domingo, 1 de maio de 2016

Brincadeiras e jogos tradicionais

Batatinha frita 1,2,3
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre recreio ou rua.
Como se joga: um dos participantes é escolhido para ficar à frente do jogo. Os demais devem ficar a uma distância.
Dado o sinal de início, o participante que está na frente vira de costas e diz e diz: “batatinha frita 1,2,3”; quando se virar, todo os outros devem parar.
Outros participantes, por sua vez, têm que correr neste meio tempo e tentar alcançar quem está na frente.
Quem conseguir alcançá-lo tomará o seu lugar e a brincadeira recomeça. Se ninguém conseguir, aquele está na frente permanece lá até que isto aconteça.

Cabra-cega
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre.
Como se joga: dispõem-se as crianças em círculo, dentro do qual permanecerá um jogador de olhos vendados, a “cabra-cega”. Dado o sinal de início as crianças da roda perguntam:
Cabra-cega de onde vieste?
Do moinho de vento.
Que trouxeste?
Fubá e melado.
Dá-nos um pouquinho?
Não.
Então afaste-te. 
As crianças largam as mãos e, espalhadas pelo campo, deverão fugir da cabra cega desafiando-a, sem tocá-la. Esta, ouvindo os desafios, tentará pegá-los. Quando conseguir tocar em um dos participantes, tirar-se a venda e ela escolherá uma substituta. O jogo termina com a substituição da cabra-cega.
Existe várias variações da música, embora as regras são as mesmas:
Cabra-cega de onde vens?
Do moinho.
Que trazes?
Pão e vinho.
Me dá um pouquinho?
Não.
Gulosa, gulosa.
Origem: Segundo Rodrigo Caro, este era o jogo popular entre as crianças da Roma Imperial. Encontrado também em documentos da Idade Média e do Renascimento. Veio para o Brasil com os portugueses e espanhóis.   

Coelhinho sai da toca
Número de participantes: indeterminado
Local: recreio
Como se joga: Os participantes formam um grande círculo, divido em trios; dois ficam de mãos dadas (formando a toca) e o terceiro fica no meio, representando o coelhinho. No centro do círculo ficam duas ou mais crianças que serão os coelhinhos sem toca. A um sinal combinado, todos os coelhos mudam de toca, e as crianças que estão no centro da roda tentam ocupar um dos lugares vagos. Os que ficarem sem toca irão para o centro, dando continuidade ao jogo.
Galinha choca
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre.
Material necessário: Bola ou lenço.
Como se joga: Cada criança deve fazer um círculo – “choco”- e ficar dentro dele. Uma das crianças, utilizando a fórmula abaixo, determina quem será galinha choca:
Uni duni trê
Salamê minguê
O soverte colorê
Foi escolhido por você

A galinha choca corre com uma bola em volta dos “chocos” e, disfarçadamente, ela deixará cair a bola atrás de um companheiro.
Este deve pegar a bola e correr atrás da galinha choca; se conseguir tocá-las antes que entre no seu círculo ou “choco”, não será a próxima galinha choca.
Caso contrário, passará a fazer o papel de galinha choca.  

Garrafão    
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre recreio ou rua.
Material: Giz
Como se joga: Desenhar um garrafão bem grande no chão. O “garrafeiro” fica dentro da garrafa e as demais crianças ficam fora, andando na linha traçada em forma de garrafa. Quem passar pelo gargalo do garrafão deverá ser puxado para dentro pelo “garrafeiro”.

Morto-vivo
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre recreio ou rua.

Como se joga: uma criança fica encarregada ser a pessoa que vai dizer as palavras morto e vivo. As outras crianças devem ficar perfiladas em pé quando o animador dizer a palavra morto as crianças se abaixam, quando animador dizer a palavra vivo as crianças se levantam, a criança que levantar quando o animador dizer morto e vice- versa sai da brincadeira, deste modo o animador vai intercalando até alguém errar e sair. Aquele que sobrar ganha a brincadeira.

Dança das cadeiras
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: sala de aula ou sal de estar.

Como se joga: colocam-se lada a lado tantas cadeiras forem os participantes, menos uma, formando duas colunas de cadeiras, umas de costas para as outra. Os participantes ficam enfileirados em volta das cadeiras. Quem tiver organizando coloca uma música, canta ou bate palmas e todos andam ao redor das cadeiras e bem perto delas. De repente, o animador para a música ( ou as palmas) e cada jogador deve se sentar na cadeira mais próxima. Aquele que ficar em pé será eliminado. Tirar-se uma cadeira em cada roda, e o jogo recomeça com um número menor de cadeiras. Vence o jogador que conseguir sentar a última rodada, quando restar apenas uma cadeira.     

Estátua 
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: recreio

Os jogadores ficam um ao lado do outro sobre uma linha traçada no chão. A uma distância de dez a doze metros ficam um participante de costas para o grupo. Dado o sinal de início, a criança que está de costas para o grupo conta rapidamente até um número inferior a dez, enquanto as outras avançam, adanado ou correndo, procurando alcançá-la. De repente, esta interrompe a contagem e volta-se de frente para os companheiros, que devem parar imediatamente. Se a criança destacada, ao voltar-se para o grupo, vir alguém em movimento, fará este jogador retroceder à linha de partida para recomeçar. Os demais permanecem no lugar onde pararam. A criança destacada volta-se novamente de costas para o grupo e recomeça a contagem, procedendo mesmo da mesma forma até algum jogador alcançá-la. Quem primeiro tocar a criança que estiver contando, irá substituí-la.     

