INSTITUIÇÃO
ESCOLAR: INDISCIPLINA E VIOLÊNCIA
Professora responsável: Cláudia de Queiroz Corrêa
Realização
da Pesquisa:
TURMA
3001 CN
GUAPIMIRIM/ NOVEMBRO
2016
SUMÁRIO
1-
Introdução...............................................................................6
2- Violência
contra escola ..........................................................8
3- Violência da
escola............................................ ....................10
4- Violência na
escola ................................................................12
5- A relação
entre Violência e indisciplina na escola..................15
6-
Considerações finais ..............................................................20
7-
Bibliografia...............................................................................22
RESUMO
A
pesquisa apresentada neste trabalho tem por título Instituição escolar: indisciplina e violência que é o resultado de
um estudo teórico associado a pesquisa de campo nas escolas municipais de
Guapimirim Rj. Os objetivos deste trabalho são analisar a relação entre a
indisciplina e violência ocorridas em unidades escolares locais e avaliar como
os profissionais da educação lidam com a indisciplina e a violência ocorridas
no ambiente escolar. Este tema de pesquisa nos levou a refletirmos sobre a
várias faces da violência na escola como: Violência contra escola que é
apresentada como atos de vandalismo praticados pelos alunos ao prédio escolar. A
violência da escola é aquela cometida contra o aluno, ou seja, a escola
reproduz a sociedade como ela é. Se a sociedade é desigual reproduz as
desigualdades e conflitos que nela existe. A violência na escola são as ameaças
de alunos a alunos e de aluno a professor e vice-versa. E por último sua relação
com a indisciplina na escola.
1-INTRODUÇÃO
Nos nossos estágios do segundo ano do
Curso de Formação de professores do Colégio Estadual Alcindo Guanabara em
Guapimirim RJ, nas escolas municipais do Ensino Fundamental, nos deparamos com
a indisciplina e até mesmo a violência nas turmas estagiadas por nós. Surgiu o
desejo de pesquisar sobre o tema instituição escolar: indisciplina e violência.
No 3º ano de formação de professores, demos início à pesquisa, fizemos grupos
de estudos e discussão sobre o assunto. E chegamos a um problema de pesquisa:
Existe uma relação entre indisciplina e violência na escola? E começamos também
a pensar em possíveis soluções para o problema. Como a escola poderia agir para
evitar a indisciplina e consequente violência no ambiente escolar?
A escolha do tema se deu ao observarmos
nos estágios as dificuldades da escola em lidar com a indisciplina dos alunos e
a consequente violência geradas por comportamentos que não são compatíveis com
ambientes de convivência grupal.
Ao longo dos estudos percebemos que a
indisciplina e a violência são problemas distintos, porém se interligam. No
caso da indisciplina é praticada entre aluno e corpo docente gerando um
comportamento até mesmo improdutivo na sala de aula para o aluno indisciplinado
e seus colegas. No caso da violência pode ocorrer entre aluno e professor,
aluno a aluno e entre aluno o patrimônio escolar.
Os objetivos gerais desta pesquisa são:
Analisar
a relação entre a indisciplina e violência ocorridas em unidades escolares
locais.
Avaliar
como os profissionais da educação lidam com a indisciplina e a violência
ocorridas no ambiente escolar.
Os
objetivos específicos são:
Identificar
os tipos de violências e os fatores causadores destas no âmbito escolar.
Levantar debate sobre os
métodos e projetos que podem ser utilizados para melhorar a convivência no
ambiente escolar.
A pesquisa do tema se
justifica por se tratar de um problema bem presente nas instituições escolares
e suas dificuldades em não saber lidar, na maioria das vezes, com o problema
gerados pela indisciplina no âmbito escolar. Os educadores diante dos conflitos
no ambiente escolar, por vezes, não sabem como resolver as mais variadas
situações de indisciplina e acabam sobrecarregando as instâncias judiciárias ou
até mesmo chegando a expulsão do aluno.
