COLÉGIO ESTADUAL
ALCINDO GUANABARA
CURSO DE FORMAÇÃO DE
PROFESSORES
MÉDIO/NORMAL
O LÚDICO NO ENSINO FUNDAMENTAL
Realização
da Pesquisa: TURMA 3001 CN - GUAPIMIRIM,
Novembro /2017
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO.................................................................................................3
2- O conceito
de brincar ao longo dos
tempos....................................................5
3- O ensino
tradicional x ensino contemporâneo ................................................8
4- Brincadeiras
e jogos como formas de ensina................................................10
5- O lúdico e
as práticas escolares no Ensino Fundamental.............................11
6- CONSIDERAÇÕES
FINAIS ..........................................................................15
7-
BIBLIOGRAFIA..............................................................................................16
RESUMO
O presente trabalho tem por título “O
lúdico no Ensino Fundamental” que é a pesquisa teórica associada ao estudo de
campo realizados nas escolas do Município de Guapimirim, RJ. Os objetivos desse
trabalho são: Analisar a importância do lúdico na aprendizagem dos alunos do
Ensino Fundamental. Avaliar a eficiência do lúdico no ensino de conteúdos
escolares no Ensino Fundamental. Ao observamos as duas etapas de ensino
Educação Infantil e Ensino Fundamental, constatamos que as turmas do Ensino
Fundamental em sua maioria, não preservava mais as práticas lúdicas de antes da
educação infantil, ou melhor dizendo, as maneiras de ensinar e aprender se
apoiavam em atividades tradicionais como:
cópias de quadro, e folhinhas com exercícios, em detrimento das
atividades lúdicas. Diante de tais inquietações formulamos o problema de
pesquisa, o que norteou nossa pesquisa. Qual a importância das práticas lúdicas
na aprendizagem de conteúdos escolares no Ensino Fundamental? E a partir deste
contexto, traçamos o estudo de vários temas ligados ao tema principal que são:
O conceito de brincar ao longo dos tempos. O ensino tradicional e o ensino
contemporâneo. Brincadeiras e jogos como forma de ensinar conteúdos na sala de
aula. O lúdico e as práticas escolares no ensino fundamental.
1-INTRODUÇÃO
A
pesquisa apresentada a seguir tem como tema “O lúdico no Ensino
Fundamental. “A palavra ‘lúdico’ vem do
latim Ludus, que significa jogo e divertimento. O conceito da atividade lúdica
está atrelado ao ludismo, ou seja, atividades relacionadas com jogos e ao ato
de jogar” (LISBOA, 2017). Esse tema foi alvo de nossas inquietações durante o
período de estágios no segundo ano de formação do Curso Normal Modalidade Médio
do Colégio Estadual Alcindo Guanabara em Guapimirim RJ. Neste período de estágio tivemos a chance de
observar duas modalidades de ensino: a Educação Infantil e o Ensino
Fundamental. Ao observamos as duas etapas de ensino constatamos que as turmas
de fundamental em sua maioria não preservava mais as práticas lúdicas de antes
da educação infantil, ou melhor dizendo, as maneiras de ensinar e aprender se
apoiavam em atividades tradicionais como: cópias de quadro e folhinhas com
exercícios, em detrimento das atividades lúdicas que são importantes para um
aprendizado prazeroso e eficaz.
Notamos
neste período, que os alunos observados no Ensino Fundamental em sua maioria,
tem muitas dificuldades em assimilar os conteúdos apresentados a eles. E que o
lúdico poderia ser um meio pelo qual os alunos pudessem assimilar os conteúdos
aplicados na escola.
Diante de tais inquietações formulamos o
problema de pesquisa o que norteou a nossa pesquisa. Qual a importância das práticas lúdicas na
aprendizagem de conteúdos escolares no Ensino Fundamental?
Esta
Pesquisa tem por objetivos gerais:
Analisar a
importância do lúdico na aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental. Avaliar a
eficiência do lúdico no ensino/aprendizagem de alunos do ensino Fundamental.
Os objetivos
específicos são:Identificar os
benefícios da utilização do lúdico para ensinar conteúdos escolares.Reconhecer o lúdico como um método a ser
utilizado pelo professor para melhorar o aprendizado de conteúdos escolares.
A
pesquisa do tema: “O lúdico no Ensino Fundamental” se justifica pela
necessidade de usar métodos de ensino que viabilize o aprendizado de conteúdos
escolares de forma lúdica e prazerosa. Durante os estágios observarmos que nas
salas de aula, ainda se ensina do jeito tradicional, muitas vezes, ignorando as
demais práticas de ensino. A pesquisa deste é tema proporcionou para nós como
pesquisadores e coparticipante da educação a reflexão sobre os benefícios do
lúdico na aprendizagem dos alunos do ensino fundamental, bem como desmistificar
o pensamento de alguns educadores por achar que o lúdico não deve estar
presente nesta faixa etária, por serem crianças maiores precisam ter mais
responsabilidades com o estudo e as brincadeiras não fazem parte do
aprendizado. A criança é um ser lúdico por natureza e necessita dessa prática
para buscar novos conhecimentos e aprendizagens
Os procedimentos metodológicos que foram
utilizados nesta pesquisa: a revisão bibliográfica e o estudo de campo
realizados nas escolas Municipais de Guapimirim, onde observamos durante os
estágios, nestas escolas as práticas tradicionais que, muitas vezes, são
cansativas e enfadonhas. Foram utilizados como fontes de pesquisa: Livros, sites
e revistas onde buscamos fundamentar a nossa pesquisa. Nesta pesquisa, também,
foram coletados dados de observação de campo através dos seguintes
instrumentos: Entrevistas e roteiros de observação no campo escolar, onde a
relação professor- aluno- prática de ensino tiveram atenção especial na nossa
pesquisa.
