quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Pesquisa Científica: O lúdico no Ensino Fundamental - Modalidade Médio Normal

COLÉGIO ESTADUAL ALCINDO GUANABARA
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
MÉDIO/NORMAL

O LÚDICO NO ENSINO FUNDAMENTAL

Realização da Pesquisa: TURMA 3001 CN  -  GUAPIMIRIM,  Novembro /2017

 


SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.................................................................................................3

2- O conceito de brincar ao longo dos tempos....................................................5

3- O ensino tradicional x ensino contemporâneo ................................................8

4- Brincadeiras e jogos como formas de ensina................................................10

5- O lúdico e as práticas escolares no Ensino Fundamental.............................11

6- CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................15

7- BIBLIOGRAFIA..............................................................................................16


RESUMO

O presente trabalho tem por título “O lúdico no Ensino Fundamental” que é a pesquisa teórica associada ao estudo de campo realizados nas escolas do Município de Guapimirim, RJ. Os objetivos desse trabalho são: Analisar a importância do lúdico na aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental. Avaliar a eficiência do lúdico no ensino de conteúdos escolares no Ensino Fundamental. Ao observamos as duas etapas de ensino Educação Infantil e Ensino Fundamental, constatamos que as turmas do Ensino Fundamental em sua maioria, não preservava mais as práticas lúdicas de antes da educação infantil, ou melhor dizendo, as maneiras de ensinar e aprender se apoiavam em atividades tradicionais como:  cópias de quadro, e folhinhas com exercícios, em detrimento das atividades lúdicas. Diante de tais inquietações formulamos o problema de pesquisa, o que norteou nossa pesquisa. Qual a importância das práticas lúdicas na aprendizagem de conteúdos escolares no Ensino Fundamental? E a partir deste contexto, traçamos o estudo de vários temas ligados ao tema principal que são: O conceito de brincar ao longo dos tempos. O ensino tradicional e o ensino contemporâneo. Brincadeiras e jogos como forma de ensinar conteúdos na sala de aula. O lúdico e as práticas escolares no ensino fundamental.
   


        
1-INTRODUÇÃO
A pesquisa apresentada a seguir tem como tema “O lúdico no Ensino Fundamental.  “A palavra ‘lúdico’ vem do latim Ludus, que significa jogo e divertimento. O conceito da atividade lúdica está atrelado ao ludismo, ou seja, atividades relacionadas com jogos e ao ato de jogar” (LISBOA, 2017). Esse tema foi alvo de nossas inquietações durante o período de estágios no segundo ano de formação do Curso Normal Modalidade Médio do Colégio Estadual Alcindo Guanabara em Guapimirim RJ.  Neste período de estágio tivemos a chance de observar duas modalidades de ensino: a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Ao observamos as duas etapas de ensino constatamos que as turmas de fundamental em sua maioria não preservava mais as práticas lúdicas de antes da educação infantil, ou melhor dizendo, as maneiras de ensinar e aprender se apoiavam em atividades tradicionais como: cópias de quadro e folhinhas com exercícios, em detrimento das atividades lúdicas que são importantes para um aprendizado prazeroso e eficaz.

Notamos neste período, que os alunos observados no Ensino Fundamental em sua maioria, tem muitas dificuldades em assimilar os conteúdos apresentados a eles. E que o lúdico poderia ser um meio pelo qual os alunos pudessem assimilar os conteúdos aplicados na escola.   

Diante de tais inquietações formulamos o problema de pesquisa o que norteou a nossa pesquisa.  Qual a importância das práticas lúdicas na aprendizagem de conteúdos escolares no Ensino Fundamental?
Esta Pesquisa tem por objetivos gerais:
Analisar a importância do lúdico na aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental. Avaliar a eficiência do lúdico no ensino/aprendizagem de alunos do ensino Fundamental.
Os objetivos específicos são:Identificar os benefícios da utilização do lúdico para ensinar conteúdos escolares.Reconhecer o lúdico como um método a ser utilizado pelo professor para melhorar o aprendizado de conteúdos escolares.
A pesquisa do tema: “O lúdico no Ensino Fundamental” se justifica pela necessidade de usar métodos de ensino que viabilize o aprendizado de conteúdos escolares de forma lúdica e prazerosa. Durante os estágios observarmos que nas salas de aula, ainda se ensina do jeito tradicional, muitas vezes, ignorando as demais práticas de ensino. A pesquisa deste é tema proporcionou para nós como pesquisadores e coparticipante da educação a reflexão sobre os benefícios do lúdico na aprendizagem dos alunos do ensino fundamental, bem como desmistificar o pensamento de alguns educadores por achar que o lúdico não deve estar presente nesta faixa etária, por serem crianças maiores precisam ter mais responsabilidades com o estudo e as brincadeiras não fazem parte do aprendizado. A criança é um ser lúdico por natureza e necessita dessa prática para buscar novos conhecimentos e aprendizagens