Fonte:
FRIEDMANN, Adriana. A arte de brincar: Brincadeiras e jogos tradicionais- Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

Poderá gostar também de Oficinas de jogos e brincadeiras para sala de aula:
http://escoladossonhosclaudia.blogspot.com.br/search/label/Oficina%20de%20jogos%20e%20brincadeiras%20para%20a%20sala%20de%20aula

quarta-feira, 13 de abril de 2016

As Tendências Pedagógicas no Brasil

A prática de todo professor, mesmo de forma inconsciente, sempre pressupõe uma concepção de ensino e aprendizagem que determina sua compreensão dos papeis de professor e aluno, da metodologia da função social da escola e dos conteúdos a serem trabalhados na discussão destas questões é importante analisar os pressupostos pedagógicos que estão por trás das atividades  de ensino na busca de coerência do que se pensa está fazendo e o que realmente se faz. Tais práticas se constituem a partir de concepções educativas e metodologias de ensino que permearam a formação educacional e percurso profissional do professor, aí incluídas suas próprias experiências escolares, suas experiências de vida, ideologia compartilhada com seu grupo social e as tendências pedagógicas que lhe são contemporâneas. As tendências pedagógicas que se firmam nas escolas brasileiras públicas e privadas na maioria dos casos não aparecem de forma pura, mas com características particulares, muitas vezes mesclando aspectos de mais de uma linha pedagógica. A análise das tendências pedagógicas no Brasil evidente a influência dos grandes movimentos educacionais intencionais da mesma forma que se expressa às especificidades de nossa história política social e cultural. Pode se identificar na tradição pedagógica brasileira a presença de quatro tendências: a tradicional, a renovada (Escola Nova), a tecnicista e aquelas marcadas centralmente pelas preocupações sociais  e políticas.


A Pedagogia Tradicional

A pedagogia tradicional é uma proposta de educação centrada no professor, cuja função se define como a de vigiar e aconselhar os alunos, corrigir e ensinar a matéria. A metodologia de tal concepção se baseia na exposição oral dos conteúdos numa sequência determinada e fixa independente do contexto escolar enfatiza-se a necessidade de exercícios repetidos para garantir a memorização dos conteúdos. A função primordial da escola nesse modelo é transmitir conhecimentos disciplinares para a formação geral do aluno, formação que o levará a se inserir-se futuramente na sociedade e optar por uma profissão valorizada. Os conteúdos são conhecimentos acumulados pela humanidade passados como verdades absolutas, e embora, a escola vise a preparação para a vida não busca fazer relação com os conteúdos que e os interesses dos alunos e os problemas sociais. O professor é visto como autoridade máxima, um organizador dos conteúdos e as estratégias de ensino e. portanto, o guia exclusivo do processo educativo.  

A pedagogia renovada é uma concepção que inclui várias correntes que de uma forma ou de outra estão ligadas ao movimento da Nova Escola. Tais divergências assume o mesmo princípio norteador de valorização do indivíduo como ser livre, ativo e social. O centro da atividade escolar não é o professor e nem os conteúdos disciplinares, mas sim o aluno, como ser ativo e curioso. Em oposição à Escola Tradicional a Escola Nova se destaca o princípio da aprendizagem por descoberta e estabelece que a atitude de aprendizagem parte do interesse do aluno e que, por sua vez, aprendem fundamentalmente pela experiência, pelo que descobre por si mesmo. O professor é visto como um facilitador no processo de busca do conhecimento que deve partir do aluno. Cabe ao professor organizar e coordenar as situações de aprendizagem. A ideia do ensino guiado pelo interesse dos alunos, em muitos casos, por desconsiderar a necessidade de um trabalho planejado, perde-se de vista o que deve ser ensinado e aprendido. Essa tendência que teve grande influência no Brasil na década de 30, no âmbito pré-escolar (jardim de infância) até hoje influencia muitas práticas pedagógicas.

A Pedagogia Tecnicista 

Nos anos de 1970 proliferou o que se chamou de “tecnicismo educacional”, inspirado nas teorias behavioristas (estimulo-resposta) da aprendizagem e da abordagem sistêmica do ensino que definiu uma prática pedagógica altamente controlada e dirigida pelo professor. Com atividades mecânicas inseridas em proposta educacional rígida e passível de ser programada em detalhes. A supervalorização da tecnologia programada trouxe consequências a escola e revestiu-se de grande autossuficiência reconhecida por ela e de toda a comunidade atingida. Criando a falsa ideia de que aprender não é algo natural do ser humano, mas que depende exclusivamente de especialistas e de técnicas. O que é valorizado nesta perspectiva não é o professor, mas a tecnologia. O professor passar ser apenas um mero especialista na aplicação de manuais e sua atividade fica restrita aos limites possíveis e estreitos das técnicas utilizadas. A função do aluno é reduzida ao indivíduo que reage aos estímulos de forma a corresponder a respostas esperadas pela escola para ter êxito e avançar. Seus interesses e processos particular não são considerados e atenção que ele recebe é pra ajustar seu ritmo ao programa que o professor deve implementar. Essa orientação foi dada pelas escolas pelos organismos oficiais durante os anos 60, até hoje está presente em muitos materiais didáticos com caráter estritamente instrumental. 

A Pedagogia Libertadora

No final dos 70 e início dos anos 80, a abertura política decorrente do final do regime militar coincidiu com uma imensa mobilização dos educadores na busca por uma educação crítica a serviço das transformações sociais, econômicas e políticas, tendo em vista a superação das desigualdades existentes no interior da sociedade. Ao lado das teorias críticos reprodutivistas, firma-se no meio educacional a presença da “pedagogia libertadora” e a pedagogia critico-social dos conteúdos. A pedagogia libertadora tem suas origens nos movimentos de educação popular que ocorreram no final dos anos 50 e início dos anos 60, quando foram interrompidos pelo golpe militar de 1964 e teve seu desenvolvimento retomado no final dos anos 70. Nessa proposta a atividade escolar pauta-se em discussões de temas sociais e políticos em ações sobre a realidade social imediata, analisam-se seus problemas e fatores determinantes e organizam-se em forma de atuação para que se possa transformar a realidade social e política. O professor é um coordenador de atividades que organiza e atua conjuntamente com os alunos.