A pesquisa nos ajudou a
buscar respostas para esse problema a fim de confirmar nossas hipóteses. A
pesquisa desse tema nos proporcionou respostas mais amplas para que possamos
refletir sobre a várias faces da violência na escola como: Violência contra
escola, Violência da escola e a Violência na escola e sua relação com a
indisciplina que dá nome aos capítulos deste trabalho.
2- VIOLÊNCIA CONTRA ESCOLA
Nos nossos estudos percebemos que a
violência contra escola vai além daquela que é praticada por alunos, a
violência também vem do poder público que gera: prédios pobres, sujos,
degradados. Lugares onde ninguém quer estar. O fato é que aluno não ver a
escola como um bem comum, um bem a ser preservado.
Ao falarmos sobre a violência contra a
escola, observamos que conforme o tempo passa, a violência fica cada vez mais
grave, e passa a ser não somente contra a escola, mas também contra os colegas
de turma, professores, pais e familiares, intervindo na vida cidadã futura. O aluno
que comete a violência pode estar passando por alguns problemas, como:
agressões domésticas, violência física e/ou psicológica, maus tratos, falta de
atenção e carinho.
A violência contra a escola é
apresentada como atos de vandalismo, incêndios e destruição e roubo ou furtos
depredação do patrimônio como: paredes, carteiras, cadeiras, portas, cabos de
fiação, cabos de telefone, materiais e equipamentos das instituições escolares
e outros.
Observando a pesquisa de BONETI,
Lindomar Wessler- PUCPR, podemos ver abaixo alguns relatos que retrata bem essa
realidade na maioria das escolas brasileiras:
•Primeiro livro ata, roubado no início
do ano letivo;
•Alunos quebraram vidro da porta da sala
da direção;
•Roubo na escola de torneiras do
banheiro masculino e feminino; de telhas externas, ralo do bebedouro, fios
elétricos, cabos de telefones;
•Invasão no final de semana na escola
com roubo de 2 extintores e lâmpadas;
•Dois alunos entraram na despensa anexo
à cozinha da escola e roubaram comida;
•Roubo de telefone; DVD; da escola;
Roubo de toda a fiação elétrica da escola; Roubo de três pastas de alunos da
secretaria da escola;
Na consequência, apresentamos fatores
geradores de violência contra a escola. Esses fatores podem ser o início de uma
violência bem maior, pois enquanto ainda está dentro da escola o problema não é
muito agravante.
Nos nossos estudos apontamos algumas
soluções que poderia ajudar a escola a lidar melhor com as situações
apresentadas acima:
·Com os acontecimentos que ocorrem contra
escola, poderíamos montar reuniões com pais e alunos juntos.
·Palestras falando sobre patrimônio
público, explicando que os materiais também são comprados com o dinheiro dos
pais, através dos impostos.
·Excursão em fábricas de cadeiras e
mesas, para as crianças observarem o trabalho que dá para montar um material
para ficarem destruindo depois.
·Observar o aluno e ver se ele precisa de
um algum tipo de acompanhamento terapêutico ou outros.
·Chamar os pais mais vezes na escola com
palestras coletivas de pais e alunos.
Através das pesquisas e estudos desse tema
observamos que ocorrem os mais diversos tipos de agressões contra a escola, no
fim quem paga é toda uma sociedade onde professores são desrespeitados e
agredidos onde o patrimônio é depredado e os alunos se acham no direito de
fazê-lo e se abstém de um dos principais direitos de toda os homens o direito à
educação
3- VIOLÊNCIA DA ESCOLA
A violência da escola é aquela cometida
contra o aluno, ou seja, a escola reproduz a sociedade como ela é. Se a
sociedade é desigual reproduz as desigualdades e conflitos que nela existe
como: desigualdades de classes, gêneros, raça, de posição social, etc, e
revela-se na discriminação (sexo, raça, condição social. Opção sexual, padrões
de beleza).