Os procedimentos metodológicos que foram utilizados nesta pesquisa: a revisão bibliográfica e o estudo de campo realizados nas escolas Municipais de Guapimirim, onde observamos durante os estágios, nestas escolas as práticas tradicionais que, muitas vezes, são cansativas e enfadonhas. Foram utilizados como fontes de pesquisa: Livros, sites e revistas onde buscamos fundamentar a nossa pesquisa. Nesta pesquisa, também, foram coletados dados de observação de campo através dos seguintes instrumentos: Entrevistas e roteiros de observação no campo escolar, onde a relação professor- aluno- prática de ensino tiveram atenção especial na nossa pesquisa.
A pesquisa deste tema foi muito proveitosa, pois nos ajudou buscar respostas para as questões levantadas para a confirmação de nossas hipóteses, desse modo dividimos o trabalho em capítulos afim de expor melhor o tema. O primeiro capitulo: O conceito de brincar ao longo dos tempos, o segundo capítulo: O ensino tradicional x o ensino contemporâneo, o terceiro capitulo: Brincadeiras e jogos como forma de ensinar conteúdos na sala de aula, quarto capitulo: O lúdico e as práticas escolares no Ensino Fundamental.  
 2- O CONCEITO DE BRINCAR AO LONGO DOS TEMPOS

Este trabalho trata de uma pesquisa sobre as brincadeiras e jogos que ao longo da história da humanidade tem feito parte das construções sociais. Buscamos neste trabalho analisar as:
relações do homem com jogos, brinquedos e brincadeiras é voltar às civilizações da Antiguidade, como egípcia, babilônica, chinesa, asteca, dentre outras, onde já existia uma cultura lúdica. Há registros de brinquedos que eram, na verdade, miniaturas de objetos do universo dos adultos. ( Patrícia Piacentine)  
Procuramos analisar ao longo desse trabalho a evolução do brinquedo e da brincadeira como forma natural de se relacionar e aprender do ser humano. Maria Célia Rabello Malta Campos, doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano e presidente da Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBri) explica que:
O homem brinca porque sua natureza é simbólica. Ele necessita fazer esse trânsito entre o material e o imaterial, de viver o ‘como se’, para se relacionar com a natureza, com o transcendente, consigo mesmo. Ao fazer isso, ele realiza sua essência de ser criativo, produtor e usuário de cultura.

Os jogos e brincadeiras têm como função a socialização dos grupos, pelo estreitamento dos vínculos entre as pessoas. Segundo (Campos):
As crianças até muito recentemente não dispunham de um tempo e de um espaço exclusivo para brincar. As crianças compartilhavam das mesmas atividades lúdicas dos adultos, pois não existia essa separação tão rígida entre mundo adulto e mundo da criança, entre trabalho e lazer, como temos agora, na era da produção capitalista. O tempo de produzir e o tempo do ócio e do prazer se entremeavam. Vemos que o lugar e a função dos jogos se modificam muito, conforme o processo histórico da sociedade”.
Outros achados mostram que a humanidade brincava muito antes de aprender a escrever, e que jogos como cinco-marias já eram conhecidos na Pré-História. "Desde que existem crianças, existem brinquedos", diz Cristina Von, autora de A História dos Brinquedos (Ed. Alegro). "Brincar é parte essencial da formação do ser humano." Na atividade lúdica, a criança descobre o corpo, aprende a se socializar, a resolver problemas, a imaginar. As brincadeiras de antigamente não são muito diferentes das atuais.
Podemos observar também durante os períodos de estágios que as crianças não deixaram de brincar, só brincam de forma diferente. Não se vê, mais nas escolas as crianças construindo seus próprios jogos. As crianças brincam com jogos que já vem pronto, os jogos e brincadeiras de hoje são brincados de forma individual e as crianças se interagem cada vez menos umas com as outras. As crianças estão preferindo os jogos tecnológicos, com isso as escolas não estão dando a devida importância para essa ferramenta de aprendizado e socialização que são os jogos e brincadeiras tradicionais.