A Pedagogia Critica Social dos Conteúdos

A pedagogia “critico-social dos conteúdos”, que surgem no final dos anos 70 e início dos anos 80, coloca-se como uma reação de alguns educadores que não aceita a pouca relevância que a “pedagogia libertadora” dá ao aprendizado do “saber sistematizado” historicamente acumulado, que constitui parte do acervo cultural da humanidade. A “pedagogia crítico social dos conteúdos” assegura a função social e política da escola mediante trabalhos com os conhecimentos sistematizados a fim de colocar as classes populares em condições de uma afetividade as classes em condições de uma efetiva participações nas lutas sociais. Entende-se que não basta ter apena como conteúdos escolares as questões sociais atuais, mas que é necessário que se tenha domínio de conhecimentos e habilidades e capacidades mais amplas para que os alunos possam interpretar suas experiências de vida e defender seus interesses de classe.

É importante salientar que não se pode deixar de se preocupar com domínio de conhecimentos formais para participação crítica na sociedade, considera-se também que é necessária uma adequação pedagógica as características de um aluno que pensa e de um professor que sabe a importância dos conteúdos e seu valor social formativo. 

Poderá gostar também:
Resumo das tendências Pedagógicas

Referências

quarta-feira, 2 de março de 2016

Plano de aula 4º ano do Ensino Fundamental Poluição Ambiental: rios

                                                                                                                     Por Thaíta Caldeira 

Disciplina: Ciências Naturais e Língua Portuguesa   

Tema da aula: Poluição Ambiental  

Objetivos:
- Identificar as ações que prejudicam o meio ambiente.
-Participar de atividades sobre a importância da preservação da água
-  Escrever palavras relacionadas ao tema da aula.
- Produzir um texto sobre o tema “Lixo no lixo”.
Conteúdos:
- Meio ambiente
- Produção de texto
Recursos:
-  Cartaz
- Folha A4
- Recipientes transparentes
- Copo
- Corante
- Água
- Folha xerocada
Desenvolvimento:
1º Momento: Colar no quadro um cartaz onde os alunos irão decorar o desenho de um rio, um rio será decorado com peixes, algas, pedras e etc, outro com lixo. Através de um diálogo da professora com os alunos, eles  perceberão  a diferença de um rio poluído e um não poluído, e de como a poluição afeta a vida animal e humana. Refletir junto com eles qual a importância do descarte adequado do lixo. Duração da atividade: 20 minutos.
2º Momento: Fazer a seguinte experiência com os alunos:
1. Despeje um copo cheio de água no recipiente grande.
2. "Poluir" esta água, adicionando um pouco de corante alimentício.
3. Adicione água limpa, um copo de cada vez, até que a água pareça clara.
4. Discuta com os alunos quais são os resultados desta experiência. Ajude-o a fazer as ligações entre esta experiência e o mundo real.
Serão feitas as seguintes perguntas oralmente:
- Se alguém beber essa água, também beberá a tinta?
- O que aconteceria se essa tinta fosse venenosa ou perigosa?
- Beber água poluída faz mal?
Duração da atividade: 20 minutos
3º Momento:  O (A) professoro (a) ditará as palavras abaixo: duração da atividade: 20 minutos.
      Poluição, Água, Desmatamento ,Planta, Lixo, Terra, Planeta,  Árvore,   Floresta, Vida
4º Momento: Distribuir folhas para os alunos produzirem um texto baseado na aula com tema “Lixo no lixo”. Duração da atividade: 30 minutos
Avaliação: Será avaliado durante a aula o interesse, a participação e o desempenho nas atividades propostas através de observação do professor(a).

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Pesquisa científica no Ensino Médio formação de professores da preparação à apresentação

Escolhendo o tema...

Primeiro passo: propomos aos alunos da formação de professores do 3º ano da Escola Estadual Alcindo Guanabara de G./RJ que fizessem uma reflexão do estágio nas escolas do ano anterior e que anotassem as dificuldades encontradas e situações que chamaram a atenção durante o período que estiveram ali como observadores daquela realidade.

Segundo passo: recolhemos o material produzido pelos alunos e fizemos uma primeira análise. E uma segunda análise foi feita desta vez junto com os alunos. Separamos os relatos semelhantes e analisamos quais destes relatos poderiam gerar um tema de pesquisa. Assim chegamos ao consenso e definimos um tema e o problema.

Terceiro passo: com o tema escolhido, através de uma pesquisa exploratória, buscamos materiais escritos que nos dessem subsídios a nossa pesquisa. Buscamos materiais a partir de pesquisa bibliográfica em livros, sites, revistas afim de coletar dados que ampliasse nossa visão sobre o tema. 

Quarto passo: de posse de alguns dados começamos a delinear o projeto de pesquisa. Como o projeto é de toda a turma dividimos as tarefas entre os grupos formados previamente. Assim cada grupo ficou responsável por desenvolver sua parte no projeto. Através de um sorteio dividimos as etapas do projeto entre os grupos: introdução, objetivos, justificativa, revisão teórica (que já estava pronta na pesquisa exploratória), metodologia e cronograma e montamos o projeto.

Quinto passo: De posse do projeto de pesquisa demos início a investigação, separamos o tema por assunto a ser estudado. Começamos a coletar as informações na revisão bibliográfica e no campo de pesquisa que no nosso caso foram as escolas de nossa comunidade. Fizemos observações sistemáticas e entrevistas para coletar informações sobre tema.