A pesquisa deste tema foi muito
proveitosa, pois nos ajudou buscar respostas para as questões levantadas para a
confirmação de nossas hipóteses, desse modo dividimos o trabalho em capítulos
afim de expor melhor o tema. O primeiro capitulo: O conceito de brincar ao
longo dos tempos, o segundo capítulo: O ensino tradicional x o ensino
contemporâneo, o terceiro capitulo: Brincadeiras e jogos como forma de ensinar
conteúdos na sala de aula, quarto capitulo: O lúdico e as práticas escolares no
Ensino Fundamental.
2- O
CONCEITO DE BRINCAR AO LONGO DOS TEMPOS
Este trabalho trata de uma pesquisa sobre as brincadeiras e
jogos que ao longo da história da humanidade tem feito parte das construções
sociais. Buscamos neste trabalho analisar as:
relações do homem com jogos, brinquedos e
brincadeiras é voltar às civilizações da Antiguidade, como egípcia, babilônica,
chinesa, asteca, dentre outras, onde já existia uma cultura lúdica. Há
registros de brinquedos que eram, na verdade, miniaturas de objetos do universo
dos adultos. ( Patrícia Piacentine)
Procuramos analisar ao longo desse trabalho a evolução do
brinquedo e da brincadeira como forma natural de se relacionar e aprender do
ser humano. Maria Célia Rabello Malta Campos, doutora em Psicologia Escolar e
do Desenvolvimento Humano e presidente da Associação Brasileira de
Brinquedotecas (ABBri) explica que:
O homem
brinca porque sua natureza é simbólica. Ele necessita fazer esse trânsito entre
o material e o imaterial, de viver o ‘como se’, para se relacionar com a
natureza, com o transcendente, consigo mesmo. Ao fazer isso, ele realiza sua
essência de ser criativo, produtor e usuário de cultura.
Os jogos e brincadeiras têm como função a socialização dos
grupos, pelo estreitamento dos vínculos entre as pessoas. Segundo (Campos):
As
crianças até muito recentemente não dispunham de um tempo e de um espaço
exclusivo para brincar. As crianças compartilhavam das mesmas atividades
lúdicas dos adultos, pois não existia essa separação tão rígida entre mundo
adulto e mundo da criança, entre trabalho e lazer, como temos agora, na era da
produção capitalista. O tempo de produzir e o tempo do ócio e do prazer se
entremeavam. Vemos que o lugar e a função dos jogos se modificam muito,
conforme o processo histórico da sociedade”.
Outros achados mostram que a humanidade
brincava muito antes de aprender a escrever, e que jogos como cinco-marias já
eram conhecidos na Pré-História. "Desde que existem crianças, existem
brinquedos", diz Cristina Von, autora de A História dos Brinquedos (Ed.
Alegro). "Brincar é parte essencial da formação do ser humano." Na
atividade lúdica, a criança descobre o corpo, aprende a se socializar, a
resolver problemas, a imaginar. As brincadeiras de antigamente não são muito
diferentes das atuais.
Podemos observar também durante os períodos de estágios que as
crianças não deixaram de brincar, só brincam de forma diferente. Não se vê, mais
nas escolas as crianças construindo seus próprios jogos. As crianças brincam
com jogos que já vem pronto, os jogos e brincadeiras de hoje são brincados de
forma individual e as crianças se interagem cada vez menos umas com as outras.
As crianças estão preferindo os jogos tecnológicos, com isso as escolas não
estão dando a devida importância para essa ferramenta de aprendizado e
socialização que são os jogos e brincadeiras tradicionais.
Apontamos aqui algumas brincadeiras e jogos que fizeram parte da história da humanidade e tiveram influências no modo de brincar das crianças brasileiras. A pesquisa abaixo foi feita por Mayara Cavalcante:
Apontamos aqui algumas brincadeiras e jogos que fizeram parte da história da humanidade e tiveram influências no modo de brincar das crianças brasileiras. A pesquisa abaixo foi feita por Mayara Cavalcante:
Da peteca dos índios à amarelinha (Pós-chegada dos portugueses
até 1880)
Segundo relatos registrados em diários de viagens dos
portugueses, os índios que viviam por aqui antes da chegada dos portugueses já
praticavam um jogo que consistia em arremessar uma trouxa de folhas cheia de
pedras que eram amarradas em uma espiga de milho. Chamavam de Pe’teka, que quer
dizer “bater” em tupi.