Apontamos aqui algumas brincadeiras e jogos que fizeram parte da história da humanidade e tiveram influências no modo de brincar das crianças brasileiras. A pesquisa abaixo foi feita por Mayara Cavalcante:
Da peteca dos índios à amarelinha (Pós-chegada dos portugueses até 1880)
Segundo relatos registrados em diários de viagens dos portugueses, os índios que viviam por aqui antes da chegada dos portugueses já praticavam um jogo que consistia em arremessar uma trouxa de folhas cheia de pedras que eram amarradas em uma espiga de milho. Chamavam de Pe’teka, que quer dizer “bater” em tupi.
Portugueses no Nordeste: badocada e reizinhos
A influência ibérica e moura no Nordeste também chegou às brincadeiras das crianças. Os jogos de reis e rainhas são efeito direto dessa presença por aqui. O jogo da amarelinha, pedrinhas e cantigas de rodas são importações da Europa. O badoque, popular primeiro no Sertão nordestino, é árabe. Foi usado como instrumento de guerra na Espanha e Portugal até a criação da pólvora e ganhou uma versão “menos” inofensiva para crianças. O “bococ” ou “baducca” tem duas cordas bem esticadas separadas por dois pedacinhos de madeira e no meio há uma rede onde são colocados os projéteis, em geral, pedras. Bastante parecido, o estilingue era quase igual, mas tinha uma base de madeira em formato de “Y”. Ambos eram usados para abater passarinhos ou atirar pedras uns nos outros. A pesquisadora Elizabeth Lannes Bernardes, da Universidade Federal de Uberlândia (MG), lembrou que esses brinquedos também serviam como processo de iniciação dos meninos à vida adulta.
A influência negra nas brincadeiras: pião e papagaio
Segundo o pesquisador Câmara Cascudo, a criança africana filha de escravos sofreu influência em suas brincadeiras com a introdução de elementos europeus aos jogos e materiais herdados de sua matriz africana. Já Gilberto Freyre lembrava que grande parte das brincadeiras entre meninos brancos e negros reproduziam a dominação do patriarcalismo e escravidão. Mas alguns jogos perduraram às gerações seguintes, como o pião, a pipa (ou papagaio, como se chama aqui no Nordeste) e o beliscão.
Bola, estrela de sempre
A bola é muito antiga: há relatos que os japoneses e chineses já se divertiam com bolas de diversos materiais. Os gregos e romanos utilizavam bexiga de boi. Mas foi a bola dos ingleses que ficou famosa no Brasil. Ela chegou por aqui em 1894, trazida pelo inglês Charles Miller. Mas o nosso país tem a primazia de ter inventado a bola branca, em 1935. O inventor foi Joaquim Simão, que teve a ideia para ajudar os peladeiros que jogavam à noite.
Primeira metade do século: simbora pra rua
Na primeira metade do século 20 o mais comum era ir para a rua brincar. Por isso se popularizaram brincadeiras coletivas, onde era necessário um grande número de pessoas para que ficasse divertido. Pesquisadores apontam como sendo dessa época jogos como “pula-carniça”, que consistia em pular sobre outras crianças agachadas. Há versões violentas. Na minha infância, nos anos 1990, alguns garotos inventavam a chamada “garra de gavião”, onde pulavam arranhando as costas do colega com força.
Vale também registrar a chegada ao Brasil do “Queimado”, ou queimada, que é uma adaptação do prisonball, criado na Colômbia e popularizado nos EUA. Nele, quem levar uma bolada fica em uma área delimitada, que chamávamos aqui no Nordeste de “cemitério” (prison, nos EUA, daí o outro nome do jogo, prisonball). O objetivo é fazer o maior número de prisioneiros em cada campo. Era comum muitas crianças saírem seriamente machucadas, já que as bolas podiam causar hematomas dependendo do ângulo usado no arremeso. A partida era mista entre meninos e meninas, mas em alguns bairros e regiões, queimado era tido como “jogo de menina”.
Anos 1970 – 1980: bolas de gude e o colecionismo
As bolas de gude, também chamadas de bilucas, cabiçulinhas ou bolita, já existiam desde a Roma antiga, com materiais como ônux, vidro, aço e argila. Pintores renascentistas já retratavam crianças brincando com as bolinhas. Por aqui ficaram famosas nos anos 1970, mas foram introduzidas bem antes, pelos portugueses. O nome “de gude”, faz referência às pedras lisas dos leitos dos rios. No Brasil elas impulsionaram o colecionismo, base do comércio direcionado para crianças. As pedras até hoje são em sua maioria feitas de vidro. Algumas de ferro ficaram conhecidas como “ferranças”.
Anos 1980 e a inovação técnica
Diversas invenções introduzidas desde os anos 1960 chegaram aos anos 1980 como uma explosão consumistas em diversos países do Ocidente. Para muitos, foi uma das melhores épocas para ser criança pelo elevado número de opções. Enxergados pelas marcas como um dos consumidores mais criativos foram criados pelas empresas. Entre eles estão a mola colorida, o bate-bate, amoeba, aquaplay, o Genius. Nos anos 1990 chegaram os Tazos, febre introduzida pela ElmaChips, o Pega-tazos, os tamagochis, pirocóptero, iôiôs da Coca-Cola, os geloucos (também da Coca), pega-varetas. O cubo mágico, criado pelo húngaro Ernő Rubik em 1974, se tornou um clássico e ficou famosa nessa época.
A era dos videogames
O Atari foi um dos videogames mais populares do Brasil, mas a febre mesmo veio com o Nintendinho, que chegou no início dos anos 1990. Outros consoles que ficaram populares foram os da Sega, como o Master System e o Mega-Drive. Na evolução dos gráficos, o PlayStation 1, da Sony fez sucesso rápido, depois do fracasso que foram lançamentos como Sega Saturn, Neo Geo, entre outros.
Concluímos que brincar sempre foi o entretenimento favorito das crianças, desde os tempos de nossos avós. A importância, beleza e pureza dessa fase tão deliciosa infelizmente têm sido cada vez mais diminuídas. As mudanças de cultura e as tecnologias avançadas mudaram a forma de brincar, prejudicando até mesmo a saúde das crianças. Brincar não tem apenas o objetivo de divertir, mas também de fazer movimentar o corpo e aprender de forma criativa.                                              

3- O Ensino Tradicional x Ensino Contemporâneo
Buscamos refletir sobre as práticas tradicionais e as contemporâneas de ensino fazendo correlação ao tema geral de nossa pesquisa: o Lúdico no Ensino Fundamental.  Podemos observar que as práticas lúdicas de ensino na escola são bem recentes e que durante muito tempo na história da educação escolar foram ignoradas e só eram usadas no momento de ócio e lazer.