Sexto passo: analisamos as informações coletadas e começamos a escrever a nossa pesquisa. Dividimos novamente o trabalho, desta vez cada grupo ficou com um capítulo da pesquisa. Na introdução relatamos como chegamos ao tema e ao problema, escrevemos também a justificativa da pesquisa e o método utilizado para coletar as informações, os objetivos gerais e os específicos. Informamos também uma prévia de cada capítulo resumidamente. Nos outros capítulos relatamos os conteúdos pesquisados por assunto. Na conclusão buscamos informar se as nossas hipóteses se concretizaram e se conseguimos responder ao problema de pesquisa.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Pesquisa Científica: Inclusão



GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL ALCINDO GUANABARA
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

TEMA DA PESQUISA 

 O ALUNO DE INCLUSÃO E O DESPREPARO DA ESCOLA NA TAREFA DE ENSINAR

 Professora responsável: Cláudia de Queiroz Corrêa

            Realização da pesquisa: turma 3003 Curso de Formação de Professores


RJ, NOVEMBRO DE 2015

SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.......................................................................3

2- As leis que amparam o aluno de inclusão.............................5

3- Público alvo da inclusão e suas especificidades....................7

4- Diversidade e escola ............................................................10

5- O despreparo da escola para ensinar o aluno de inclusão...13

6- CONCLUSÃO........................................................................19

7- BIBLIOGRAFIA......................................................................21


1-INTRODUÇÃO              
Nesta Pesquisa abordaremos o tema "O aluno de inclusão e o despreparo da escola em sua tarefa de ensinar." O foco da pesquisa foi a busca por respostas sobre o grande desafio da escola em ensinar as crianças com deficiência na rede pública de ensino. 
A educação inclusiva é um direito que deve ser respeitado por todos os sistemas educacionais, e isto significa que todos sem distinção têm o direito de estudar numa escola que seja realmente inclusiva. Incluir não se restringe apenas em matricular o aluno com necessidades especiais no ensino regular, mas sim dá oportunidades iguais para todos aprenderem. O problema de pesquisa originou-se das observações feitas no campo de estágio, onde observarmos uma grande dificuldade dos professores em ensinar os alunos de inclusão e nos fez refletir sobre o despreparo da escola pública para ensinar o aluno da educação especial. 

Diante disso, observamos que os professores se encontram despreparados e desmotivados para desempenhar sua função de ensinar. Esta pesquisa tem por objetivos gerais: analisar os problemas estruturais e pedagógicos da escola em relação ao aluno de inclusão. Avaliar as condições de ensino/aprendizado dos alunos da Educação Especial.Os objetivos específicos são: Identificar os problemas apresentados pela escola em relação ao ensino dos alunos de inclusão. Levantar questões sobre O despreparo da escola apresentando possíveis soluções.
A pesquisa do tema: “O aluno de inclusão e o despreparo da escola em sua tarefa e ensinar” se justifica por se tratar de uma realidade muito presente, hoje, o despreparo das escolas em receber os alunos de inclusão.  A maioria das escolas não possuem recursos suficientes nem matérias didáticos/ pedagógicos para aprendizagem desses alunos inclusos, além de professores sem preparo algum para lidar com eles.

A pesquisa nos ajudou a buscar respostas para esse problema a fim de confirmar nossas hipóteses. A pesquisa desse tema nos proporcionou respostas mais amplas para que possamos refletir sobre o tema a luz da legislação que ampara o direito do aluno com necessidades educacionais especiais que está no segundo capítulo. No terceiro capítulo aborda o público-alvo da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e suas especificidades. No quarto capítulo descreve-se a diversidade na escola e a importância da integração de todos alunos neste espaço. No quinto capítulo é um estudo feito nas escolas M.G e fala sobre o despreparo da escola na tarefa de ensinar o aluno de inclusão. Até que ponto a escola está cumprindo seu papel.


2- As leis que amparam o aluno de inclusão

Nesse trabalho iremos conhecer as leis que amparam o aluno de inclusão que estão previstas nas Leis de Diretrizes e Bases (LDB) 9394/96, Constituição Federal e Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Onde as mesmas asseguram aos alunos, direitos e como a escola deverá agir quando recebe um aluno nessas condições.


A inclusão é um direito garantido por lei, muitas escolas dizem ser inclusivas, porém é nítido o despreparo das mesmas. Abaixo seguem algumas das leis que amparam o aluno de inclusão, tendo assim, o direito de exercê-las.
Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) no artigo 3, inciso I, diz que a criança e o adolescente tem o direito ao acesso e permanência na escola, que de fato é extremamente importante para que a inclusão aconteça nas escolas regulares.

Nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial a Educação Básica deve: desenvolver competências para identificar as necessidades educacionais especiais, apoiar o professor da classe comum, definir e implementar respostas educativas a estas necessidades, atuar nos processos de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, desenvolvendo estratégias de flexibilização, adaptação curricular e práticas pedagógicas alternativas.

É previsto na Constituição Federal, no artigo 208, inciso III o “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.”.  Assim o aluno desenvolverá melhor a sua socialização com as demais pessoas que o rodeiam.

Baseado no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) todas as crianças e adolescentes, inclusive alunos de inclusão, tem o direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer. Também consta no Estatuto (ECA), capítulo |V, artigo 54, inciso |||, a obrigatoriedade ao aluno portador de deficiência a matrícula, preferencialmente na rede regular de ensino.

São diversas as leis que amparam o aluno de inclusão, porém não basta estarem somente no papel, as escolas devem agir conforme estão previstas as leis descritas acima e quebrar cada vez mais esse estereótipo de que o aluno com necessidades especiais são menos capacitados para cumprirem determinadas tarefas em sua vida.