Portugueses no Nordeste: badocada e reizinhos
A influência ibérica e moura no Nordeste também chegou às
brincadeiras das crianças. Os jogos de reis e rainhas são efeito direto dessa
presença por aqui. O jogo da amarelinha, pedrinhas e cantigas de rodas são
importações da Europa. O badoque, popular primeiro no Sertão nordestino, é
árabe. Foi usado como instrumento de guerra na Espanha e Portugal até a criação
da pólvora e ganhou uma versão “menos” inofensiva para crianças. O “bococ” ou
“baducca” tem duas cordas bem esticadas separadas por dois pedacinhos de
madeira e no meio há uma rede onde são colocados os projéteis, em geral,
pedras. Bastante parecido, o estilingue era quase igual, mas tinha uma base de
madeira em formato de “Y”. Ambos eram usados para abater passarinhos ou atirar
pedras uns nos outros. A pesquisadora Elizabeth Lannes Bernardes, da
Universidade Federal de Uberlândia (MG), lembrou que esses brinquedos também
serviam como processo de iniciação dos meninos à vida adulta.
A influência negra nas brincadeiras: pião e papagaio
Segundo o pesquisador Câmara Cascudo, a criança africana filha
de escravos sofreu influência em suas brincadeiras com a introdução de
elementos europeus aos jogos e materiais herdados de sua matriz africana. Já
Gilberto Freyre lembrava que grande parte das brincadeiras entre meninos
brancos e negros reproduziam a dominação do patriarcalismo e escravidão. Mas
alguns jogos perduraram às gerações seguintes, como o pião, a pipa (ou
papagaio, como se chama aqui no Nordeste) e o beliscão.
Bola, estrela de sempre
A bola é muito antiga: há relatos que os japoneses e chineses já
se divertiam com bolas de diversos materiais. Os gregos e romanos utilizavam
bexiga de boi. Mas foi a bola dos ingleses que ficou famosa no Brasil. Ela chegou
por aqui em 1894, trazida pelo inglês Charles Miller. Mas o nosso país tem a
primazia de ter inventado a bola branca, em 1935. O inventor foi Joaquim Simão,
que teve a ideia para ajudar os peladeiros que jogavam à noite.
Primeira metade do século: simbora pra rua
Na primeira metade do século 20 o mais comum era ir para a rua
brincar. Por isso se popularizaram brincadeiras coletivas, onde era necessário
um grande número de pessoas para que ficasse divertido. Pesquisadores apontam
como sendo dessa época jogos como “pula-carniça”, que consistia em pular sobre
outras crianças agachadas. Há versões violentas. Na minha infância, nos anos
1990, alguns garotos inventavam a chamada “garra de gavião”, onde pulavam
arranhando as costas do colega com força.
Vale também registrar a chegada ao Brasil do “Queimado”, ou
queimada, que é uma adaptação do prisonball, criado na Colômbia e popularizado
nos EUA. Nele, quem levar uma bolada fica em uma área delimitada, que
chamávamos aqui no Nordeste de “cemitério” (prison, nos EUA, daí o outro nome
do jogo, prisonball). O objetivo é fazer o maior número de prisioneiros em cada
campo. Era comum muitas crianças saírem seriamente machucadas, já que as bolas
podiam causar hematomas dependendo do ângulo usado no arremeso. A partida era
mista entre meninos e meninas, mas em alguns bairros e regiões, queimado era
tido como “jogo de menina”.
Anos 1970 – 1980: bolas de gude e o colecionismo
As bolas de gude, também chamadas de bilucas, cabiçulinhas ou
bolita, já existiam desde a Roma antiga, com materiais como ônux, vidro, aço e
argila. Pintores renascentistas já retratavam crianças brincando com as
bolinhas. Por aqui ficaram famosas nos anos 1970, mas foram introduzidas bem
antes, pelos portugueses. O nome “de gude”, faz referência às pedras lisas dos
leitos dos rios. No Brasil elas impulsionaram o colecionismo, base do comércio
direcionado para crianças. As pedras até hoje são em sua maioria feitas de
vidro. Algumas de ferro ficaram conhecidas como “ferranças”.
Anos 1980 e a inovação técnica
Diversas invenções introduzidas desde os anos 1960 chegaram aos
anos 1980 como uma explosão consumistas em diversos países do Ocidente. Para
muitos, foi uma das melhores épocas para ser criança pelo elevado número de
opções. Enxergados pelas marcas como um dos consumidores mais criativos foram
criados pelas empresas. Entre eles estão a mola colorida, o bate-bate, amoeba,
aquaplay, o Genius. Nos anos 1990 chegaram os Tazos, febre introduzida pela
ElmaChips, o Pega-tazos, os tamagochis, pirocóptero, iôiôs da Coca-Cola, os
geloucos (também da Coca), pega-varetas. O cubo mágico, criado pelo húngaro
Ernő Rubik em 1974, se tornou um clássico e ficou famosa nessa época.
A era dos videogames
O Atari foi um dos videogames mais populares do Brasil, mas a
febre mesmo veio com o Nintendinho, que chegou no início dos anos 1990. Outros
consoles que ficaram populares foram os da Sega, como o Master System e o
Mega-Drive. Na evolução dos gráficos, o PlayStation 1, da Sony fez sucesso
rápido, depois do fracasso que foram lançamentos como Sega Saturn, Neo Geo,
entre outros.
Concluímos que brincar sempre foi o entretenimento favorito das
crianças, desde os tempos de nossos avós. A importância, beleza e pureza dessa
fase tão deliciosa infelizmente têm sido cada vez mais diminuídas. As mudanças
de cultura e as tecnologias avançadas mudaram a forma de brincar, prejudicando
até mesmo a saúde das crianças. Brincar não tem apenas o objetivo de divertir,
mas também de fazer movimentar o corpo e aprender de forma criativa.
