretende, explicando o tipo de abordagem de pesquisa que se realizará: qualitativa, quantitativa, etc.. 

Cronograma: 
Nesta etapa se indica cada etapa da realização da pesquisa, fazendo a previsão das etapas a serem realizadas. do início a execução da pesquisa. O que pode ser elaborado através de um quadro esquemático da escolha do tema até apresentação do trabalho.

Referências:
As  referências bibliográficas são obras que se pretende consultar ao longo da pesquisa. E devem ser descritas no projeto de acordo com as normas da ABNT. 

Anexos: 
Neste item são anexados todos os instrumentos que se pretende utilizar para execução do projeto: questionários, fichas, roteiros e etc.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Projeto de Leitura, gênero textual com arquivo de textos


Conteudo atualizado em 18/07/2023
Introdução
O que se espera do leitor? Espera-se que ele compreenda e interaja com o texto escrito. A aquisição do código escrito e compreensão do mesmo pelos alunos são grandes desafios enfrentados pelos professores das classes de alfabetização. Buscar formas atrativas e eficazes de desenvolver habilidades de leitura e a compreensão do texto lido. O presente Projeto apresenta uma metodologia simples, mas que dar resultado ser for aplicada como atividade permanente.

Habilidades da BNCC para os 1º e 2º anos do Ensino Fundamental 

CAMPO DA VIDA COTIDIANA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. Alguns gêneros textuais deste campo: agendas, listas, bilhetes, recados, avisos, convites, cartas, cardápios, diários, receitas, regras de jogos e brincadeiras.

(EF12LP04) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor ou já com certa autonomia, listas, agendas, calendários, avisos, convites, receitas, instruções de montagem (digitais ou impressos), dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade.

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de textos literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros deste campo: lendas, mitos, fábulas, contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/ cartum, dentre outros.

(EF12LP18) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, sonoridades, jogos de palavras, reconhecendo seu pertencimento ao mundo imaginário e sua dimensão de encantamento, jogo e fruição. 

(EF12LP07) Identificar e (re)produzir, em cantiga, quadras, quadrinhas, parlendas, trava-línguas e canções, rimas, aliterações, assonâncias, o ritmo de fala relacionado ao ritmo e à melodia das músicas e seus efeitos de sentido.

Objetivos gerais:
Desenvolver hábitos de leitura e a expressão oral.
Conhecer gêneros variados de textos.

Objetivos específicos:
Ler e interpretar oralmente variados textos.
Identificar os tipos de gêneros textuais e suas peculiaridades.
Recontar textos lidos, desenvolvendo a expressão oral.

Público alvo: 
Alunos de 1º e 2º  anos do Ensino Fundamental   

Local  a ser desenvolvido:
Sala de aula

Componente curricular:
Língua Portuguesa

Objetos de conhecimento: 
Formação do leitor literário
Apreciação estética/Estilo
Compreensão em leitura
Leitura, interpretação e expressão oral 

Tempo de duração do Projeto de Leitura:
Permanente

Recursos para fazer o arquivo de leitura:
Uma caixa de sapato, papel cartão, textos variados cortados de livros usados. O arquivo deverá ter vários tipos de gêneros textuais. Poderá guiar-se pela organização das habilidades da BNCC.

Como fazer:
Recortar variados tipos gêneros textuais de livros usados.
Colar em papel cartão. poderá passar contacte para ficar mais resistente.
Fazer fichas do arquivo também com papel cartão. Escrever neles os tipos de gêneros textual.
Em seguida arrumar o arquivo de texto de acordo com os gêneros textuais.


Alguns exemplos que podem ser usados:
Lendas, mitos, fábulas, contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/ cartum, dentre outros.
Listas, bilhetes, recados, avisos, convites, cartas, cardápios, diários, receitas, regras de jogos e brincadeiras.

Desenvolvimento Metodológico:
O professor utilizará o arquivo de textos como facilitador das ações do trabalho dos alunos. O aluno poderá escolher o texto que desejar ler e levar para casa para compartilhar a leitura com a família. Do mesmo modo que poderá compartilhar o texto lido com os colegas de classe.