A ausência de materiais adaptados acaba dificultando o trabalho do professor com o aluno de inclusão, deverá também sempre persistir na relação escola/família para o melhor aproveitamento do aluno.
Observamos, durante os estágios, que as escolas da rede Municipal de G./RJ tem algumas dificuldades em cumprir as leis que amparam o aluno de inclusão, pois há  ausência de recursos e a falta de capacitação dos professores para lidar com esses alunos, dificultando assim o processo de aprendizagem e até mesmo o processo de socialização.

Segundo a LDB (Leis de Diretrizes e Bases), o aluno da educação especial precisa estar matriculado em uma rede regular de ensino para se socializar e aprender como os colegas de turma, mas na verdade, o que vemos, muitas vezes, e que o próprio professor segrega o aluno deficiente de seus colegas não preparando atividades que envolvam todos da turma. Podemos concluir que quando a escola não cumpre seu papel de ensinar e socializar esses alunos não está cumprindo as leis que amparam esses alunos.

3- PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E SUAS ESPECIFICIDADES

Alunos com deficiência e os demais, que são público-alvo da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, precisam ser atendidos nas suas especificidades, para que possam participar, ativamente do ensino comum. A Educação Especial se destina aos alunos com deficiência física, deficiência mental, alunos com surdez, cegueira, baixa visão, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.

Nas observações feitas nos estágios nas escolas municipais de G./RJ e estudos feitos através da pesquisa exploratória sobre o tema, percebemos a importância da intervenção adequada do professor, para criar condições favoráveis para a aprendizagem da criança que apresenta alguma deficiência. Observamos que a participação e a interação em conjunto com os colegas é importante para o desenvolvimento do aluno da educação especial. Diante disso, é tarefa do professor, frente à diversidade encontrada na sala de aula, ajudar o aluno com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades a descobrir o seu jeito de lidar com o conhecimento, tendo sempre em mente que cada sujeito aprende de uma forma única e no seu tempo.
 
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (de janeiro de 2008), afirma que a Educação Especial deve oferecer o Atendimento Educacional Especializado às necessidades educacionais especiais dos alunos com: deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Nas Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, instituídas com base na Constituição Federal de 1988; na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de janeiro de 2008; no Decreto Legislativo nº 186 de julho de 2008 e no Decreto nº 6.571 de 18 de setembro de 2008, que dispõe sobre o AEE, consta o seguinte acerca do público-alvo desse atendimento:

1- Alunos com Deficiência: “aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” (p.2). Portanto, são os alunos com deficiência mental, deficiência física, surdez, deficiência auditiva, cegueira, baixa visão, surdo cegueira ou deficiência múltipla.
2- Alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento: “aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotora, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos em outra especificação” (p.2).
3- Alunos com altas habilidades/superdotação: “aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança. Podemos perceber através dessas definições que as políticas nacionais de Educação Especial deixam claro quais alunos serão atendidos por essa modalidade de ensino.

Se o aluno apresentar necessidade específica, decorrente de suas características ou condições, poderá requerer, além dos princípios comuns da Educação na diversidade, recursos diferenciados identificados como necessidades educacionais especiais (NEE). O estudante poderá beneficiar-se dos apoios de caráter especializado, como o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, no caso da deficiência visual e auditiva; mediação para o desenvolvimento de estratégias de pensamento, no caso da deficiência intelectual; adaptações do material e do ambiente físico, no caso da deficiência física; estratégias diferenciadas para adaptação e regulação do comportamento, no caso do transtorno global; ampliação dos recursos educacionais e/ou aceleração de conteúdos para altas habilidades.

A Educação inclusiva tem sido um caminho importante para se trabalhar a diversidade mediante a construção de uma escola que ofereça uma proposta inclusiva e que atenda às necessidades de cada um, principalmente àqueles que correm risco de exclusão em termos de aprendizagem e participação na sala de aula.
Conforme disposto no Decreto N° 7. 611/2011: “Art. 1º - O dever do Estado com a educação das pessoas público alvo da educação especial será efetivado de acordo com as seguintes diretrizes: I - garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades; II - aprendizado ao longo de toda a vida; III - não exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência; IV - garantia de ensino fundamental gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais; V - oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; VI - adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena; VII - oferta de educação especial preferencialmente na rede regular de ensino
Podemos concluir com esta pesquisa que o trabalho de inclusão nas escolas deve ser priorizado levando em consideração as ncessidades desse público-alvo da educação inclusiva citado anteriormente. É preciso fazer valer os direitos adquiridos aos portadores de necessidades especiais. Incluir os alunos com NEE em todos os segmentos é uma forma de aceitá-los como eles são. Não importa que tipo de deficiência eles carreguem, o importante é dar a eles oportunidades para que se sintam valorizados. Nesta pesquisa científica foi possível perceber que ainda falta mudanças na escola, como a adaptação de seus currículos e preparo por parte dos professores para ensinar os alunos NEE. Deve haver uma ação pedagógica eficaz, trazendo com isso, melhores condições para que a inclusão seja motivo para romper barreiras.

 4- Diversidade e escola


Antes de começarmos a relatar sobre as observações feitas na escolas afim de pesquisar sobre o tema do nosso capítulo, buscamos a definição de   diversidade que segundo o dicionário: é a qualidade daquilo que é diverso, diferente, variado; variedade; conjunto variado; multiplicidade. Na escola não pode ser diferente pois encontramos diversidade de pensamentos, de jeito de ser, de viver, enfim, pessoas diferentes que precisam conviver num mesmo espaço.
Com base nas observaçoes feitas nos estágios, podemos relatar  que a diversidade de alunos com algum tipo deficiência e bastante variada. Observamos em algumas turmas que os alunos e os professores fazem com que os  alunos da educação especial não se sintam excluídos pela sua necessidade e podendo aprender e conviver com os colegas, pois compreender a  diversidade existe, nada mais  é que aprender a aceitar quem é diferente que:

constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo momento, as diferenças entre os homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando que existem grupos humanos dotados de especificidades naturalmente irredutíveis. As pessoas são diferentes de fato, em relação à cor da pele e dos olhos, quanto ao gênero e à sua orientação sexual, com referência às origens familiares e regionais, nos hábitos e gostos, no tocante ao estilo. Em resumo, os seres humanos são diferentes, pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. São então diferentes de direito. É o chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente (,FERREIRA e GUIMARÃES 2003, p. 37).