É certo que, vemos hoje em dia muitos
casos de violência no âmbito escolar, não somente entre alunos, mas também
professores/alunos, e sabemos que a escola não tem as ferramentas mínimas para
poder prevenir esse tipo de violência. A escola é muito centrada nela mesma e
não procura dialogar com os jovens, por isso os conflitos dentro da sala de
aula estão cada vez maiores. Os professores não procuram conhecer os alunos
para melhor entende-los.
Como foi dito no início desse capítulo a
escola também reproduz as loucuras da sociedade. Os professores criam posturas
de negação a tudo que é jovem no sentido de não ser positivo. Os professores se
sentem vítimas de seus alunos e apresentam comportamento de indiferença e
agressividade. E os alunos queixam-se: sentem-se vítimas de seus professores,
que os discriminam, por serem pobres e não os ensinam. Esta relação podo
acarretar alguns sintomas: abandono, desinteresse pela escola e pelo que ela
representa.
É
importante prestar atenção no que está acontecendo no âmbito escolar, e como se
dão as relações entre os alunos, entre os professores e procurar saber as
causas de tanta violência. ”Levar esse tema para a sala de aula desde as
séries iniciais é uma forma de trabalhar com um tema controverso e presente em
nossas vidas, oportunizando momentos de reflexão que auxiliarão na
transformação social ” (Jussara de Barros, Brasil Escola).
Muitas
vezes por não quererem arrumar um jeito de combater certo tipo de violência, a
direção encaminha para a justiça esse problema. O Conselho Tutelar na maioria
das vezes é chamado na escola, por casos banais que a própria escola seria
capaz de resolver.
Nas escolas, as relações no dia a dia
deveriam traduzir respeito ao próximo através de atitudes que levassem a
amizade, harmonia de alunos para com os professores e professores para com os
alunos.
Muitas vezes, os alunos são os principais autores da violência nas escolas, porém eles também são apontados como vítimas. As brigas entre os alunos são casos de violência constantes nas escolas, entretanto professores acabam também praticando violências contra seus alunos.
Muitas vezes, os alunos são os principais autores da violência nas escolas, porém eles também são apontados como vítimas. As brigas entre os alunos são casos de violência constantes nas escolas, entretanto professores acabam também praticando violências contra seus alunos.
A escola deve ser um ambiente acolhedor,
contudo a violência tornou-se corriqueira. A falta da presença dos pais de
alunos no espaço escolar é determinante, afetando assim na melhoria do convívio
dos alunos entre professores.
A violência que vem da
escola tem um valor maior para o jovem, e isso é resultado de relações ruins
entre a escola e os alunos. Não pode se dizer se aumentou ou não a violência
nas escolas, mas sim que é uma realidade que vivemos. Em um futuro próximo essa
violência vivida na escola, será refletida na vida social do aluno. A escola
tem uma violência que vem de fora para dentro, mas também a que ela produz.
4- Violência Na escola
Nos
textos estudados por nós, observamos que a violência das ruas está penetrando
cada vez mais nas escolas. As ameaças de alunos a alunos e de aluno a professor
vêm se tornando mais recorrentes.
Atualmente,
o que tem se observado que a escola vem perdendo o controle das situações de
ameaças físicas e morais que vêm se destacando cada vez mais. Violência moral é
a que mais assusta aos professores de todas as modalidades de ensino desde do
infantil ao superior que podem ser: xingamentos, gestos obscenos, perturbações,
indisciplina. Atitudes que, muitas vezes, copiam de pessoas do ambiente onde
convivem. Segundo Charlot (2002, p.434): “A violência na escola é aquela que se
produz dentro do espaço escolar, sem está ligada à natureza e às atividades da
instituição escolar. ”
Giancaterino(2007,p.97) diz
que:
(...) A indisciplina na sociedade conduz na
maioria das vezes, a delinquência e, mais tarde, ao crime. Uma criança ou um
adolescente que desconhece normas de uma vida regular tem tendências de
tornar-se um jovem problemático. Muitos deles começam já na adolescência, uma
vida desregrada, partem para o crime e é problema para a família e para a
própria sociedade.
