Objetivo:
Analisar
criticamente o papel e a formação do professor, seu comprometimento e a
responsabilidade na sociedade atual.
O papel e a formação do
professor na atualidade
Escolha o seu perfil
O conjunto de ações do
professor espelha atitude profissional que ele assume no cotidiano escolar.
Pode adotar uma postura desperançada e conformada com as dificuldades que a
vida e a docência trazem. Ou manifestar uma infelicidade infinita, demonstrada
não somente pelo olhar vazio e pelo jeito amargo de sorrir, mas principalmente,
no modo pouco desafiador de lidar com as crianças. Ou, ainda, uma atitude
positiva e confiante. Assim conforme a trajetória de vida e o tipo de relação profissional
que o professor estabeleceu, ele pode apresentar vária faces: a de
conformidade, a do medo e da realização. Uma pesquisa feita pela revista NOVA
ESCOLA. Da Editora Abril, com um grande número de educadores, confirma essas
ideias. Ali estão identificados três tipos de perfil. Tente reconhece-los.
O conformado: “E não tem jeito, é assim mesmo”.
Nesse caso estão os
professores que acreditam que já perderam a hora e a vez. Sente-se velhos para
novidades, cansados do rumor da juventude. São bem-intencionados, mas não
conseguem agir por conta própria. Em algum momento eles ficaram se voz,
emudeceram. Na sala de aula, convivem com a tristeza de perceber que podiam
fazer diferente.
Esses professores sabem que
seus alunos tem uma série de necessidades e, principalmente, que precisam de
novos desafios. Mas forma pegos pelo desanimo, uma forma aguda de esperança. No
entanto, dedicam-se com afinco ao “pão nosso de cada dia”, porque ainda existe
um grilo falante que lhe diz que educar é uma responsabilidade importante.
Não adianta repetir!
Uma professora bem-intencionada
queria fazer um bom trabalho. Ela explicou para os alunos a lição uma vez e
eles não entenderam nada. Repetiu a explicação e eles continuaram sem entender.
Expôs pela terceira vez e novamente nenhum sucesso. Quando ia partir para
quarta explicação, idêntica às anteriores, um aluno levantou a mão e disse: -
Professora dissemos que não tínhamos entendido, não que éramos surdos!
O
apavorado: “Aluno é aluno; professor é professor!”
Esse tipo de docente é ainda
pior: acha que sabe tudo e, por isso mesmo, morre de medo do que não conhece.
Se pudesse, mandaria parar o mundo para descer. Para ao apavorado o novo
significa um desastre: vai substituir o seguro para o que pode ser uma péssima
surpresa. Confia na mesmice já conhecida e tem em alta conta, porque prefere
não correr riscos.
Pessoas assim geralmente são
medrosas, tristes, amarguradas, não acreditam em si mesmas e sim no que já
sabem. O único lugar que se sentem fortes é na sala de aula, porque ali não há
surpresas.
Capacitação em serviço? Nem
pensar! Além de não servir pra nada, quem com a devida prática, vai mudar à sua
maneira de conceber os alunos e, principalmente sua maneira de ensinar? Essas
pessoas estão convencidas de que, como professores, seu papel é o de repassar
conteúdos, dar matéria prevista e ponto final: “Eu ensinei. Agora, se
aprenderam é problemas deles...”
A pesquisa demonstrou que essa
atitude e inflexível combina com cumprimento de horários, obediências às
ordens, respeito à burocracia, e a hierarquia. Mas em compensação, não rima com
educação. Esses professores não toleram indisciplina e costuma reprovar os
alunos que não alcançam seus critérios de bom desempenho. Eles gostam de
estudantes passivos, calados opacos, que dependem dos outros para pensar e agir
e até para sentir. A submissão os fortalece. É só assim, em uma relação de
subordinação, de cima pra baixo, que consegue ver o outro. Por isso, nem pensam
na possibilidade de trocas, envolvimento pessoal.
Docentes desse tipo são
pessoas solitárias. E essa causa de tanta inflexibilidade, intolerância,
pessimismo: frequentemente, temidos. Certamente os alunos gostariam de dar um
sumiço neles!
O
envolvido: “Vamos para frente que atrás vem gente!”Esse professor
olha para os alunos e enxerga um universo de possibilidades. Percebe a
diferença entre cada um e valoriza essa diversidade. Gosta de ensinar e do
contato pessoal, de trabalhar em equipe, de aprender com a vida e com as
pessoas. Sabe que é especial e que parte de seu enquanto vem da flexibilidade para
lhe dar com o mundo, de não ser um morto-vivo, petrificado e irredutível por
não rever posições.
Todo mundo uma hora ou outra
acaba errando e ser flexível é só isso: aprender com os erros e evitar cometê-los
de novo. Essas pessoas encaram a existência como uma sequência de infinita de realizações.
Têm poucas convicções arraigadas. Na verdade, só mantêm viva a ideia de agir,
transformar esse mundo. Querem que todos acreditem que a educação é uma
condição necessária, embora não suficiente, para descortinar panoramas mais
otimistas.
No cotidiano você provavelmente
convive com pessoas que se encaixam com alguns desses perfis. Você, melhor do
que ninguém, sabe que o educador pode deixar maras profundas e duradoura nos
seus alunos, ou passar despercebido.
Agora que você já viu que há
professores conformados, rígidos, apavorados ou envolvidos, qual você quer ser?
Quais as características que os alunos consideram como a sua marca registrada?
Você diria que eles o veem como conservador, amedrontador ou como alguém comprometido
com a aprendizagem e a transformação?
Transcrito de:
Programa de Aprendizagem para Professores
dos Anos Iniciais da Educação Básica. Ofício de Professor – Aprender Mais para Ensinar
Melhor da Fundação Victor Civita
Questões para reflexão:
De acordo com que foi estudado
até aqui, como deve ser o professor na atualidade?
Que tipo de professor pretendo
ser?
Veja os perfis de professores
do texto: “Escolha o seu perfil”, dentre os perfis encontrados escreva qual
encaixa com o professor (a) que você quer se tornar e escreva justificando
porque não escolheu os demais perfis.
Lembre-se da sua trajetória
escolar. Quais as marcas deixadas por seus melhores e piores professores?
Professores
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Marcas
e lembranças
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