Durante a nossa vivência em sala de aula como estagiárias observarmos e acompanhamos um pouco da realidade nas escolas atuais e ainda há predominância do ensino tradicional, onde o lúdico tem pouco espaço na sala de aula.  Afinal, muitos professores ainda usam o método tradicional em suas práticas como forma de ensinar. A partir da realidade observada, buscamos fazer um estudo sobre as diferenças entre o ensino tradicional e contemporâneo.  

Diferença entre ensino tradicional e contemporâneo
Ensino Tradicional:
 As escolas das épocas passadas seguiam uma linha de ensino tradicional, com um sistema rigoroso e muito formal.
Tinham como característica principal: disciplina e respeito.
Obediência era uma virtude do aluno e todos tinham que seguir o padrão exigido pela instituição.
O professor era autoridade máxima da sala de aula. As punições neste ambiente escolar causavam muito medo, as crianças que temiam em fazer algo que não estivesse de acordo com as regras.
A avaliação muitas vezes era oral. E para aqueles que atingiam os objetivos esperados pelo professor, eram premiados, e com vantagens em relação aos outros, como forma de atrair o aluno para novos estudos.
O comportamento é totalmente condicionado, deixando claro um princípio Behaviorista, estudado por Skinner (1904-1990), que representava a eficiência nesta época na escola.

Educação Tradicional: “Aquele a quem a palavra não educar, também o pau não educará.” (SÓCRATES)

Ensino Contemporâneo: As escolas atualmente proporcionam um ambiente confortável e construtivista, com o objetivo de propiciar interação entre o meio-objeto.
O professor respeita as fases da criança e é o mediador/facilitador do conhecimento. Sua relação com o aluno é de afetuosa e amigável
A virtude que pregamos é a da infância vivida, da arte do brincar e educar, de viver e experimentar cada pedacinho do mundo.
A troca de conhecimento é a chave para a interação professor-aluno, onde ninguém é o detentor do conhecimento, onde cada sabedoria tem o seu valor.

A criança tem a liberdade de expressão, ela faz parte do mundo que vive, tem seus deveres e seus direitos, e o erro é visto como aprendizado e uma forma de aprimorar o que lhe foi ensinado.
A avaliação é feita pela observação e pelo crescimento de cada criança no processo de aprendizagem, onde não há padronizações e valores quantitativos, aqui o que se avalia é o que o torna um humano e não apenas um número.
O conceito construtivista integra a educação contemporânea, a ideia sócio- interacional, onde prepara o aluno para se relacionar com o meio, tendo suas próprias produções e concepções.

Educação Moderna: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” (FREIRE, 2011)
Percebemos durante os estudos que os dois métodos são bem diferentes em relação as práticas de ensino. No tradicional o professor conservava sua autoridade através de normas e proibições e os alunos não tinham espaço ou liberdade para falar e expressar suas opiniões. Os métodos eram rígidos e as brincadeiras e jogos não eram vistos como pedagógicos. Já nas escolas modernas percebemos que o uso de jogos e brincadeiras tem um espaço maior na sala de aula e é, largamente, usado como ferramenta pedagógica pelos professores.

Buscamos através de entrevistas com alguns professores das escolas estagiadas saber dos docentes sobre o uso do lúdico no planejamento:

Professora Entrevistada:  Ane Caroline Ferreira.

Quais as vantagens e as desvantagens de planejar uma aula lúdica?
R: As vantagens são que as aulas ficam mais interessantes e as desvantagens é que a turma fica mais agitada, necessitando de muitas intervenções.

Professora entrevistada: Ana Paula Martins.

Quais as vantagens e as desvantagens de planejar uma aula?
R: As vantagens são que os alunos têm uma maneira divertida e mais fácil para aprender, de assimilar o conteúdo e também promover a interação entre aluno/professor. Por outro lado, tem como desvantagem de ser um planejamento mais elaborado e que requer mais trabalho e dedicação por parte do professor.


Em sua opinião, existe uma diferença do rendimento e desempenho da turma quando se trabalhar de forma lúdica? justifique sua resposta.
R: Com certeza, há uma grande diferença, pois, uma turma onde não tem um trabalho lúdico nada vai render.  Quando se trabalha de forma lúdica o rendimento da turma é bem melhor e mais rápido.  Porque o lúdico é algo que atrai a atenção de todos e facilita assimilação do conteúdo pelo aluno.


Em sua opinião, existe uma diferença do rendimento e desempenho da turma quando se trabalhar de forma lúdica? justifique sua resposta.
R: Sim. Há uma grande diferença entre o conteúdo planejado de forma lúdica e o de forma usual. O trabalho fica mais dinâmico e proporciona maior compreensão do que foi planejado.