A
violência nas escolas tem sido cada vez mais frequente, sejam elas violências
verbais ou físicas. E com isso as escolas vêm perdendo cada vez mais o bom
rendimento. Ou seja, formam alunos com a menor competência, porque não foram
bem capacitados, pois se preocupam mais com a certificação do que com a
capacidade, a competência e os conhecimentos que lhes foram oferecidos, e os
pais acabam colaborando para que isso aconteça. Como isso acontece? Acontece
quando os alunos chegam em casa questionando o comportamento do professor e “os
pais logo vão em cima do professor” para saber o que está havendo. Já em outros
casos existem pais que nem se prontificam a ir à direção ou até mesmo até o
professor para saber o rendimento escolar do aluno.
A
violência na escola, muitas vezes, é um reflexo da violência familiar assim
como aquelas que são vividas na comunidade em que o aluno reside, contribuindo
bastante para a violência e indisciplina na escola. Alguns alunos se espelham
muito nas pessoas sejam eles seus pais, amigos e familiares. Alguns alunos
acabam levando problemas de casa para o âmbito escolar, por isso alguns deles
se tornam rebeldes, agressivos e incontroláveis dentro do ambiente escolar.
Aponto de alguns casos extremos ter que solicitar forças mais especifica, tais
como a direção, os responsáveis e até mesmo o Conselho Tutelar para que esses
alunos sejam controlados. Mas nem sempre adianta, às vezes o aluno piora. Esses
alunos acabam perdendo o respeito pelos profissionais do ambiente escolar.
Porque eles sabem que a escola em si, não pode fazer muita coisa para puni-los,
por este motivo eles se acham no direito de fazer o que querem e na hora que
quiserem sem se preocupar com problemas futuros que possam vir a ocorre cada
vez mais os alunos vão se perdendo.
Através
das entrevistas com alguns professores ouvimos um relato que retrata bem a
dificuldade de relacionar aprendizado a falta de disciplina: “ o aluno mais difícil
de você trabalhar é aquele que não te respeita. Ele não quer aprender e não
adianta insistir. ”
Percebemos
através das observações feitas nos estágios e leituras sobre o assunto, que os
alunos esperam e tem expectativas de que o professor irá disciplinar a turma,
mas quando isso não acontece e o professor não consegue controlar a turma, ele
não é visto como um bom profissional, deixando os alunos insatisfeitos.
Os
pais, em geral, precisam se preocupar mais com a vida escolar de seus filhos,
ver o caderno de casa, ajudar com trabalhos, ou seja, acompanhar seus filhos na
vida escolar. Cobrar mais de seus filhos e disciplina-los melhor para tenham um
bom desenvolvimento escolar. Esta e a fala de muitos professores as quais
conversarmos nos estágios realizados por nós.
A
escola precisa se preparar melhor, pois ela não está preparada para lidar com
esses alunos. No entanto, temos que ressaltar que ela tem tentado fazer o melhor
dentro das condições que muitas vezes, são precárias e em muitas delas, faltam
condições estruturais e mesmo de pessoal para estar atuando junto aos
professores e alunos.
A escola
pode contribuir disponibilizando profissionais adequados como psicólogos e
especialistas que possam acompanhar os professores com bate papos, palestras e
com sugestões de atividades práticas para serem desenvolvidas em sala de aula
ou fora dela.
5- A relação
entre indisciplina e vioência na escola
Primeiramente, serão apresentados os
conceitos de indisciplina e violência afim de conceituar as ideias sobre uma e
outra e suas relações e diferenças.
Segundo o dicionário de Língua
Portuguesa:
Indisciplina: 1. Falta de disciplina. 2.Desordem, anarquia. 3.Desobediência.