Essa atividade deve ser permanente, ou seja, o professor poderá realizar com os alunos todos dias, dividindo os grupos que irão ler na semana.O professor poderá deixar uns minutos no final da aula para os alunos lerem, recontarem e comentarem os textos que leram para os colegas de classe não como uma obrigação, mas espontaneamente.

Avaliação:
Registrar a evolução das leituras dos alunos, assim como, a desenvoltura dos mesmos ao se expressarem oralmente. Observar se o aluno ao comentar ou recontar o texto lido obedece uma sequência lógica dos fatos.

Bom trabalho a todos! 

sexta-feira, 30 de março de 2018

Definição, orientações e recomendações para trabalhar com aluno autista na sala de aula

TGD

Definição: os transtornos globais de desenvolvimento  (TGD)  são distúrbios nas interações sociais reciprocas,com padrões de comunicação estereotipados e repetitivos e estreitamentos nos interesses e nas atividades . Geralmente se manifestam nos primeiros cinco anos de vida.   

AUTISMO

Definição: transtorno com influência genética causada por defeitos em parte do cérebro, como o corpo caloso (que faz a comunicação entre os dois hemisférios), a amídala (que tem funções ligadas ao comportamento social  e emocional)  e o cerebelo (parte mais anterior dos hemisférios cerebrais), os lobos frontais.

O cérebro de uma criança com autismo apresenta alterações no corpo caloso, amígdala e cerebelo 








Características: dificuldade de interação social, de comportamento (movimento estereotipados, como rodar uma caneta, ou enfileirar carrinhos) e de comunicação atraso na fala).

Recomendações: para minimizar a dificuldade de relacionamento, crie situações que possibilitem a interação. Tenha paciência, pois a agressividades pode se manifestar. Avise quando a rotina mudar, pois alterações no dia adia   não são bem vindas. Dê instruções claras e evite enunciados longos.

Vídeo sobre Orientações e recomendações sobre como Trabalhar com aluno autistaSão muitos os desafios que se impõem ao professor na sala de aula. Uns desses desafios é compreender o comportamento do aluno autista e poder ensinar de acordo com as necessidades, desenvolvimento desse aluno. Para ter resultados, muitas vezes, a capacitação nesta área específica se faz necessária. Aprender sobre esta especialidade faz toda diferença no desenvolvimento cognitivo e social do aluno autista! Além de diminuir a sensação de impotência que a comete o educador quando se conhece muito pouco sobre assunto. 


Poderá gostar de:  Orientações e recomendações para trabalhar com o aluno Autista

Autismo em PDF    

Meu Lindo Mundo Azul - A Vida de um Autista



Referências: 

sábado, 24 de fevereiro de 2018

O compromisso social e ético do professor na sociedade atual II - Modalidade Normal Médio


Objetivo:
Analisar criticamente o papel e a formação do professor, seu comprometimento e a responsabilidade na sociedade atual.

O papel e a formação do professor na atualidade

Escolha o seu perfil

O conjunto de ações do professor espelha atitude profissional que ele assume no cotidiano escolar. Pode adotar uma postura desperançada e conformada com as dificuldades que a vida e a docência trazem. Ou manifestar uma infelicidade infinita, demonstrada não somente pelo olhar vazio e pelo jeito amargo de sorrir, mas principalmente, no modo pouco desafiador de lidar com as crianças. Ou, ainda, uma atitude positiva e confiante. Assim conforme a trajetória de vida e o tipo de relação profissional que o professor estabeleceu, ele pode apresentar vária faces: a de conformidade, a do medo e da realização. Uma pesquisa feita pela revista NOVA ESCOLA. Da Editora Abril, com um grande número de educadores, confirma essas ideias. Ali estão identificados três tipos de perfil. Tente reconhece-los.

O conformado: “E não tem jeito, é assim mesmo”.
Nesse caso estão os professores que acreditam que já perderam a hora e a vez. Sente-se velhos para novidades, cansados do rumor da juventude. São bem-intencionados, mas não conseguem agir por conta própria. Em algum momento eles ficaram se voz, emudeceram. Na sala de aula, convivem com a tristeza de perceber que podiam fazer diferente.
Esses professores sabem que seus alunos tem uma série de necessidades e, principalmente, que precisam de novos desafios. Mas forma pegos pelo desanimo, uma forma aguda de esperança. No entanto, dedicam-se com afinco ao “pão nosso de cada dia”, porque ainda existe um grilo falante que lhe diz que educar é uma responsabilidade importante.

Não adianta repetir!
Uma professora bem-intencionada queria fazer um bom trabalho. Ela explicou para os alunos a lição uma vez e eles não entenderam nada. Repetiu a explicação e eles continuaram sem entender. Expôs pela terceira vez e novamente nenhum sucesso. Quando ia partir para quarta explicação, idêntica às anteriores, um aluno levantou a mão e disse: - Professora dissemos que não tínhamos entendido, não que éramos surdos!

O apavorado: “Aluno é aluno; professor é professor!”
Esse tipo de docente é ainda pior: acha que sabe tudo e, por isso mesmo, morre de medo do que não conhece. Se pudesse, mandaria parar o mundo para descer. Para ao apavorado o novo significa um desastre: vai substituir o seguro para o que pode ser uma péssima surpresa. Confia na mesmice já conhecida e tem em alta conta, porque prefere não correr riscos.
Pessoas assim geralmente são medrosas, tristes, amarguradas, não acreditam em si mesmas e sim no que já sabem. O único lugar que se sentem fortes é na sala de aula, porque ali não há surpresas.
Capacitação em serviço? Nem pensar! Além de não servir pra nada, quem com a devida prática, vai mudar à sua maneira de conceber os alunos e, principalmente sua maneira de ensinar? Essas pessoas estão convencidas de que, como professores, seu papel é o de repassar conteúdos, dar matéria prevista e ponto final: “Eu ensinei. Agora, se aprenderam é problemas deles...”
A pesquisa demonstrou que essa atitude e inflexível combina com cumprimento de horários, obediências às ordens, respeito à burocracia, e a hierarquia. Mas em compensação, não rima com educação. Esses professores não toleram indisciplina e costuma reprovar os alunos que não alcançam seus critérios de bom desempenho. Eles gostam de estudantes passivos, calados opacos, que dependem dos outros para pensar e agir e até para sentir. A submissão os fortalece. É só assim, em uma relação de subordinação, de cima pra baixo, que consegue ver o outro. Por isso, nem pensam na possibilidade de trocas, envolvimento pessoal.
Docentes desse tipo são pessoas solitárias. E essa causa de tanta inflexibilidade, intolerância, pessimismo: frequentemente, temidos. Certamente os alunos gostariam de dar um sumiço neles!

O envolvido: “Vamos para frente que atrás vem gente!”Esse professor olha para os alunos e enxerga um universo de possibilidades. Percebe a diferença entre cada um e valoriza essa diversidade. Gosta de ensinar e do contato pessoal, de trabalhar em equipe, de aprender com a vida e com as pessoas. Sabe que é especial e que parte de seu enquanto vem da flexibilidade para lhe dar com o mundo, de não ser um morto-vivo, petrificado e irredutível por não rever posições.
Todo mundo uma hora ou outra acaba errando e ser flexível é só isso: aprender com os erros e evitar cometê-los de novo. Essas pessoas encaram a existência como uma sequência de infinita de realizações. Têm poucas convicções arraigadas. Na verdade, só mantêm viva a ideia de agir, transformar esse mundo. Querem que todos acreditem que a educação é uma condição necessária, embora não suficiente, para descortinar panoramas mais otimistas.
No cotidiano você provavelmente convive com pessoas que se encaixam com alguns desses perfis. Você, melhor do que ninguém, sabe que o educador pode deixar maras profundas e duradoura nos seus alunos, ou passar despercebido.
Agora que você já viu que há professores conformados, rígidos, apavorados ou envolvidos, qual você quer ser? Quais as características que os alunos consideram como a sua marca registrada? Você diria que eles o veem como conservador, amedrontador ou como alguém comprometido com a aprendizagem e a transformação?

Transcrito de:  
Programa de Aprendizagem para Professores dos Anos Iniciais da Educação Básica. Ofício de Professor – Aprender Mais para Ensinar Melhor da Fundação Victor Civita
       
Questões para reflexão:

De acordo com que foi estudado até aqui, como deve ser o professor na atualidade?

Que tipo de professor pretendo ser?