4- BRINCADEIRAS E JOGOS COMO FORMA DE ENSINAR
A seguir iremos tratar de um assunto que é pouco valorizado nas salas de aula, que trata da importância de se utilizar jogos como ferramentas de ensino e que pode ajudar no desenvolvimento e desempenho escolar do aluno no primeiro segmento do Ensino Fundamental.  Para muitos professores o brincar na sala de aula, ainda, não é visto como forma de ensinar e aprender e que pode ser essencial para o desenvolvimento do aluno.

Segundo Dewey (1952) o pensador norte americano, afirma que o jogo faz o ambiente natural da criança ao passado que as referências abstratas e remotas não correspondem ao interesse da criança. Em suas palavras é somente no ambiente natural da criança que ela poderá ter um desenvolvimento seguro.
Vygotsky atribuiu importante papel do ato de brincar na construção do pensamento infantil. Segundo ele, através brincadeira o educando reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu pensamento.  A brincadeira e a aprendizagem não podem ser consideradas como ações e com objetivos distintos.

Nós estágios observados pelas integrantes do grupo, observamos que a maioria dos professores não utilizam o lúdico em sala de aula, por acharem trabalhoso planejar uma aula lúdica. Muitos professores não trabalham o lúdico e tentam se justificar dizendo que as atividades lúdicas deixam os alunos mais agitados, fazendo com que eles percam o controle da turma.
É claro que, necessariamente, a aula não precisa ser toda de forma lúdica, mas o professor deve mesclar sua aula realizando os jogos e as brincadeiras de forma organizada para que ele consiga alcançar seus objetivos. O brincar é uma atividade espontânea natural da criança, que desperta emoções, sensações, que muitas dessas emoções podem ser vistas pelos professores através das brincadeiras e jogos realizados.

Os jogos e as brincadeira libertam muitas crianças das angústias e muitas vezes, funcionam como escape para emoções negativas, ajudando a criança a lidar com esses sentimentos que fazem parte da vida cotidiana. Por muitas vezes, a criança está passando por problemas familiares, maus-tratos, abusos e a escola pode ser lugar não só para aprender, mas um lugar prazeroso. A escola não precisa ser chata, a escola pode ser um lugar legal!   

Os jogos e as brincadeiras devem estar presentes no cotidiano do aluno para que este possa aprender de forma lúdica e interessante os conteúdos propostos.
Na aplicação desses jogos é muito importante que o professor prepare antecipadamente as brincadeiras e os jogos a serem feitos para que a brincadeira possa ter um valor significativo quanto ao objetivo educacional e pedagógico.
           
Vejamos a seguir alguns jogos e brincadeiras como forma de ensinar alguns conteúdos:
Se formos trabalhar números podemos fazer um quadro com números de um a 10 com bolsinhos e brincar com o aluno de contar com palitos de picolé. Cada número terá a quantidade de palitos o representando.

Se vamos trabalhar o trabalho em equipe: podemos brincar de corrida com os alunos, onde os alunos sentados se enrolam num grande fio de barbante passando na cintura, quando o último aluno o passar o barbante na cintura o barbante terá que voltar novamente a desenrolar um por um.

Além do aspecto lúdico do jogo, o Tangram pode ser explorado no ensino da Matemática. Ele pode ser utilizado em diferentes conteúdos como área, perímetro, razão, proporção, fração, multiplicação, divisão, semelhança, simetrias, transformações isométricas, etc. Pode ser explorado também em interdisciplinaridade com as Ciências, Artes e História. São inúmeras as possibilidades exploratórias do Tangram utilizando-se de material concreto de manipulação. No entanto, o uso do ambiente computacional pode ampliar ainda mais as potencialidades pedagógicas do Tangram.

Esconde-esconde: uma brincadeira simples que ajuda a trabalhar a socialização.
Dominó ou jogo da velha: ajuda a trabalhar o raciocínio lógico e pode ser feito usando vários materiais para chamar a atenção do aluno.

Adoleta: trabalha o som das sílabas ao cantar a música e as letras;
Exemplo: a- do- le- tá, le -pe - ti- pe- ti - po - lá .
Dominó do alfabeto:  Reúna um grupo de crianças, distribua as peças igualmente entre elas. O desafio das crianças será unir peças com o alfabeto maiúsculo ao alfabeto minúsculo. Ganha o jogo quem ficar por primeiro sem nenhuma peça.

Desta forma podemos entender que “através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se socializando.” (TRISTÃO, 2010, p. 17).
Deste modo, podemos concluir que o lúdico na vida de uma criança é realmente importante, pois além de aprender conteúdos escolares, ela aprende a interagir, a conhecer a si mesmo e a conhecer o outro.


5- O LÚDICO E AS PRÁTICAS ESCOLARES NO ENSINO FUNDAMENTAL       
A educação para obter um ensino mais eficiente, aperfeiçoou novas técnicas didáticas consistindo numa prática inovadora e prazerosa. Cunha (1997,p.29) afirma que:” Objetos, sons, movimentos, espaços, cores, figuras, pessoas ,tudo pode virar brinquedos através de um processo de interação em que funcionam como alimentos que nutrem a atividade lúdica, enriquecendo-a.”