3- O Ensino Tradicional x Ensino Contemporâneo
Buscamos
refletir sobre as práticas tradicionais e as contemporâneas de ensino fazendo
correlação ao tema geral de nossa pesquisa: o Lúdico no Ensino
Fundamental. Podemos observar que as
práticas lúdicas de ensino na escola são bem recentes e que durante muito tempo
na história da educação escolar foram ignoradas e só eram usadas no momento de
ócio e lazer.
Durante
a nossa vivência em sala de aula como estagiárias observarmos e acompanhamos um
pouco da realidade nas escolas atuais e ainda há predominância do ensino
tradicional, onde o lúdico tem pouco espaço na sala de aula. Afinal, muitos professores ainda usam o
método tradicional em suas práticas como forma de ensinar. A partir da
realidade observada, buscamos fazer um estudo sobre as diferenças entre o
ensino tradicional e contemporâneo.
Diferença entre ensino tradicional e
contemporâneo
Ensino Tradicional:
As escolas das épocas passadas seguiam uma
linha de ensino tradicional, com um sistema rigoroso e muito formal.
Tinham
como característica principal: disciplina e respeito.
Obediência
era uma virtude do aluno e todos tinham que seguir o padrão exigido pela
instituição.
O
professor era autoridade máxima da sala de aula. As punições neste ambiente
escolar causavam muito medo, as crianças que temiam em fazer algo que não
estivesse de acordo com as regras.
A
avaliação muitas vezes era oral. E para aqueles que atingiam os objetivos
esperados pelo professor, eram premiados, e com vantagens em relação aos
outros, como forma de atrair o aluno para novos estudos.
O
comportamento é totalmente condicionado, deixando claro um princípio
Behaviorista, estudado por Skinner (1904-1990), que representava a eficiência
nesta época na escola.
Ensino Contemporâneo: As escolas atualmente proporcionam um ambiente
confortável e construtivista, com o objetivo de propiciar interação entre o
meio-objeto.
O professor respeita as fases da criança e é o
mediador/facilitador do conhecimento. Sua relação com o aluno é de afetuosa e
amigável
A
virtude que pregamos é a da infância vivida, da arte do brincar e educar, de
viver e experimentar cada pedacinho do mundo.
A
troca de conhecimento é a chave para a interação professor-aluno, onde ninguém
é o detentor do conhecimento, onde cada sabedoria tem o seu valor.
A
criança tem a liberdade de expressão, ela faz parte do mundo que vive, tem seus
deveres e seus direitos, e o erro é visto como aprendizado e uma forma de
aprimorar o que lhe foi ensinado.
A
avaliação é feita pela observação e pelo crescimento de cada criança no
processo de aprendizagem, onde não há padronizações e valores quantitativos,
aqui o que se avalia é o que o torna um humano e não apenas um número.
O
conceito construtivista integra a educação contemporânea, a ideia sócio- interacional,
onde prepara o aluno para se relacionar com o meio, tendo suas próprias
produções e concepções.
Educação
Moderna: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades
para a sua própria produção ou a sua construção.” (FREIRE, 2011)
Percebemos
durante os estudos que os dois métodos são bem diferentes em relação as
práticas de ensino. No tradicional o professor conservava sua autoridade
através de normas e proibições e os alunos não tinham espaço ou liberdade para
falar e expressar suas opiniões. Os métodos eram rígidos e as brincadeiras e
jogos não eram vistos como pedagógicos. Já nas escolas modernas percebemos que
o uso de jogos e brincadeiras tem um espaço maior na sala de aula e é,
largamente, usado como ferramenta pedagógica pelos professores.
Buscamos
através de entrevistas com alguns professores das escolas estagiadas saber dos
docentes sobre o uso do lúdico no planejamento:
Professora Entrevistada: Ane Caroline Ferreira.
Quais as vantagens e as desvantagens de planejar uma aula lúdica?
R: As
vantagens são que as aulas ficam mais interessantes e as desvantagens é
que a turma fica mais agitada, necessitando de muitas intervenções.
Professora
entrevistada: Ana Paula Martins.
Quais as vantagens e as desvantagens de planejar uma aula?
R: As vantagens são que os alunos têm uma maneira divertida e mais fácil para aprender, de assimilar o conteúdo e também promover a interação entre aluno/professor. Por outro lado, tem como desvantagem de ser um planejamento mais elaborado e que requer mais trabalho e dedicação por parte do professor.
Em sua opinião, existe uma diferença do rendimento e desempenho da turma quando se trabalhar de forma lúdica? justifique sua resposta.
R: Com certeza, há uma grande diferença, pois, uma turma onde não tem um trabalho lúdico nada vai render. Quando se trabalha de forma lúdica o rendimento da turma é bem melhor e mais rápido. Porque o lúdico é algo que atrai a atenção de todos e facilita assimilação do conteúdo pelo aluno.
Em sua opinião, existe uma diferença do rendimento e desempenho da turma quando se trabalhar de forma lúdica? justifique sua resposta.
R: Sim. Há uma grande diferença entre o conteúdo planejado de forma lúdica e o de forma usual. O trabalho fica mais dinâmico e proporciona maior compreensão do que foi planejado.