No que se refere a educação esse direito é de TODOS, eles precisam estar nesse convívio, que acarretam de coisas boas que é poder estar no convívio social de seus colegas de classe. As diretrizes curriculares da SEED faz um reforço quanto a isso: 

“É a preocupação da escola com o atendimento à diversidade social, econômica e cultural existente que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos (...) o grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos”(PARANÁ, 2005).

O aluno especial quando se encontra no ensino regular, tende a passar por diversas situações como: aceitação dos demais colegas, adaptação ao ambiente escolar e o convívio social. Esses são os principais fatores e segundo o que observamos, alguns alunos tem acompanhantes e outros não, isso dificulta um melhor aprendizado destes alunos, geralmente, sobrecarrega o professor da turma. Este que faz com que o aluno corresponda aos objetivos feitos para cada atividade, isso é bem difícil, pois a professora tem que ajustar as atividades de forma que o aluno consiga aprender.

O grande problema da escola hoje é a falta de estrutura e recursos para atender esses alunos, pois seria bom ter uma sala de recursos, projetos que trabalhem a diversidade e materiais didáticos que são necessários para que o aprendizado aconteça. Sem um acompanhamento individual o aluno incluso não faz as atividades, o que prejudica o seu desenvolvimento. Na turma observada por nós a professora da turma pede para que os coleguinhas ajudem o aluno incluso a realizar a tarefa, sempre reforçando que ele pode sim fazer a atividade proposta com a ajuda de seus colegas.

Deste modo o aluno nunca vai se sentir excluído e sim sendo um bom amigo com os demais. As atividades diversificadas feitas com esse alunos estão sempre se adequando a sua melhor forma para execução.

É incrível ver como se sentem, os seu olhos brilham ao saber que podem estar ali socializando com os colegas. Sua forma de pensar já não é a que tinha antes inferior aos outros, e, sim de saber e estar aprendendo várias coisas, tendo grandes experiências de vida.

Toda a escola fica feliz ao ver que em meio a todas essas diversidades nenhum obstáculo foi capaz de envergonhar aqueles que mesmos com suas necessidades especiais são incluídos de uma forma especial a cada turma e de modo geral beneficia a todos trazendo uma grande experiência para os profissionais da escola e para os coleguinhas da classe onde situa-se.
A diversidade no ensino regular deverá ser capaz de integrar todos os tipos de pessoas.


5- O despreparo da escola para ensinar o aluno de inclusão

Cada vez mais, é comum encontrarmos pessoas buscando para seus filhos que tenha algum tipo deficiência as melhores condições de vida possíveis e a educação é meio para que essas pessoas se sintam parte da sociedade. No entanto, há um agravante nesta busca: escolas que ofereçam as condições ideais de estudo para uma criança ou adolescente com necessidades especiais.  As discussões sobre inclusão trazem à tona o despreparo da escola na tarefa de ensinar o aluno de inclusão, até que ponto a escola está cumprindo seu papel. E se não está? Que tipo de entrave impede a inclusão aconteça de fato?

Durante os estágios do curso de formação de professores nas escolas da rede municipais de G./RJ, tivemos a oportunidade de observar os alunos de inclusão nas turmas regulares e ficou claro que as escolas, em geral, não oferecem as condições ideais para atender alunos com deficiência. A começar pela estrutura, na entrada não existe rampa, nem mesmo nas salas de aulas e banheiros. Não existem corrimãos ou sinalização tátil em nenhuma das paredes das escolas. Não existem nenhum tipo de aparelho facilitador para um aluno com deficiência visual e auditiva. Os vasos sanitários, pias, cadeiras e mesas não são adaptadas. Além disso, muitas das portas não tem largura suficiente para a passagem de cadeiras de rodas.

Além das instalações, a grande maioria dos diretores, secretários e outros funcionários das escolas, não estão devidamente preparados para atender esses alunos, pois observamos durante as entrevistas realizadas nas escolas que houveram reclamações quanto a estrutura dos prédios escolares em relação acessibilidade, inexistência da sala de recursos, professores especializados e capacitação de professores da sala regular e cuidadores da instituição possam atender melhor esses alunos. Observamos que não existem discussões entre secretaria de educação e as escolas para que haja reformas e melhorias nas propostas de inclusão. Segue as entrevistas com os diretores:

Diretor 1:
Em relação à estrutura física da escola:
Como está estruturado o espaço físico da escola em relação acessibilidade?
Um tanto precária, porém tem um banheiro acessível e rampas.
A escola passou por alguma mudança de espaço físico para receber alunos da Educação Especial?
Não. Quando foi construída possuía uma acessibilidade precária
Em relação à estrutura pedagógica:
A escola possui sala de recursos multifuncionais e profissional especializado para atuar neste espaço?
Não. Há uma grande necessidade desses recursos.
Há disponibilidade de materiais e recursos adaptáveis para professores e alunos?
  Não.
Os professores que trabalham na escola recebem alguma capacitação pedagógica para trabalhar com o aluno da Educação Especial?
  Também não. Essa inclusão deixa bastante a desejar.
A escola realiza projetos permanentes para a conscientização da diversidade na escola?
 Poucos. Abordamos dentro dos nomes projetos vigentes.
Em seu ponto de vista quais são os desafios enfrentados pela escola na construção de uma proposta de educação inclusiva?
  . Estrutura física da escola;
  . Capacitação de todo o corpo da escola;
  . Necessidade de acompanhamento e apoio de outros profissionais;
  . Apoio da S.N.E