Dentre essas técnicas temos o lúdico, um recurso didático dinâmico que garante resultados eficazes na educação, apesar de exigir extremo planejamento e cuidado na execução da atividade elaborada, não se pode ser prática apenas de infância ou de um momento de aprendizagem, esse deve ser compreendido no ciclo vital de todo ser humano. “Na verdade, a atividade lúdica é uma forma de o indivíduo relacionar-se com a coletividade e consigo mesmo.” Amarilha,1997,88)

Através do lúdico o educador pode desenvolver atividades que sejam divertidas e que sobretudo ensine os alunos a discernir valores éticos e morais formando cidadãos conscientes dos seus deveres e de suas responsabilidades além de propiciar situações em que haja uma interação maior entre os alunos e o professor numa aula diferente e criativa, sem ser rotineira.  Segundo Piaget (1967)” O jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele oferece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral.”
Ao concluímos esse trabalho de pesquisa percebemos a importância, da ludicidade em um trabalho pedagógico e a melhoria do aprendizado do aluno e o envolvimento dele com as atividades.
As considerações das práticas observadas no campo estágio sobre o tema apresentado: 
Professoranda  Ágatha Oliveira.
Nos meus estágios, procuro sempre levar para a sala de aula uma atividade lúdica. Já pude ver de perto essa experiência do lúdico na sala e percebi que a interação e o interesse pela aula é bem maior quando se trabalha de forma lúdica.
Professoranda  Ana Caroline Pereira.
Ao comparar uma atividade tradicional e uma lúdica, percebe-se que a aprendizagem do aluno elevasse muito quando se utiliza as atividades lúdicas, pois é se torna essencial no processo de aprendizagem.
Professoranda  Andressa Rosa.
Ao realizar atividades lúdicas nos estágios, observei que os alunos
participaram mais, e desenvolveram muito bem as atividades. Ao passo que as atividades tradicionais, muitas vezes são enfadonhas e não atrai muito os alunos. De forma que as lúdicas são diferentes elas ensinam aquilo que a criança precisa, sem ser cansativas e chatas.
Professoranda  Laura Loiane.
Ao passar uma atividade mais lúdica para a turma que lecionei, percebi que os alunos tiveram um desempenho melhor nas atividades e se interessaram mais pelo conteúdo aplicado. Foi observado que ao utilizar atividade lúdica, os alunos assimilaram melhor o conteúdo do que uma atividade tradicional do dia-a-dia.
Proferssoranda  Nathália Falcão
Nas minhas observações em uma sala na qual estagiei, percebi a diferença da atividade lúdica para a tradicional. Na tradicional conclui que eles até aprendem como fazer, mas nem sempre aprendem o porquê estão fazendo aquilo. Já a nas experiências lúdicas as crianças se envolvem naquele conteúdo, elas vivem aquilo e passam a entender, tornando o conteúdo mais fácil de ser aprendido.
Professorandas Eduarda Pietrelli e Thamyres Melo
Podemos perceber que as professoras cobram das estagiárias o lúdico em todas as aulas sem exceção, porém no dia a dia elas trabalham apenas o tradicional sem dinâmica e sem o lúdico. As crianças têm uma grande dificuldade nas matérias onde o lúdico poderia ser mais explorado para os conhecimentos de todos na sala. O livro é um exercício repetitivo que não ajuda em nada as crianças.
Professorandas Ágatha e Nathália Falcão
Nos estágios observados, entre uma pesquisa de três professoras observadas, apenas uma adotou o método lúdico em suas aulas. Os outras, apenas trabalhavam com o método tradicional, “cópia e cola” e responder deveres do livro ou trabalhavam algo que era diferente quando era proposto pela escola.                                                        Já a outra professora, usava o método lúdico em suas aulas para atrair e envolver os alunos nos conteúdos das aulas. E quando o lúdico está presente, podemos notar a diferença no aprendizado. 

Professorandas Amanda Pereira e Milena Magalhães
Na realização de nossos estágios com o objetivo de observar e coparticipar, podemos notar que as professoras do Ensino Fundamental acham que seus alunos não estão mais na fase de aprender brincando.
Raramente em nossos estágios encontramos professores que ensinavam através da brincadeira, a professora que mais nos marcou e que trabalhou o lúdico da melhor maneira possível foi a professora Katiuscia do primeiro ano na Escola Municipal Neli Albuquerque Vivas. No dia que à observamos ela fez a “festa das vogais” onde foi comemorado o aprendizado das vogais e a professora explicou que a festa era porque eles aprenderam as vogais e os encontros vocálicos, durante a festa houve brincadeiras sobre as vogais etc. Na semana seguinte estivemos atuando nesta turma e aplicando o mesmo tema da nossa observação e notamos que os alunos, haviam absorvido a matéria de forma plena através do lúdico dado pela professora. Claro que a professora não dava apenas coisas lúdicas, mas através do lúdico misturado com outras práticas fazia com que seus alunos aprendessem sobre os conteúdos aplicados. Essa sim é a verdadeira mediadora entre o conteúdo e a criança.