Violência: 1. Qualidade ou caráter do que é violento. 2.Abuso da força. 3.Tirania, opressão. 4.Veemência. 5.Ação violenta. 6.Constrangimento físico ou moral. 7.Qualquer força empregada contra a vontade, liberdade ou resistência de pessoa ou coisa; coação.
Indisciplina: 1. Falta de disciplina. 2.Desordem, anarquia. 3.Desobediência.
Violência: 1. Qualidade ou caráter do que é violento. 2.Abuso da força. 3.Tirania, opressão. 4.Veemência. 5.Ação violenta. 6.Constrangimento físico ou moral. 7.Qualquer força empregada contra a vontade, liberdade ou resistência de pessoa ou coisa; coação.
Com a apresentação dos conceitos acima, a indisciplina é, obviamente, a falta de disciplina. Mas o que seria essa ‘’falta de disciplina’’? Qual ou quais seriam suas causas? Há relação entre indisciplina e a violência nas escolas? E a presença dessas duas temáticas, o que causam no dia a dia escolar?
Para Garcia (2001, p. 376),
"devemos conceber a indisciplina como fenômeno de aprendizagem, superando
sua conotação de anomalia, ou de problema comportamental a ser neutralizado
através de mecanismos de controle", destacando a ideia de que a
indisciplina é uma questão relativa somente ao comportamento. Dessa maneira o
aluno indisciplinado não seria apenas aquele cujas as ações rompem com as
regras da instituição, mas também aquele que prejudica o seu próprio
desenvolvimento cognitivo, moral e atitudinal.
A indisciplina está, cada vez mais,
tornando-se presente no âmbito escolar. Tem sido apontada, juntamente com a
violência, a maior causa de conflitos dentro de sala, sendo prejudicial não só para
os alunos que a comete, mas para todos os que convivem nesta realidade. E, na
maioria das vezes, procura-se apenas um culpado para esta causa, e se é
esquecido de ir atrás de uma resolução do problema. O professor que não procura
investigar o porquê desta manifestação de mau comportamento e acaba deixando o
aluno de lado e diz que ele é mais um ‘’caso perdido’’, tem tanta culpa no
processo, quanto os ocasionadores que fazem o aluno se manifestar de maneira
ruim, que pode ter inúmeros motivos.
O aluno indisciplinado torna-se, na
maioria das vezes, violento. E, tal violência pode ser cometida contra o
professor, contra colegas de classe ou até mesmo contra a própria escola, no
ato de depredação.
A indisciplina escolar é um reflexo
evidente da violência de limites e da regência de normas e regras na vida
familiar, ou seja, o indivíduo que vem de um meio familiar e social cujo o
processo de convívio e sociabilidade não atende/obedece regras de boa
convivência; boa conduta; respeito mútuo, igualdade e equidade quando inserido
na vida estudantil (escolar) encontra dificuldade em seguir/obedecer às normas
e condutas do meio escolar assim como no meio social e escolar.
Essa dificuldade, algumas vezes,
reflete-se em violência; seja física ou moral.
Porém, não sendo somente está o foco central da violência escolar, alunos indisciplinados não necessariamente são violentos ou possuem históricos de crises violentas ou de agressividade, apenas requerem mais atenção, cuidado e orientação.
Porém, não sendo somente está o foco central da violência escolar, alunos indisciplinados não necessariamente são violentos ou possuem históricos de crises violentas ou de agressividade, apenas requerem mais atenção, cuidado e orientação.
A violência para Guimarães (1996, p. 73)
"seria caracterizada por qualquer ato [...] que no sentido jurídico,
provocaria, pelo uso da força, um constrangimento físico ou moral". Dessa
maneira muitos comportamentos apresentados pelos alunos durante as aulas -
agressões físicas e verbais, vandalismo, entre outros não seriam indisciplina
escolar, mas violência devendo, portanto, ser abordados com formas diferentes.
Essa violência se manifesta por diversos
motivos, que podem, inclusive, coincidir com os motivos da indisciplina.