4- BRINCADEIRAS E JOGOS COMO FORMA DE ENSINAR
A
seguir iremos tratar de um assunto que é pouco valorizado nas salas de aula,
que trata da importância de se utilizar jogos como ferramentas de ensino e que
pode ajudar no desenvolvimento e desempenho escolar do aluno no primeiro
segmento do Ensino Fundamental. Para
muitos professores o brincar na sala de aula, ainda, não é visto como forma de
ensinar e aprender e que pode ser essencial para o desenvolvimento do aluno.
Segundo
Dewey (1952) o pensador norte americano, afirma que o jogo faz o ambiente
natural da criança ao passado que as referências abstratas e remotas não
correspondem ao interesse da criança. Em suas palavras é somente no ambiente
natural da criança que ela poderá ter um desenvolvimento seguro.
Vygotsky
atribuiu importante papel do ato de brincar na construção do pensamento infantil.
Segundo ele, através brincadeira o educando reproduz o discurso externo e o
internaliza, construindo seu pensamento.
A brincadeira e a aprendizagem não podem ser consideradas como ações e
com objetivos distintos.
Nós
estágios observados pelas integrantes do grupo, observamos que a maioria dos
professores não utilizam o lúdico em sala de aula, por acharem trabalhoso planejar
uma aula lúdica. Muitos professores não trabalham o lúdico e tentam se
justificar dizendo que as atividades lúdicas deixam os alunos mais agitados,
fazendo com que eles percam o controle da turma.
É
claro que, necessariamente, a aula não precisa ser toda de forma lúdica, mas o
professor deve mesclar sua aula realizando os jogos e as brincadeiras de forma
organizada para que ele consiga alcançar seus objetivos. O brincar é uma
atividade espontânea natural da criança, que desperta emoções, sensações, que muitas
dessas emoções podem ser vistas pelos professores através das brincadeiras e
jogos realizados.
Os
jogos e as brincadeira libertam muitas crianças das angústias e muitas vezes, funcionam
como escape para emoções negativas, ajudando a criança a lidar com esses
sentimentos que fazem parte da vida cotidiana. Por muitas vezes, a criança está
passando por problemas familiares, maus-tratos, abusos e a escola pode ser
lugar não só para aprender, mas um lugar prazeroso. A escola não precisa ser
chata, a escola pode ser um lugar legal!
Os
jogos e as brincadeiras devem estar presentes no cotidiano do aluno para que
este possa aprender de forma lúdica e interessante os conteúdos propostos.
Na
aplicação desses jogos é muito importante que o professor prepare
antecipadamente as brincadeiras e os jogos a serem feitos para que a
brincadeira possa ter um valor significativo quanto ao objetivo educacional e
pedagógico.
Vejamos
a seguir alguns jogos e brincadeiras como forma de ensinar alguns conteúdos:
Se
formos trabalhar números podemos fazer um quadro com números de um a 10 com
bolsinhos e brincar com o aluno de contar com palitos de picolé. Cada número
terá a quantidade de palitos o representando.
Se
vamos trabalhar o trabalho em equipe: podemos brincar de corrida com os alunos,
onde os alunos sentados se enrolam num grande fio de barbante passando na
cintura, quando o último aluno o passar o barbante na cintura o barbante terá
que voltar novamente a desenrolar um por um.
Além do aspecto lúdico do jogo, o Tangram pode ser explorado
no ensino da Matemática. Ele pode ser utilizado em diferentes conteúdos como
área, perímetro, razão, proporção, fração, multiplicação, divisão, semelhança,
simetrias, transformações isométricas, etc. Pode ser explorado também em interdisciplinaridade
com as Ciências, Artes e História. São inúmeras as possibilidades exploratórias
do Tangram utilizando-se de material concreto de manipulação. No entanto, o uso
do ambiente computacional pode ampliar ainda mais as potencialidades pedagógicas
do Tangram.
Esconde-esconde:
uma brincadeira simples que ajuda a trabalhar a socialização.
Dominó
ou jogo da velha: ajuda a trabalhar o raciocínio lógico e pode ser feito usando
vários materiais para chamar a atenção do aluno.
Adoleta:
trabalha o som das sílabas ao cantar a música e as letras;
Exemplo:
a- do- le- tá, le -pe - ti- pe- ti - po - lá .
Dominó
do alfabeto: Reúna um grupo de crianças, distribua as peças igualmente
entre elas. O desafio das crianças será unir peças com o alfabeto maiúsculo ao
alfabeto minúsculo. Ganha o jogo quem ficar por primeiro sem nenhuma peça.
Desta forma podemos entender que “através
da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideias,
estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis
com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se
socializando.” (TRISTÃO, 2010, p. 17).
Deste modo, podemos concluir que o
lúdico na vida de uma criança é realmente importante, pois além de aprender
conteúdos escolares, ela aprende a interagir, a conhecer a si mesmo e a
conhecer o outro.
5- O LÚDICO E AS PRÁTICAS ESCOLARES NO ENSINO
FUNDAMENTAL
A
educação para obter um ensino mais eficiente, aperfeiçoou novas técnicas didáticas
consistindo numa prática inovadora e
prazerosa. Cunha (1997,p.29) afirma
que:” Objetos, sons, movimentos, espaços, cores, figuras, pessoas ,tudo pode
virar brinquedos através de um processo de interação em que funcionam como
alimentos que nutrem a atividade lúdica, enriquecendo-a.”
Dentre
essas técnicas temos o lúdico, um recurso didático dinâmico que garante
resultados eficazes na educação, apesar de exigir extremo planejamento e
cuidado na execução da atividade elaborada, não se pode ser prática apenas de infância
ou de um momento de aprendizagem, esse deve ser compreendido no ciclo vital de
todo ser humano. “Na verdade, a atividade lúdica é uma forma de o indivíduo
relacionar-se com a coletividade e consigo mesmo.” Amarilha,1997,88)
Através
do lúdico o educador pode desenvolver atividades que sejam divertidas e que
sobretudo ensine os alunos a discernir valores éticos e morais formando
cidadãos conscientes dos seus deveres e de suas responsabilidades além de
propiciar situações em que haja uma interação maior entre os alunos e o
professor numa aula diferente e criativa, sem ser rotineira. Segundo Piaget (1967)” O jogo não pode ser
visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele
oferece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral.”
Ao
concluímos esse trabalho de pesquisa percebemos a importância, da ludicidade em
um trabalho pedagógico e a melhoria do aprendizado do aluno e o envolvimento
dele com as atividades.
As considerações das
práticas observadas no campo estágio sobre o tema apresentado:
Professoranda Ágatha Oliveira.
Nos
meus estágios, procuro sempre levar para a sala de aula uma atividade lúdica.
Já pude ver de perto essa experiência do lúdico na sala e percebi que a
interação e o interesse pela aula é bem maior quando se trabalha de forma
lúdica.
Professoranda Ana Caroline Pereira.
Ao
comparar uma atividade tradicional e uma lúdica, percebe-se que a aprendizagem
do aluno elevasse muito quando se utiliza as atividades lúdicas, pois é se
torna essencial no processo de aprendizagem.
Professoranda Andressa Rosa.
Ao
realizar atividades lúdicas nos estágios, observei que os alunos
participaram
mais, e desenvolveram muito bem as atividades. Ao passo que as atividades
tradicionais, muitas vezes são enfadonhas e não atrai muito os alunos. De forma
que as lúdicas são diferentes elas ensinam aquilo que a criança precisa, sem
ser cansativas e chatas.
Professoranda Laura Loiane.
Ao
passar uma atividade mais lúdica para a turma que lecionei, percebi que os alunos
tiveram um desempenho melhor nas atividades e se interessaram mais pelo
conteúdo aplicado. Foi observado que ao utilizar atividade lúdica, os alunos
assimilaram melhor o conteúdo do que uma atividade tradicional do dia-a-dia.
Proferssoranda Nathália Falcão
Nas
minhas observações em uma sala na qual estagiei, percebi a diferença da
atividade lúdica para a tradicional. Na tradicional conclui que eles até
aprendem como fazer, mas nem sempre aprendem o porquê estão fazendo aquilo. Já
a nas experiências lúdicas as crianças se envolvem naquele conteúdo, elas vivem
aquilo e passam a entender, tornando o conteúdo mais fácil de ser aprendido.
Professorandas Eduarda
Pietrelli e Thamyres Melo
Podemos
perceber que as professoras cobram das estagiárias o lúdico em todas as aulas
sem exceção, porém no dia a dia elas trabalham apenas o tradicional sem
dinâmica e sem o lúdico. As crianças têm uma grande dificuldade nas matérias
onde o lúdico poderia ser mais explorado para os conhecimentos de todos na
sala. O livro é um exercício repetitivo que não ajuda em nada as crianças.
Professorandas Ágatha e
Nathália Falcão.
Nos
estágios observados, entre uma pesquisa de três professoras observadas, apenas
uma adotou o método lúdico em suas aulas. Os outras, apenas trabalhavam com o
método tradicional, “cópia e cola” e responder deveres do livro ou trabalhavam
algo que era diferente quando era proposto pela escola.
Já a outra professora, usava o método lúdico em suas aulas para atrair e
envolver os alunos nos conteúdos das aulas. E quando o lúdico está presente,
podemos notar a diferença no aprendizado.
Professorandas Amanda
Pereira e Milena Magalhães
Na
realização de nossos estágios com o objetivo de observar e coparticipar,
podemos notar que as professoras do Ensino Fundamental acham que seus alunos
não estão mais na fase de aprender brincando.
Raramente
em nossos estágios encontramos professores que ensinavam através da
brincadeira, a professora que mais nos marcou e que trabalhou o lúdico da melhor
maneira possível foi a professora Katiuscia do primeiro ano na Escola Municipal
Neli Albuquerque Vivas. No dia que à observamos ela fez a “festa das vogais”
onde foi comemorado o aprendizado das vogais e a professora explicou que a
festa era porque eles aprenderam as vogais e os encontros vocálicos, durante a
festa houve brincadeiras sobre as vogais etc. Na semana seguinte estivemos
atuando nesta turma e aplicando o mesmo tema da nossa observação e notamos que
os alunos, haviam absorvido a matéria de forma plena através do lúdico dado
pela professora. Claro que a professora não dava apenas coisas lúdicas, mas
através do lúdico misturado com outras práticas fazia com que seus alunos
aprendessem sobre os conteúdos aplicados. Essa sim é a verdadeira mediadora
entre o conteúdo e a criança.