Professorandas Mêllanie Oliveira e Ester Barbosa
No período em que estivemos na escola de estágio observando as turmas de Ensino Fundamental nos deparamos com dois tipos de professores atuantes. Alguns professores trabalhavam o lúdico com a utilização de trava-línguas, brincadeiras, em sala, de acordo com o conteúdo do dia, e a utilização de objetos, para tornar a explicação mais próxima do dia a dia de cada um, o que de certa forma tornava mais fácil o entendimento. Porém, a maioria dos professores trabalhavam apenas de forma tradicional. Usavam apenas o quadro, folhas de atividades ou folhas de explicação e livro para realização de atividades. Com isso, podemos perceber que o aluno cujo professor trabalha de forma lúdica consegue aprender melhor o conteúdo devido à integração com objetos relacionados. E já o aluno que faz apenas folhinhas não tem um amplo conhecimento, pois ficam presos só nas folhinhas e nada mais.

Segue entrevistas com as professoras das turmas observadas:                    

Professora  Ana Paula de Oliveira do 1º ano Ensino Fundamental                                                                                     
1.Qual a importância do lúdico na aprendizagem de conteúdos escolares?                     R:Com o lúdico as crianças conseguem assimilar melhor os conteúdos, brincando e aprendendo.
2. Quais os benefícios do lúdico na aprendizagem do aluno do ensino fundamental?             R:Um dos maiores benefícios é uma aprendizagem mais rápida e um processo de ensino-aprendizagem mais eficiente.
3.Você trabalhar o lúdico em suas aulas? Se sim, com que frequência?               
 R: Sim, trabalho com o lúdico todos os dias, pois o processo de ensino-aprendizagem fui muito melhor.
4.Quais as vantagens e as desvantagens de planejar uma aula lúdica?                 
R: Vantagens, (sua aula fica mais dinâmica). Desvantagens, (nem sempre dá tempo de aplicar tudo em uma aula, pois atividades lúdicas envolvem muito os alunos e todos querem participar).
5.Em sua opinião, existe uma diferença do rendimento e desempenho da turma quando se trabalha de forma lúdica? Justifique sua resposta:                             
R: Com certeza o lúdico é atrativo, diferente, dinâmico, as crianças se concentram quando precisam ouvir e assimilam melhor o que vai ser trabalhado. O rendimento escolar tem melhor aproveitamento com o lúdico.

Professora Marislaine do 3º ano do Ensino Fundamental

1.Qual a importância do lúdico na aprendizagem de conteúdos escolares?                 
R. O lúdico é importante para a criança ter uma facilidade maior em sua aprendizagem escolar, possuindo uma aula prazerosa e dinâmica ao mesmo tempo, pois desperta o interesse da criança em aprender com mais facilidade.
2. Quais os benefícios do lúdico na aprendizagem do ensino fundamental?                             R: Os benefícios são de obter o desenvolvimento e a participação do aluno, pois brincando a criança desenvolve seu raciocínio, a lealdade, sua auto- expressão, auto- estima, sua autoconfiança e a psicomotricidade.   
3.Você trabalhar o lúdico em suas aulas? Se sim, com que frequência?                  
R. Sim trabalho o lúdico em minhas aulas, mas depende do momento, pois tem aulas que mesmo estando planejada sem o lúdico acaba ficando dinâmico, porque precisamos está a todo tempo buscando um meio criativo de ensina-los.
4.Quais as vantagens e as desvantagens de planejar uma aula lúdica?                  R:Vantagem: Através do lúdico a criança aprende e conviver, a ganhar e perder a esperar sua vez, lidar com as emoções e obter conhecimento. Desvantagens: A falta de equilíbrio, a motivação, dificuldades em entender o efeito do jogo e os desafios podem gerar tédio.
5.Em sua opinião, existe uma diferença do rendimento e desempenho da quando se trabalha de forma lúdica? Justifique sua resposta:                     
R.Sim, pois com a forma lúdica eles se mostram mais interessados em aprender.                                                                      

Professora Viviane do 3º ano do Ensino Fundamental

1. Qual a importância do lúdico na aprendizagem de conteúdos escolares?
R: O lúdico “quebra” a formalidade do ensino, no sentido de ser mais livre e divertido.2.Quais os benefícios do lúdico na aprendizagem do aluno do Ensino Fundamental?R: Proporciona o espírito de colaboração e prazer entre as crianças.
3.Você trabalha o lúdico em suas aulas? Se sim, com que frequência?
R: Sim. Uma vez por semana e quando possível realizo mais vezes.
4.Quais as vantagens e as desvantagens de planejar uma aula lúdica?
R: A vantagem é ter sempre uma aula diferente; explorar diversas possibilidades e recursos. A desvantagem é ser criativo a todo tempo, o que muitas vezes não é possível, não por incapacidade do professor, mas sim por se tratar de um método complexo.
5.Em sua opinião, existe uma diferença do rendimento e desempenho da turma quando se trabalha de forma lúdica? Justifique sua resposta.
R: A forma lúdica de ensinar pode ser mais interessante para os alunos, principalmente, para aqueles com mais dificuldades. Com relação ao desempenho da turma é preciso ter domínio de turma para a atividade lúdica não tornar a aula tumultuada.
ConsideraçÕES finais
A construção desse trabalho se deu a partir de inquietações sobre o problema apresentado ao longo dessa pesquisa que partiram de análises, estudos, entrevistas, relatos e observações nos estágios feitos pela turma 3001 da formação de professores modalidade Normal Médio. Onde se percebeu que o lúdico não é trabalhado de forma sistemática por todos os professores e sim pela minoria deles. Para realizarmos essa pesquisa fizemos entrevistas com professores e observações sistemáticas nas salas de aula de várias escolas do nosso município, afim de avaliar a importância das práticas lúdicas na aprendizagem de conteúdos escolares no Ensino Fundamental.