Problemas em casa, falta de atenção, presenciar ou sofrer atos de violência
(seja ela física ou moral), programas impróprios na televisão e que retratam
atos violentos; são uns dos agravantes que podem estar por trás da violência
cometida pelo aluno, que acaba repetindo atitudes vistas. Portanto, é de suma
importância pesquisar a fundo quais causas fazem parte do cotidiano desse
aluno.
Não basta simplesmente considerar todo ato incomum à sala de aula como indisciplina, sem antes se considerar as condições que envolvem a criança fora do ambiente escolar. Antes de repreender o aluno é necessário que o professor conheça a verdadeira causa dessa indisciplina. Todo aluno indisciplinado está tentando dizer alguma coisa para o professor, e para que se consiga “ler” essa mensagem é necessário que o professor procure saber mais sobre a família desse aluno, as condições em que ele vive e tudo mais que faz parte do seu dia-a-dia.
Não basta simplesmente considerar todo ato incomum à sala de aula como indisciplina, sem antes se considerar as condições que envolvem a criança fora do ambiente escolar. Antes de repreender o aluno é necessário que o professor conheça a verdadeira causa dessa indisciplina. Todo aluno indisciplinado está tentando dizer alguma coisa para o professor, e para que se consiga “ler” essa mensagem é necessário que o professor procure saber mais sobre a família desse aluno, as condições em que ele vive e tudo mais que faz parte do seu dia-a-dia.
O conceito de indisciplina escolar é
muito mais complexo que aquele compreendido no senso comum apenas
comportamental e por isso precisamos repensar para podermos classificar e
diferenciar sua definição do conceito de violência. Eles estão interligados,
porém nem sempre a violência será só um caso de um aluno indisciplinado ou vice
e versa.
Em nossos estágios nas escolas municipais
de Guapimirim RJ, fizemos algumas entrevistas com professores do primeiro
seguimento do Ensino Fundamental, perguntamos sobre o nosso problema de
pesquisa e obtivemos as seguintes respostas:
Em
sua opinião, existe relação entre a indisciplina e a violência na escola?
Professora Ana Maria
Sim. Se os alunos são indisciplinados,
eles irão fazer o que quiserem sempre até quebrar as regras, podendo ocorrer
conflitos e gerando assim a violência.
Professora Claudia o.
Sim,
na maioria dos casos a violência é feita por alunos indisciplinados.
Professora
Silvana A.
Acho
que nesses casos não, eles são assim por problemas de convivência na escola.
Professora
Maria Lúcia
Sim. Quando aluno vem para
escola, já traz uma educação familiar e na escola vai desenvolver o que ver e o
que já é.
Professora Elizabete
Sim, a indisciplina ao meu
entender está relacionada a falta de postura, educação e ou respeito que
evidentemente gera violência.
Para a pergunta: Em sua opinião, a escola está preparada para lidar com alunos
indisciplinados? Por quê?
Obtivemos as seguintes respostas:
Professora Ana Maria
Não. Falta atendimento psicológico e
fonoaudiólogo.
Professora Andreia
Não. Porque a sociedade está mudando
muito rápido.
Professora Maria Lúcia
A escola não está preparada para lidar
com esses alunos. Mas tenho que ressaltar que ela tem tentado fazer o melhor
que pode para ajuda-los.
Professora Cláudia O.
Não,
a escola não tem nenhum preparo para lidar com esses alunos.
Professora
Silvana A.
Não,
pois esses alunos não respeitam e não tem ninguém com pulso firme o suficiente
para controlá-los.
Professora Elizabete
Não. A escola tem procurado fazer o possível, para
esta preparado mais ainda falta muito
ConsideraçÕES
finais
Propomo-nos a construir esse trabalho a
partir de inquietações sobre o problema
apresentado ao longo dessa pesquisa, que partiram das análises, estudos,
relatos e observações nos estágios feito pela turma 3001 do Curso Normal, onde
percebeu-se uma enorme dificuldade da realização do trabalho docente em relação
aos alunos indisciplinados, e por vezes, violentos.
Para
realizar a pesquisa focamos em três formas possíveis para compreender a
violência as quais foram: violência contra escola, violência da escola,
violência na escola e sua relação com a indisciplina, onde baseamos os nossos
estudos. Através das análises destas
formas de violências, foi constatado que, realmente, a indisciplina tem ligação
direta com a falta de limites e regras dadas pelos pais em casa. Os atos
indisciplinares dentro dos lares resultam diretamente em problemas na sala de
aula e na escola.
Ao estudarmos as três faces da violência
escolar concluímos que a indisciplina e violência se relacionam diretamente e muitas
vezes, a indisciplina resulta em vários tipos de violência. É claro que nem
sempre um ato de indisciplina pode gerar uma violência, mas o que podemos dizer
que a violência sempre começa com um ato de violação de direitos e
consequentemente de regras de convivência social.
Porém, não podemos deixar de dizer que a
indisciplina não é apenas ações que rompem com as regras da instituição, mas
também que prejudica o desenvolvimento cognitivo, moral e atitudinal do aluno.
Contudo, os professores devem distinguir um conceito do outro, para assim saber
atuar de maneira diferenciada e adequada perante situações de indisciplina
escolar, as quais podem ser reflexo, inclusive, da própria maneira da escola em
lidar com os alunos.
Já a violência tem outro enfoque e
envolve outros fatores, inclusive sociais e externos à escola, que devem ser
solucionados com apoio de assistentes sociais, psicólogos, entrando algumas
vezes na esfera judicial. Questiona-se, então, como auxiliar um aluno indisciplinar
e violento.
Além disso, o apoio da Instituição é
essencial para ajudar o professor a lidar com as situações de indisciplina e
violência que ocorrem no ambiente escolar. As escolas devem disponibilizar ou encaminhar
os casos mais graves para psicólogos, psiquiatras, coordenadores pedagógicos
preparados para ajudar não só o professor, mas também o aluno e seus familiares
(caso precise).
Concordamos que o aluno indisciplinado e
violento precisa de um pouco mais de atenção e afeto. Portanto, os educadores
de maneira geral, devem promover situações onde o aluno se sinta cada vez mais
acolhido e a vontade dentro da sala de aula e da escola.
A realização deste trabalho nos
proporcionou experiências de aprendizado que nos ajudará na nossa vida profissional.
Com certeza, contribuirá para ampliarmos a nossa prática escolar futura.
7-BIBLIOGRAFIA
Brasilescola.uol.com.br/educação/escolaxviolencia.
Escrito por: Jussara de Barros 1994,p. 21. Acesso em: 23/10/2016.
CHARLOT,
B. A violência na escola: como os sociólogos franceses abordam esta questão.
Sociologias
GARCIA, J.
Indisciplina na escola. Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, n. 95,
p. 101-108, jan./abr. 1999.
GIANCATERINO, Roberto. Escola,
professor, aluno: Os participantes do processo educacional. São
Paulo: madros, 2007.
GUIMARÃES, A.
M. Indisciplina e violência: a ambigüidade dos conflitos na escola. In: AQUINO,
J. G. (Org.). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. 11. ed.
São Paulo: Summus, 1996. p. 73-82.
PRIOTTO, Elis
Palma – UNIOESTE elispalmapriotto@hotmail.com BONETI, Lindomar Wessler- PUCPR
boneti.lindomar@pucpr.br Área Temática: Violência e convivência nas escolas:
Gestão e políticas públicas para a educação.
Rede
Brasil Atual. Título da Matéria - Alunos são principais agressores e também
maiores vítimas da violência nas escolas. Escrito por: Raimundo de Oliveira.
Acesso em: 23/10/2016. Site –
UOL
Educação. Título da Matéria - Escola deve ser espaço de proteção e não de
violência. Escrito por: Marcelle Souza. Acesso em: 23/10/2016.
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