sábado, 24 de fevereiro de 2018

O compromisso social e ético do professor na sociedade atual II - Modalidade Normal Médio


Objetivo:
Analisar criticamente o papel e a formação do professor, seu comprometimento e a responsabilidade na sociedade atual.

O papel e a formação do professor na atualidade

Escolha o seu perfil

O conjunto de ações do professor espelha atitude profissional que ele assume no cotidiano escolar. Pode adotar uma postura desperançada e conformada com as dificuldades que a vida e a docência trazem. Ou manifestar uma infelicidade infinita, demonstrada não somente pelo olhar vazio e pelo jeito amargo de sorrir, mas principalmente, no modo pouco desafiador de lidar com as crianças. Ou, ainda, uma atitude positiva e confiante. Assim conforme a trajetória de vida e o tipo de relação profissional que o professor estabeleceu, ele pode apresentar vária faces: a de conformidade, a do medo e da realização. Uma pesquisa feita pela revista NOVA ESCOLA. Da Editora Abril, com um grande número de educadores, confirma essas ideias. Ali estão identificados três tipos de perfil. Tente reconhece-los.

O conformado: “E não tem jeito, é assim mesmo”.
Nesse caso estão os professores que acreditam que já perderam a hora e a vez. Sente-se velhos para novidades, cansados do rumor da juventude. São bem-intencionados, mas não conseguem agir por conta própria. Em algum momento eles ficaram se voz, emudeceram. Na sala de aula, convivem com a tristeza de perceber que podiam fazer diferente.
Esses professores sabem que seus alunos tem uma série de necessidades e, principalmente, que precisam de novos desafios. Mas forma pegos pelo desanimo, uma forma aguda de esperança. No entanto, dedicam-se com afinco ao “pão nosso de cada dia”, porque ainda existe um grilo falante que lhe diz que educar é uma responsabilidade importante.

Não adianta repetir!
Uma professora bem-intencionada queria fazer um bom trabalho. Ela explicou para os alunos a lição uma vez e eles não entenderam nada. Repetiu a explicação e eles continuaram sem entender. Expôs pela terceira vez e novamente nenhum sucesso. Quando ia partir para quarta explicação, idêntica às anteriores, um aluno levantou a mão e disse: - Professora dissemos que não tínhamos entendido, não que éramos surdos!

O apavorado: “Aluno é aluno; professor é professor!”
Esse tipo de docente é ainda pior: acha que sabe tudo e, por isso mesmo, morre de medo do que não conhece. Se pudesse, mandaria parar o mundo para descer. Para ao apavorado o novo significa um desastre: vai substituir o seguro para o que pode ser uma péssima surpresa. Confia na mesmice já conhecida e tem em alta conta, porque prefere não correr riscos.
Pessoas assim geralmente são medrosas, tristes, amarguradas, não acreditam em si mesmas e sim no que já sabem. O único lugar que se sentem fortes é na sala de aula, porque ali não há surpresas.
Capacitação em serviço? Nem pensar! Além de não servir pra nada, quem com a devida prática, vai mudar à sua maneira de conceber os alunos e, principalmente sua maneira de ensinar? Essas pessoas estão convencidas de que, como professores, seu papel é o de repassar conteúdos, dar matéria prevista e ponto final: “Eu ensinei. Agora, se aprenderam é problemas deles...”
A pesquisa demonstrou que essa atitude e inflexível combina com cumprimento de horários, obediências às ordens, respeito à burocracia, e a hierarquia. Mas em compensação, não rima com educação. Esses professores não toleram indisciplina e costuma reprovar os alunos que não alcançam seus critérios de bom desempenho. Eles gostam de estudantes passivos, calados opacos, que dependem dos outros para pensar e agir e até para sentir. A submissão os fortalece. É só assim, em uma relação de subordinação, de cima pra baixo, que consegue ver o outro. Por isso, nem pensam na possibilidade de trocas, envolvimento pessoal.
Docentes desse tipo são pessoas solitárias. E essa causa de tanta inflexibilidade, intolerância, pessimismo: frequentemente, temidos. Certamente os alunos gostariam de dar um sumiço neles!

O envolvido: “Vamos para frente que atrás vem gente!”Esse professor olha para os alunos e enxerga um universo de possibilidades. Percebe a diferença entre cada um e valoriza essa diversidade. Gosta de ensinar e do contato pessoal, de trabalhar em equipe, de aprender com a vida e com as pessoas. Sabe que é especial e que parte de seu enquanto vem da flexibilidade para lhe dar com o mundo, de não ser um morto-vivo, petrificado e irredutível por não rever posições.
Todo mundo uma hora ou outra acaba errando e ser flexível é só isso: aprender com os erros e evitar cometê-los de novo. Essas pessoas encaram a existência como uma sequência de infinita de realizações. Têm poucas convicções arraigadas. Na verdade, só mantêm viva a ideia de agir, transformar esse mundo. Querem que todos acreditem que a educação é uma condição necessária, embora não suficiente, para descortinar panoramas mais otimistas.
No cotidiano você provavelmente convive com pessoas que se encaixam com alguns desses perfis. Você, melhor do que ninguém, sabe que o educador pode deixar maras profundas e duradoura nos seus alunos, ou passar despercebido.
Agora que você já viu que há professores conformados, rígidos, apavorados ou envolvidos, qual você quer ser? Quais as características que os alunos consideram como a sua marca registrada? Você diria que eles o veem como conservador, amedrontador ou como alguém comprometido com a aprendizagem e a transformação?

Transcrito de:  
Programa de Aprendizagem para Professores dos Anos Iniciais da Educação Básica. Ofício de Professor – Aprender Mais para Ensinar Melhor da Fundação Victor Civita
       
Questões para reflexão:

De acordo com que foi estudado até aqui, como deve ser o professor na atualidade?

Que tipo de professor pretendo ser?

Veja os perfis de professores do texto: “Escolha o seu perfil”, dentre os perfis encontrados escreva qual encaixa com o professor (a) que você quer se tornar e escreva justificando porque não escolheu os demais perfis.


Lembre-se da sua trajetória escolar. Quais as marcas deixadas por seus melhores e piores professores?

Professores
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