Professorandas Mêllanie
Oliveira e Ester Barbosa
No período em que estivemos na escola de
estágio observando as turmas de Ensino Fundamental nos deparamos com dois tipos
de professores atuantes. Alguns professores trabalhavam o lúdico com a
utilização de trava-línguas, brincadeiras, em sala, de acordo com o conteúdo do
dia, e a utilização de objetos, para tornar a explicação mais próxima do dia a
dia de cada um, o que de certa forma tornava mais fácil o entendimento. Porém,
a maioria dos professores trabalhavam apenas de forma tradicional. Usavam
apenas o quadro, folhas de atividades ou folhas de explicação e livro para
realização de atividades. Com isso, podemos perceber que o aluno cujo professor
trabalha de forma lúdica consegue aprender melhor o conteúdo devido à
integração com objetos relacionados. E já o aluno que faz apenas folhinhas não
tem um amplo conhecimento, pois ficam presos só nas folhinhas e nada mais.
Segue entrevistas com as professoras das turmas observadas:
Segue entrevistas com as professoras das turmas observadas:
Professora Ana Paula de Oliveira do
1º ano Ensino Fundamental
1.Qual
a importância do lúdico na aprendizagem de conteúdos escolares? R:Com o lúdico as crianças
conseguem assimilar melhor os conteúdos, brincando e aprendendo.
2.
Quais os benefícios do lúdico na aprendizagem do aluno do ensino
fundamental? R:Um dos maiores benefícios é uma aprendizagem
mais rápida e um processo de ensino-aprendizagem mais eficiente.
3.Você
trabalhar o lúdico em suas aulas? Se sim, com que frequência?
R: Sim, trabalho com o lúdico todos os dias,
pois o processo de ensino-aprendizagem fui muito melhor.
4.Quais
as vantagens e as desvantagens de planejar uma aula lúdica?
R: Vantagens, (sua aula fica mais dinâmica). Desvantagens, (nem sempre dá tempo de aplicar tudo em uma aula, pois atividades lúdicas envolvem muito os alunos e todos querem participar).
R: Vantagens, (sua aula fica mais dinâmica). Desvantagens, (nem sempre dá tempo de aplicar tudo em uma aula, pois atividades lúdicas envolvem muito os alunos e todos querem participar).
5.Em
sua opinião, existe uma diferença do rendimento e desempenho da turma quando se
trabalha de forma lúdica? Justifique sua resposta:
R:
Com certeza o lúdico é atrativo, diferente, dinâmico, as crianças se concentram
quando precisam ouvir e assimilam melhor o que vai ser trabalhado. O rendimento
escolar tem melhor aproveitamento com o lúdico.
Professora
Marislaine do 3º ano do Ensino Fundamental
1.Qual
a importância do lúdico na aprendizagem de conteúdos escolares?
R.
O lúdico é importante para a criança ter uma facilidade maior em sua
aprendizagem escolar, possuindo uma aula prazerosa e dinâmica ao mesmo tempo,
pois desperta o interesse da criança em aprender com mais facilidade.
2.
Quais os benefícios do lúdico na aprendizagem do ensino fundamental? R: Os
benefícios são de obter o desenvolvimento e a participação do aluno, pois
brincando a criança desenvolve seu raciocínio, a lealdade, sua auto- expressão,
auto- estima, sua autoconfiança e a psicomotricidade.
3.Você
trabalhar o lúdico em suas aulas? Se sim, com que frequência?
R. Sim trabalho o lúdico em minhas aulas, mas
depende do momento, pois tem aulas que mesmo estando planejada sem o lúdico
acaba ficando dinâmico, porque precisamos está a todo tempo buscando um meio
criativo de ensina-los.
4.Quais
as vantagens e as desvantagens de planejar uma aula lúdica? R:Vantagem: Através do lúdico
a criança aprende e conviver, a ganhar e perder a esperar sua vez, lidar com as
emoções e obter conhecimento. Desvantagens: A falta
de equilíbrio, a motivação, dificuldades em entender o efeito do jogo e os
desafios podem gerar tédio.
5.Em
sua opinião, existe uma diferença do rendimento e desempenho da quando se
trabalha de forma lúdica? Justifique sua resposta:
R.Sim,
pois com a forma lúdica eles se mostram mais interessados em aprender.
Professora Viviane do 3º ano do Ensino
Fundamental
1. Qual a
importância do lúdico na aprendizagem de conteúdos escolares?
R: O lúdico
“quebra” a formalidade do ensino, no sentido de ser mais livre e divertido.2.Quais os
benefícios do lúdico na aprendizagem do aluno do Ensino Fundamental?R: Proporciona
o espírito de colaboração e prazer entre as crianças.
3.Você
trabalha o lúdico em suas aulas? Se sim, com que frequência?
R: Sim. Uma
vez por semana e quando possível realizo mais vezes.
4.Quais as
vantagens e as desvantagens de planejar uma aula lúdica?
R: A vantagem
é ter sempre uma aula diferente; explorar diversas possibilidades e recursos. A
desvantagem é ser criativo a todo tempo, o que muitas vezes não é possível, não
por incapacidade do professor, mas sim por se tratar de um método complexo.
5.Em sua
opinião, existe uma diferença do rendimento e desempenho da turma quando se
trabalha de forma lúdica? Justifique sua resposta.
R: A forma
lúdica de ensinar pode ser mais interessante para os alunos, principalmente, para aqueles com mais dificuldades. Com relação ao desempenho da turma é
preciso ter domínio de turma para a atividade lúdica não tornar a aula
tumultuada.
ConsideraçÕES finais
A
construção desse trabalho se deu a partir de inquietações sobre o problema
apresentado ao longo dessa pesquisa que partiram de análises, estudos,
entrevistas, relatos e observações nos estágios feitos pela turma 3001 da
formação de professores modalidade Normal Médio. Onde se percebeu que o lúdico
não é trabalhado de forma sistemática por todos os professores e sim pela
minoria deles. Para realizarmos essa pesquisa fizemos entrevistas com
professores e observações sistemáticas nas salas de aula de várias escolas do
nosso município, afim de avaliar a importância das práticas lúdicas na
aprendizagem de conteúdos escolares no Ensino Fundamental.
Baseamos
nossa pesquisa em observações e entrevistas com professores das escolas
municipais de Guapimirim e podemos afirmar que realmente o lúdico é importante
para a criança aprimorar o desenvolvimento cognitivo e a socialização. Segundo
os professores entrevistados sobre o assunto, todos dizem que o lúdico é
bastante usado nas salas de aula, mas de acordo com as nossas observações não
são todos os professores que desenvolvem a prática do lúdico no dia a dia com
seus alunos, ou quando utilizam, acabam utilizando poucas vezes. Como estagiários do curso de formação de
professores e sabedores da importância do lúdico na vida da criança, tentamos
sempre incluir atividades lúdicas no planejamento de nossas aulas.
No decorrer da
pesquisa constatamos que o lúdico é um método que pode ser utilizado pelo
professor para melhorar o aprendizado de conteúdos escolares. Identificamos
também que a utilização do lúdico traz múltiplos benefícios no ensino de
conteúdos escolares. Durante as pesquisas e nos estágios percebemos que existem
várias formas de se utilizar o lúdico e que podemos trabalhar com atividades
orais, atividades de coordenação motora, atividades de pintura, entre outras.
O Durante os
estágios no Ensino Fundamental, observamos a diferença entre uma aula
tradicional e uma lúdica. A maior parte dos alunos obtinha um desempenho muito
melhor e um conhecimento mais amplo sobre o assunto tratado na aula, quando se
aplicavam atividades lúdicas, conseguindo assim alcançar o objetivo proposto
pelo professor. A prática lúdica se for utilizada adequadamente, atendendo aos
objetivos do planejamento será muito proveitoso no ensino de conteúdo. Caso
contrário, pode se tornar a brincadeira pela brincadeira, fazendo com que os
alunos não atinjam os objetivos propostos para aquela aula. Os alunos acabam
dispersos e a aula não acontece como o professor planejou. Então entendemos que é preciso tomar muito
cuidado, ao escolher as atividades que serão aplicadas, uma aula toda lúdica
pode deixar os alunos dispersos e acabar prejudicando o alcance dos objetivos.
Por isso precisamos sempre entender que tudo tem limite, e que uma aula lúdica
tem que ser bem planejada.
A pesquisa
deste tema proporcionou para nós como pesquisadores e coparticipante da educação
a reflexão sobre os benefícios do lúdico na aprendizagem dos alunos do ensino
fundamental, bem como desmistificar o pensamento de alguns educadores por achar
que o lúdico não deve estar presente nesta faixa etária, por serem crianças
maiores precisam ter mais responsabilidades com o estudo e as brincadeiras não
fazem parte do aprendizado. A criança é um ser lúdico por natureza e necessita
dessa prática para buscar novos conhecimentos e aprendizagens
7- BIBLIOGRAFIA
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M. Estão mortas as Fadas? Literatura infantil e prática pedagógica. Rio de
Janeiro ,Petrópolis: Editora vozes 1997.
CUNHA,
N.H.S.A Brinquedoteca Brasileira: O lúdico em diferentes contextos. Rio de
janeiro, Petrópolis: Editora vozes ,1997.
CAVALCANTE, Mayara As
brincadeiras ao longo dos tempos da peteca ao pião a realidade virtual Disponível
em: http://blogs.ne10.uol.com.br/
mundobit/2014/10/10/ brincadeiras-de-crianca-ao- longo-tempo-da-peteca-e-piao-
realidade-virtual/ Acesso
em: 2 de novembro de 2017
DEWEY, John (the
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e Educação10 ed Melhoramentos. São Paulo.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. 43. ed., São Paulo: Paz
e Terra, 2011. Disponível
em: https://pt.slideshare.net/edivaniasilva/apresentao-do-seminario
Acesso em: Agosto de 2017
LISBOA Monalisa. A importância do lúdico
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ABBri- associação braseileiras de
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PIACENTINE, Patrícia Cultura
lúdica sempre acompanhou a humanidade Disponível
em http://origin.guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/confira-evolucao-jogos-brincadeiras-ao-longo-historia-685922.shtml
PIAGET,
Jean. A psicologia da inteligência. Editora fundo cultura S/A. Lisboa, 1967.
TRISTÃO
Maryl Bernardino - O Lúdico na prática docente – Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – Porto Alegre 2010.
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