Diretor 2:
Como funciona o espaço fisico da escola em relaçâo acessibilidade?
A escola está em condições de receber os alunos com necessidades especiais no que diz respeito ao espaço fisico pois as portas das salas não são estreitas, temos rampas de acesso na entrada e temos um banheiro adaptado para alunos com necessidades especiais.
A escola passou por alguma mudançado espaço fisico para receber alunos da educação especial?
Sim, o banheiro adaptado foi construido com o intuito de melhor atendermos esses alunos.
Em relação á estrutura pedagógica:
A escola possui sala de recursos multifuncionais e profissional especializado para atura neste espaço?
Não possui sala de recursos multifuncionais e uma de nossas professoras tem cursos na área.
Há disponibilidade de materiais e recursos adaptáveis para professores e alunos?
Sim, temos alguns recursos especificos par atender essa clientela,mas na maioria das vezes nossos professore adaptam os recursos que tem para atendê-los de forma mais adequada.
Os professores que trabalham na escola recebem alguma capacitação pedagógica para trabalhar com o aluno da educação especial?
Não, como citado anteriormente, apenas uma de nossas professoras tem capacitação. mas procuramos sempre colocar na pauta dos nossos grupos de estudos, assuntos, pesquisem, dialoguem sobre melhorias para o todo, mas principalmente para dentro de suas salas.
A escola realiza projetos permanentes para a conscientização da diversidade na escola?
sim, sempre trabalhamos esse tema em nossa escola.
Em seu ponto de vista quais são os maiores desafios enfrentados pela escola na construção de uma proposta de educação inclusiva?
A falta da oferta de capacitação em horário compativel para que os professores possam participar.  
Em meios as observações nas escolas de estágio, constatamos que há algumas dificuldades por parte dos professores para poder atender aos alunos com necessidades especiais, algumas escolas não tem professores preparados para poder ensinar alunos da Educação Especial e a maioria dos professores  não tem formação especializada para poder atender esses alunos. Algumas salas não tem auxiliares para poder ajudar a professora, percebemos que a maioria das professoras tem dificuldades em dar aulas para os alunos especiais.
Outro fator importante que observamos durante os estágios é a integração desses alunos na turma regular, pois pode ser tarefa complexa, pois  é preciso trabalhar o relacionamento entre os alunos que  tem necessidades especiais com  aqueles que não  tem, assim como, a adaptação dos conteúdos que será trabalhado na turma. Foi observado, ainda, que existem a dificuldades em  aplicar os conteúdos escolares para esses alunos, pois a maioria deles têm dificuldades em aprender como os outros,  por isso é necessário a adapção dos conteúdos para que todos aprendam juntos.
O que precebemos é que existe uma grande insegurança por parte dos professores de como agir com esses alunos, alguns simplesmente os entregam alguma atividade pouco estimulante, tal como um desenho para colorir, enquanto outros utilizam as mesmas atividades dos demais alunos, porém, sem nenhum apoio diferenciado. Segue entrevistas com professores:

Professor 1
Em relação à educação inclusiva:
Qual é a sua formação?
Pouca.
Se sente preparado para trabalhar com alunos da educação especial?
O dia-a-dia nos prepara. No momento me sinto preparada.
Já fez alguma capacitação pedagógica para atuar com alunos da educação especial?
Não. Como já disse, o convívio em sala de aula e os anos de experiência e contado com essa classe de crianças, acaba nos ensinando e nos autocapacitando.
Em sua opinião, qual é a maior dificuldade encontrada para ensinar o aluno da educação especial?
Os recursos didáticos que não tem para usar, um profissional capacitado para lidar.
Quais adaptações são feitas no currículo e no planejamento de aula para adequar as suas práticas pedagógicas as necessidades especificas do aluno da educação especial?
O planejamento é adaptado de acordo com a necessidade do aluno, de forma lúdica para motivar o aluno a fazer as atividades.
Em seu ponto de vista quais são os maiores desafios enfrentados pelo professor na construção de uma proposta de educação especial?
Falta de colaboração da rede escolar, a falta de auxílio para desenvolver projetos que trabalhe as necessidades especiais entre outras coisas.

Professor 2
Qual é sua formação?
Sou professora e assistente social.

Se sente preparado para trabalhar com alunos da educação especial?
Gostaria muito, mas não me sinto preparada,não tenho uma formação direcionada ao PNE.

Já fez alguma capacitação pedagógica para atuar com alunos da educação especial?
Fiz um curso on line de 3 meses pela universidade de Santa catarina, indicado pela SME< o EEE.Sempre que possivel vou à palestras e seminários referentes a PNE.Capacitação presencial ainda não fiz, espero um dia ter essa oportunidade.
Em sua opinião, qual é a maior dificuldade encontrada para ensinar o aluno da educação especial?
O maior desafio do professor, é ter que trabalhar com PNE sem capacitação pedagógica e sem a sala de recursos especiais.

Quais adaptações são feitas no currículo e no planejamento de aula para adequar as suas práticas pedagógicas as necessidades especificas do aluno da educação especial?
As adaptações curriculares são feitas de acordo com o grau da necessidade de cada aluno. As orientações são pela OP da UE, mais as informações passadas pelo professor regente, formamos assim as atividades do planejamento de adaptações curriculares.
Sabemos que, necessariamente não precisamos de um laudo médico para a confecção do planejamento de adaptação curricular, mas se o aluno o possui, fica mais fácil adequar as atividades às necessidades apresentadas no laudo.