Veja os perfis de professores do texto: “Escolha o seu perfil”, dentre os perfis encontrados escreva qual encaixa com o professor (a) que você quer se tornar e escreva justificando porque não escolheu os demais perfis.


Lembre-se da sua trajetória escolar. Quais as marcas deixadas por seus melhores e piores professores?

Professores
Marcas e lembranças
Melhores











Piores














quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

O compromisso social e ético do professor na atualidade - Modalidade: Normal Médio

Objetivos: Analisar criticamente o papel e a formação do professor, seu comprometimento e responsabilidade na sociedade atual.

 Leitura e reflexão sobre o livro de Paulo Freire “Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar”  

Após a leitura, conduzir o debate recorrendo texto do livro de Paulo Freire “Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar” discutindo o papel do educador na sociedade, usando a temática abaixo.

Mestre= pessoa que ensina, professor
Professor= indivíduo que ensina uma Ciência, Arte, técnica ou disciplina, mestre.
Educador= aquele que educa.
Tia= irmã de qualquer um dos pais.
Mediador= aquele que faz uma ponte entre o conhecimento e o aprendiz.
Facilitador= se diz daquele que facilita.
Orientador= se diz daquele que orienta, guia, dirige.
Docente= que ensina, relativo a professor.

FACILITADOR
MESTRE
MEDIADOR
DOCENTE
EDUCADOR
TIA
PROFESSORA



Por Giovana Julião, Mariana Rosa,
Jamylle Alencar, Vivian Martins e Vinícius Bonatto.

RESUMO: Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar.

Primeiras palavras: PROFESSORA-TIA: A ARMADILHA.
Antes de iniciar as cartas Freire apresenta o contexto em que o livro está inserido, fazendo uma releitura das obras anteriores. Freire explica que quem ensina é também um aprendiz e que apesar de prazerosa a atividade docente requer seriedade, preparo científico, preparo físico, emocional e afetivo. Além de exigir ousadia, pois promove um envolvimento emocional. Mas este envolvimento deve ser esclarecido, o autor critica a forma comum e inocente de tratar a professora de tia, o que na verdade esconde a ideologia da passividade, pois resistir a uma política e uma realidade social do ensino não é para seres passíveis, amorosos e parentais como a maioria das tias. Segundo autor ensinar é uma tarefa que envolve militância e especificidade no seu cumprimento, portanto ser rotulada como tia é assumir uma relação de parentesco, e a partir deste discurso constitui-se a desvalorização, pois ser tia nunca poderia ser uma profissão. O autor não tem a intenção de desvalorizar a tia, mas valorizar a professora, explicitando a importância da formação política do professorado. Aparentemente o termo “tia” carrega uma ideologia de “boas moças”, que não brigam, não resistem, não se rebelam, não fazem greve.

Primeira carta: ENSINAR – APRENDER LEITURA DO MUNDO – LEITURA DA PALAVRA.
Na primeira carta intitulada “Ensinar – Aprender leitura do mundo – Leitura da palavra”, Freire volta a afirmar que não existe ensinar sem aprender, dessa forma este movimento demonstra a necessidade de formação permanente. O ato de estudar implica não apenas a leitura da palavra, mas, também a leitura do mundo, assim como a crítica a sua própria prática. Freire diz que o professor deve estar capacitado para entrar na sala de aula, mas antes disto deve ser crítico diante do conhecimento e ter humildade para rever os conceitos aprendidos, mantendo um processo permanente de reflexão entre a teoria sua prática. Dessa forma o professor não pode parar de ler o mundo em que está inserido, portanto a leitura do mundo precede a leitura da palavra. Sendo assim para que o professor direcione o aluno para uma leitura crítica é necessário que o mesmo seja um modelo de leitor crítico. Este movimento fará do professor um pesquisador de sua prática. Dessa forma cabe à escola estimular o gosto pela leitura e escrita, pois a prática garante o sucesso.

Segunda carta: NÃO DEIXE QUE O MEDO DO DIFÍCIL PARALISE VOCÊ.
O medo, a dificuldade, a inteligência, o aprender a pensar e compreender. Tarefas fáceis, do cotidiano de uma pessoa?

Como conviver com essas questões no nosso dia a dia? Em que ocasião questionar e enfrentar o medo na compreensão de textos?
Com a ajuda de um colaborador, auxiliando a enfrentar o medo, a dificuldade de ler um livro e não ter medo de treinar a inteligência ao compreender esse livro.
E quando esse orientador também se sente despreparado e a ler um texto, sem se preocupar em parar a leitura, ler atentamente de maneira inteligente.
Nesta segunda carta, aprendemos a enfrentar a dificuldade e o medo de aprender, de usar de maneira inteligente as habilidades individuais e junto das habilidades de um orientador pensar sem medo e preconceito inteligentemente e entender textos.

Terceira carta: “VIM FAZER O CURSO DO MAGISTÉRIO PORQUE NÃO TIVE OUTRA POSSIBILIDADE”.

A prática educativa é algo muito sério. Ao participarmos da formação de pessoas, participamos também do seu sucesso ou fracasso. O professor deve, portanto, ter convicção ao fazer a sua escolha, reconhecendo a dignidade e importância de sua tarefa, a qual é indispensável à vida social. Contudo, esse reconhecimento precisa partir também da sociedade, para que ela própria possa esperar e exigir uma educação de qualidade. “É óbvio que problemas ligados à educação, não são apenas problemas pedagógicos. São problemas políticos, éticos tanto quanto os problemas financeiros”.

Quarta carta: DAS QUALIDADES INDISPENSÁVEIS AO MELHOR DESEMPENHO DE PROFESSORAS E PROFESSORES PROGRESSISTAS.

A primeira qualidade indispensável aos professores progressistas é a humildade, a qual exige coragem, confiança e respeito, em relação a si próprio e aos outros. Sem humildade dificilmente ouviremos com respeito aqueles que consideramos demasiadamente longe de nosso nível de competência. Da mesma forma, a amorosidade – não apenas aos alunos mas ao próprio processo de ensinar – e a tolerância – virtude que nos ensina a conviver com o diferente – são fundamentais.
A coragem para comandar e educar nossos medos, bem como a segurança, que demanda competência científica, clareza política e integridade ética, também são qualidades apontadas. Não se pode esquecer, ainda, da competência, da capacidade de decisão, da eticidade, da alegria de viver e do equilíbrio entre a paciência e a impaciência – a paciência sozinha pode levar à acomodação; a impaciência, por sua vez, a um ativismo irresponsável.

Quinta carta: PRIMEIRO DIA DE AULA.
É natural que em seu primeiro dia de aula, o professor sinta medo, insegurança e timidez. Para que o professor vença todos esses obstáculos, é necessário que ele os assuma. O professor deve atentar-se para que consiga ler e entender a classe que está diante dele, notando as peculiaridades, realidades e histórias de cada aluno. Muitas vezes a realidade do aluno não é a que se espera e deseja, mas o professor precisa fazer com que eles se sintam respeitados, pois deste modo ganhará a confiança dos educandos.
Deste modo, Freire fala que o saber arrogante precisa ser desvencilhado. Temos que ter uma educação progressista do conhecimento.
Para isso, destaca o papel do professor humildade, pois , "A humildade nos ajuda a conhecer esta coisa óbvia: ninguém sabe tudo; ninguém ignora tudo. Todos sabemos algo; todos ignoramos algo. Sem humildade dificilmente ouviremos com respeito a quem consideramos demasiadamente longe de nosso nível de competência."(FREIRE, 2009, p.59).
No fim, fica explícito a corrente pedagógica filosófica do Realismo de Vygotsky, o ensino como processo social, da experiência construída diante da relação do homem com seu ambiente, gerando a compreensão do conhecimento, o que consolida uma das linhas ideológicas de Freire.

Sexta carta: DAS RELAÇÕES ENTRE A EDUCADORA E OS EDUCANDOS.
As relações estabelecidas entre os educadores e educandos incluem a questão da aprendizagem, do ensino, do processo do conhecer-ensinar-aprender, da autoridade, da liberdade, da leitura, da escrita, das virtudes da educadora, da identidade cultural dos educandos e do respeito devido a ela.
Quando deixa de existir uma relação coerente entre o que a educadora diz e o que ela faz, a prática educativa é um desastre, pois diante dessa contradição (entre o fazer e o dizer) o educando tende a não acreditar no que a educadora diz, apenas espera o próximo deslize. E como afirma Paulo Freire: “Se esta coisa que está sendo proclamada mas, ao mesmo tempo, tão fortemente negada na prática, fosse realmente boa, ela não seria apenas dita mas vivida” (FREIRE, 2009, p. 76).
Logo, o professor deve fazer uso do seu papel mediador sem esquecer a sua responsabilidade interventiva na construção da relação do conhecimento.

Sétima carta: DE FALAR AO EDUCANDO A FALAR A ELE E COM ELE; DE OUVIR O EDUCANDO A SER OUVIDO POR ELE.
Nesta carta com o titulo “De falar ao educando a falar a ele e com ele; de ouvir o educando a ser ouvido por ele.” tem a ver com o ato político de ter voz e dar voz dentro de sala de aula. O autor explana sobre o professor que, algumas vezes precisa, em razão da autoridade que deve manter em sala de aula, falar aos educandos e, em outras vezes, falar com eles para que, juntos, possam conduzir o processo de ensino-aprendizagem. Assim, o educador que aprender a ouvir o aluno terá muito mais chance de ser ouvido por ele, e errado estará o educador que entende ser sempre ele a dar a palavra final sobre tudo. Essa experiência equilibrada entre o falar ao e o falar com os educandos é essencial para a formação de cidadãos responsáveis e críticos. Portanto essa discussão conjunta é o exercício da cidadania.

Oitava carta: IDENTIDADE CULTURAL E EDUCAÇÃO.
Na oitava carta intitulada de “Identidade cultural e educação”, e como no próprio titulo desta carta, Paulo Freire estabelece uma relação entre identidade cultural e educação, onde neste momento ele procura frisar a necessidade de o educador conhecer a realidade social de seus alunos porque, assim, terá uma concepção mais clara para a sua própria identidade, em que a identidade de uma pessoa está associada à classe social a que pertence. Além de dizer que o educador precisa respeitar os seus alunos em sua condição social, o autor destaca que o professor não deve colocar-se numa posição superior às dos alunos de classe social mais baixa, mas também não deve sentir-se inferior aos alunos que pertencem à classe mais alta. Enfatizando sempre a importância de se respeitar as diferenças e valorizar o contexto social dos alunos, como a maneira de cada um se expressar e falar.

Nona carta: CONTEXTO CONCRETO – CONTEXTO TEÓRICO.
Paulo freire salienta a ideia que as relações entre a prática e o saber da prática são indicotomizáveis.  Aborda a importância da formação permanente da educação, e a indispensável reflexão crítica sobre os condicionamentos que o contexto cultural tem sobre os educadores, seu modo de pensar, agir, e seus valores.
Também nesta carta ressalta a importância de procurar sempre entrelaçar o contexto concreto e o contexto teórico, pois é impossível ensinar conteúdos sem saber como pensam os alunos no seu contexto real (contexto concreto), ou seja, na sua cotidianeidade. Assim, é importante saber o que eles já sabem para, a partir daí, ajudá-los a aprofundar os conhecimentos que já possuem bem como apresentar a eles aquilo que ainda não sabem.

Décima carta: MAIS UMA VER A QUESTÃO DA DISCIPLINA.
A décima carta aponta a questão da disciplina como um princípio básico nos diversos contextos de aprendizagem, seja no trabalho intelectual, na leitura séria de textos, na escrita cuidada, na observação e análise de fatos e no estabelecimento de relações entre eles.
Ao professor cabe a construção dos saberes com seus alunos, e não transmitir conhecimento. E para que se consiga, de fato esta construção, antes é preciso que ele se prepare, invista numa formação sólida e abrangente, tornando-se, enfim, produtor do conhecimento que lhe foi ensinado.

Últimas palavras: SABER E CRESCER – TUDO A SER.
As últimas palavras intituladas “Saber e crescer – tudo a ver” segundo freire para saber é preciso crescer, este saber é um processo social e individual ao mesmo tempo. Mas para isso é preciso que o saber de minorias dominantes não proíba o crescer das imensas minorias dominadas. Este livro de Freire leva à reflexão profunda sobre vários temas tais como: analfabetismo, política educacional, estrutura social, papel profissional, condição da criança e do jovem em países pobres.