Baseamos nossa pesquisa em observações e entrevistas com professores das escolas municipais de Guapimirim e podemos afirmar que realmente o lúdico é importante para a criança aprimorar o desenvolvimento cognitivo e a socialização. Segundo os professores entrevistados sobre o assunto, todos dizem que o lúdico é bastante usado nas salas de aula, mas de acordo com as nossas observações não são todos os professores que desenvolvem a prática do lúdico no dia a dia com seus alunos, ou quando utilizam, acabam utilizando poucas vezes.  Como estagiários do curso de formação de professores e sabedores da importância do lúdico na vida da criança, tentamos sempre incluir atividades lúdicas no planejamento de nossas aulas. 

No decorrer da pesquisa constatamos que o lúdico é um método que pode ser utilizado pelo professor para melhorar o aprendizado de conteúdos escolares. Identificamos também que a utilização do lúdico traz múltiplos benefícios no ensino de conteúdos escolares. Durante as pesquisas e nos estágios percebemos que existem várias formas de se utilizar o lúdico e que podemos trabalhar com atividades orais, atividades de coordenação motora, atividades de pintura, entre outras.

O Durante os estágios no Ensino Fundamental, observamos a diferença entre uma aula tradicional e uma lúdica. A maior parte dos alunos obtinha um desempenho muito melhor e um conhecimento mais amplo sobre o assunto tratado na aula, quando se aplicavam atividades lúdicas, conseguindo assim alcançar o objetivo proposto pelo professor. A prática lúdica se for utilizada adequadamente, atendendo aos objetivos do planejamento será muito proveitoso no ensino de conteúdo. Caso contrário, pode se tornar a brincadeira pela brincadeira, fazendo com que os alunos não atinjam os objetivos propostos para aquela aula. Os alunos acabam dispersos e a aula não acontece como o professor planejou.   Então entendemos que é preciso tomar muito cuidado, ao escolher as atividades que serão aplicadas, uma aula toda lúdica pode deixar os alunos dispersos e acabar prejudicando o alcance dos objetivos. Por isso precisamos sempre entender que tudo tem limite, e que uma aula lúdica tem que ser bem planejada.

A pesquisa deste tema proporcionou para nós como pesquisadores e coparticipante da educação a reflexão sobre os benefícios do lúdico na aprendizagem dos alunos do ensino fundamental, bem como desmistificar o pensamento de alguns educadores por achar que o lúdico não deve estar presente nesta faixa etária, por serem crianças maiores precisam ter mais responsabilidades com o estudo e as brincadeiras não fazem parte do aprendizado. A criança é um ser lúdico por natureza e necessita dessa prática para buscar novos conhecimentos e aprendizagens  

7- BIBLIOGRAFIA

AMARILHA, M. Estão mortas as Fadas? Literatura infantil e prática pedagógica. Rio de Janeiro ,Petrópolis: Editora vozes 1997.
CUNHA, N.H.S.A Brinquedoteca Brasileira: O lúdico em diferentes contextos. Rio de janeiro, Petrópolis: Editora vozes ,1997.
CAVALCANTE, Mayara As brincadeiras ao longo dos tempos da peteca ao pião a realidade virtual Disponível em: http://blogs.ne10.uol.com.br/ mundobit/2014/10/10/ brincadeiras-de-crianca-ao- longo-tempo-da-peteca-e-piao- realidade-virtual/ Acesso em: 2 de novembro de 2017
DEWEY, John (the child and curriculm Portugues, tradução. Vida e Educação10 ed Melhoramentos. São Paulo.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43. ed., São Paulo: Paz e Terra, 2011. Disponível em: https://pt.slideshare.net/edivaniasilva/apresentao-do-seminario Acesso em: Agosto de 2017
LISBOA Monalisa. A importância do lúdico na aprendizagem, com auxílio dos jogos
ABBri- associação braseileiras de brinquedotecas- 2017
PIACENTINE, Patrícia Cultura lúdica sempre acompanhou a humanidade Disponível em http://origin.guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/confira-evolucao-jogos-brincadeiras-ao-longo-historia-685922.shtml 
PIAGET, Jean. A psicologia da inteligência. Editora fundo cultura S/A. Lisboa, 1967.
TRISTÃO Maryl Bernardino - O Lúdico na prática docente – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre 2010.


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