Em seu ponto de vista quais são os amiores desafios enfrentados pelos professor na construção de uma proposta de educação inclusiva?
São os direitos negados ao aluno PNE. Ele tem direito a ser assistido por um profissional pedagógicamente capacitado, em uma sala de recursos especiais adequados às sua limitações facilitando assim, seu desenvolvimento cognitivo. 


Outro grande problema comumente visto durante as observações nas escolas estagiadas, é a ausência das salas de recursos multifuncionais. Áudio-livros, jogos, livros em braile, computadores especiais, além de mobiliário adaptado, ainda não são encontrados nas escolas. Seria essencial que após o período comum de estudos, esses alunos permanecessem na escola para um atendimento especializado nessas salas de recursos multifuncionais, porém, mesmo que amparadas pela lei as escolas, ainda, não receberam essas salas.
 Mesmo não tendo as salas de recursos multifuncionais implantadas, não observamos os gestores das escolas não procuram qualquer tipo de ONG, centros de referências os hospitais especializados no assunto para agir em conjunto no aprendizado e na formação desses alunos.

Não há como negar que, de fato, existe um grande avanço na legislação no quesito amparo às pessoas com necessidades especiais, porém, essa lei ainda não é devidamente cumprida e, infelizmente as escolas não estão totalmente preparadas para atender com qualidade e atingir os objetivos pretendidos de aprendizagens para os alunos com necessidades especiais. Concluímos que ainda há muito o que avançar nas políticas públicas quando se fala em inclusão escolar.

ConsideraçÕES finais

Propomos-nos à elaboração dessa pesquisa devido às inquietações dos alunos da turma 3003 do curso normal, que em suas observações, deparam-se com o despreparo dos profissionais da educação com os alunos com necessidades educativas especiais (NEE).

Para a concretização desse estudo deparamos com a problemática: "O aluno de inclusão e o despreparo da escola em sua tarefa de ensinar".  O que vemos são professores com a função de educar, mas que se encontram perdidos e amedrontados por essa "nova" visão educacional. Tal perspectiva nos faz pensar na formação de professores e de como essa iniciativa poderia facilitar a entrada e permanência das crianças com NEE em escolas regulares.
Os achados são sim, muito relevantes para a ciência. Pois promovem a discussão sobre a inclusão dos portadores de NEE nas escolas e regulares e como alcançar os objetivos de uma escola verdadeiramente inclusiva. A pesquisa do tema nos envolveu numa busca por aprender e desenvolver o pensamento científico, produzindo assim conhecimentos ao em vez de receber informações prontas.Sabemos que tal empreitada não se constitui em uma tarefa fácil e que exigiu de nós futuros professores um olhar não só de pesquisadores, mas participantes dessa realidade.

Mesmo com os achados, a inclusão no decorrer dos anos vem melhorado, ainda há muito que se melhorar entre tantos fatores, concorda-se com SILVA (2009) que afirma o desenvolvimento da inclusão educacional "só pode ter bons resultados se forem feitos por meio da qualificação profissional". Dessa maneira, a ampliação e continuidade dos cursos de capacitação são indispensáveis para a preparação dos professores que atuam na escola. São as escolas que atuam com os alunos de inclusão devem investir em capacitação para seus professores usarem as tecnologias assistivas e os materiais didáticos não devem ser descartados. O que se espera do professor e que ele esteja preparado para o trabalho da inclusão educacional e principalmente, em acordo com SILVA (2009), "que com a educação inclusiva sejam abandonadas definitivamente às barreiras seletivas da aprendizagem", e que a sociedade se adapte ao aluno incluído ao invés do o estudante se adaptar à sociedade.

O trabalho de inclusão não poderá ser finalizado enquanto existir necessidade de aprimoramento, tanto das práticas de ensino como também de internalização dos sistemas educacionais. A inclusão é uma realidade que não pode mais esperar melhores preparos por parte das instituições de ensino, como também dos responsáveis em promover a dignidade humana, buscando com isso os valores éticos para que todos tenham lugar e vez nos segmentos da sociedade.

Todos são responsáveis pela inclusão, tanto a escola como a sociedade de um modo geral. Os cidadãos que participam da sociedade organizada têm que estar atento para a observância do cumprimento da lei da inclusão. É preciso fazer valer os direitos adquiridos aos portadores de necessidades especiais.
Incluir os alunos com NEE em todos os segmentos é uma forma de aceitá-los como eles são. Não importa que tipo de deficiência eles carreguem, o importante é dar a eles oportunidades para que se sintam valorizados.

O passo a passo desta pesquisa está em: Pesquisa científica no Ensino Médio formação de professores da preparação à apresentação

 7-BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional. Brasília: Sub-secretaria de Edições Técnicas, 1997. 48 p.

Cavalcante, M. As leis sobre diversidade. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/leis-diversidade-424523.shtml Acesso em 28 de abril de 2015.

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA ) Lei Federal  Nº 8069/1990 Disponível em:

FERREIRA, Maria Elisa Caputo; GUIMARÃES, Marly. Educação inclusiva. Rio de Janeiro: 2003 Editora DP&A

SILVA.M. EDUCAÇÃO INCLUSIVA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES (2009). Acesso: 04 de setembro de 2015.
Disponível em:
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/sem_pedagogica/fev_2010/inclusao_diversidade.pdf

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação. Ensino Fundamental na rede pública de ensino da educação básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED/SUED, 2005. Mimeog.

Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria nº 555/2007, prorrogada pela Portaria nº 948/2007, entregue ao Ministro da Educação em 07 de janeiro de 2008. Disponível em:


Decreto Legislativo nº 186 de julho de 2008 e no Decreto nº 6.571 de 18 de setembro de 2008.
Disponível em: