terça-feira, 11 de outubro de 2016

Pesquisa cientifica e os quatro pilares da educação

As aulas, muitas vezes, não contemplam a importância da pesquisa no aprendizado do aluno do Ensino Médio. Os trabalhos que são sugeridos como pesquisa são meros trabalhos de corte cola de escritos da internet e que não fazem nenhuma conexão com a realidade vivida pelo aluno. Os alunos não se sentem capazes ou não são incentivados a pesquisarem temas que realmente interessam a eles. Muitos professores não estão preparados para apoiar os seus alunos numa pesquisa científica, porque demanda tempo e um comprometimento maior que, muitas vezes, não estamos dispostos a considerar na nossa rotina de trabalho. Os professores, também não recebem o apoio necessário para realizar um trabalho como este, que exige esforço, tempo e dedicação. 
Aos refletirmos sobre as propostas contidas nos quatro pilares da educação para o século XXI observarmos que estamos longe dos conceitos de fundamento da educação baseados no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional Sobre Educação para o Século XXI , coordenada por Jacques Delors aos quais são : aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros, aprender a ser, eleitos como os quatro pilares fundamentais da educação.

A nossa observação será feita sobre o pilar aprender a conhecer que tem relação direta com o ato de pesquisar de ir em busca do conhecimento.

Esta aprendizagem deve ser encarada como um meio e uma finalidade da vida humana (já que a educação deve ser pensada e planejada para ocorrer em todas as fases da vida). Simultaneamente ela visa não tanto à aquisição de um repertório de saberes codificados, mas antes, os domínios dos próprios instrumentos do conhecimento. É um meio, porque pretende que cada um aprenda a compreender o mundo que o cerca, pelo menos na medida em que isso lhe é necessário para viver dignamente. Finalidade, porque seu fundamento é o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir.


Para produzir conhecimento não precisamos necessariamente sermos cientistas ou coisa parecida. Basta sermos levados pela curiosidade de um tema instigante e que tenha a ver com a realidade do aluno. A vontade de pesquisar um tema, não surge do nada, mas parte de pressupostos que fundamentam um querer fazer, um querer conhecer.  O ato de conhecer deve vir recheados de curiosidade e essa curiosidade deve partir do aluno e ser incentivado pelo professor.

A pesquisa científica é um ato pensado, planejado tanto pelo professor quanto pelo aluno. O aluno deve conhecer e saber utilizar o método científico como um caminho para fazer uma boa pesquisa.

O método científico é constituído de várias etapas, isto é, meios para se obter dados estruturais que respondam ou confirme o problema de pesquisa.

A palavra método vem do Grego (methodos: caminho para chegar a um fim). O método é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimento pré-existente.

As etapas do método científico são:
1-    observação
2-    questionamento
3-    levantamento de hipótese
4-    experimentação
5-    conclusão
observação: nesta fase o pesquisador mobiliza sua sensibilidade procurando ver, ouvir e sentir o objeto de pesquisa para posteriores registros. 

Questionamento: perguntas feitas pelo pesquisador a cerca do objetivo a ser pesquisado.

Levantamento de hipóteses: é uma suposição que se admite de modo provisório de um assunto a ser pesquisado.

Experimentação: nesta fase o pesquisador irá testar a validade das hipóteses. Verificação das hipóteses.
Conclusão: é o último passo, aonde se chega às respostas para as questões levantadas pelo pesquisador.

sábado, 17 de setembro de 2016

Brincadeiras em circuito interativo

https://escoladossonhosclaudia.blogspot.com/

Por Isabella de Queiroz

O circuito interativo é composto por várias estações, cada estação possui uma brincadeira que desenvolve habilidades diversas dos participantes.
Público alvo: Ensino Fundamental I 
Regras: A turma será dividida em dois grupos, cada grupo fará o circuito uma vez. Dois membros do grupo vão para a primeira estação completar a tarefa. Quando conseguirem voltarão ao início do circuito, baterão na mão de mais dois colegas e eles irão até a próxima estação. Assim será feito até o final do circuito. O grupo que terminar o circuito em menos tempo ganha.
Estação 1: Mímica.
Habilidades desenvolvidas: Representar um personagem e desenvolver a percepção visual.
Um dos participantes pega um papel na caixinha com o nome do que terá que imitar apenas com gestos. O outro participante tenta adivinhar o que ele está imitando.
https://escoladossonhosclaudia.blogspot.com/

Estação 2: Engarrafados
Habilidades desenvolvidas: percepção visual e habilidade motora.  
Nessa estação haverá duas garrafas cheias de furos. Cada membro da dupla participante dessa estação tem que passar um cadarço por todos os furos de sua garrafa. Eles só podem voltar ao início do circuito quando as duas garrafas forem conferidas pelo professor.
Resultado de imagem para garrafa pet
Estação 3: Espantalho
Habilidades desenvolvidas:  agilidade e percepção de tempo.
Haverá uma caixa cheia de pregadores que tem quer ser pregado em um dos integrantes da dupla em menor tempo possível.

Estação 4: Verdadeiro ou falso
Habilidades desenvolvidas: ouvir e responder em menor tempo as perguntas feitas pelo professor.
Nessa estação o professor fará perguntas de verdadeiro ou falso. A dupla só pode voltar ao início do circuito quando responder 5 perguntas corretamente.

Estação 5: Cadeado
Habilidades desenvolvidas: agilidade e percepção de tempo.
Nessa estação os alunos devem abrir um cadeado. Eles terão um molho de chaves para tentar abrir o cadeado no menor tempo possível. No molho de chaves apenas uma chave abre o cadeado.


Poderá gostar também: 
Brincadeiras e Jogos Tradicionais  
Brincadeiras para sala de aula: Desafios das profissões


sábado, 11 de junho de 2016

Atividades sobre os PCNs para o Curso Normal em Ensino Médio

Objetivos: Conceituar Parâmetros Curriculares Nacionais identificando a sua função.

A natureza e função dos Parâmetros Curriculares Nacionais

As propostas curriculares dos Estados e Municípios estão organizadas em disciplinas e/ou áreas, apenas alguns municípios optam por princípios norteadores eixos ou temas que visão tratar os conteúdos de forma interdisciplinar, buscando integrar o cotidiano social com o saber escolar. Nos PCNs optou-se por um tratamento específico das áreas, em função da importância instrumental de cada uma, mas contemplou-se também a integração entre elas. Quanto às questões sociais relevantes, reafirma-se a necessidade de sua problematização e análise, incorporando-as como temas transversais. As questões sociais abordadas são: ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural. Os temas transversais não constituem novas áreas, mas um conjunto de temas que aparecem transversalizados nas áreas definidas, isto é, permeando a concepção, os objetivos os conteúdos, e as orientações didática de cada área.


Os Parâmetros Curriculares nacionais adotam a proposta de estruturação por ciclos, pelo reconhecimento que tal proposta permite compensar a pressão de tempo que é inerente à instituição escolar, tornando possível distribuir os conteúdos de forma mais adequada à natureza do processo aprendizagem.


Os objetivos propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais concretizam as interações educativas em termos de capacidades que devem ser desenvolvidas pelos alunos ao longo da escolaridade. Essas capacidades são de ordem cognitiva, física, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social.


Os PCNs propõem uma mudança de enfoque em relação aos conteúdos curriculares, ao invés de um ensino em que o conteúdo tenha um fim em si mesmo, o que se propõe é que o conteúdo seja visto como um meio para que os alunos desenvolvam as capacidades que lhes permitem produzir e usufruir dos bens culturais, sociais e econômicos.


Ao tomar como objeto de aprendizagem escolar os conteúdos de diferentes naturezas, reafirma-se a responsabilidade da escola com a formação ampla do aluno e as necessidades de intervenções conscientes e planejadas nesta direção. Neste documento os conteúdos são abordados em três grandes categorias: conteúdos conceituais que envolvem fatos e princípios, conteúdos procedimentais e conteúdos atitudinais.


Os conteúdos conceituais referem-se á construção ativa das capacidades intelectuais para operar com símbolos, ideias, imagens e representações que permite organizar a realidade. Aprender conceitos permite atribuir significados aos conteúdos aprendidos e relacioná-los a outros.


Os conteúdos procedimentais expressam um saber fazer, que envolve tomar decisões e realizar uma série de ações, de forma ordenada e não aleatória para atingir uma meta. Assim os conteúdos procedimentais sempre estão presentes nos projetos de ensino, pois uma pesquisa, um resumo, um experimento, uma maquete são proposições presentes na sala de aula.


Os conteúdos atitudinais permeiam todo o conhecimento escolar. A escola é um contexto socializador, gerador de atitudes relativas ao conhecimento, ao professor e aos colegas, ás disciplinas, as tarefas e a sociedade. O aprendizado de atitudes, valores e normas fazem parte de qualquer grupo social e devem ser compreendidos como conteúdos escolares indispensáveis a formação do cidadão consciente de sua responsabilidade social.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais os conteúdos referentes a conceitos, procedimentos, normas, valores e atitudes estão presentes nos documento tanto de áreas como de temas transversais, por contribuírem para aquisição das capacidades definidas nos objetivos gerais do ensino fundamental.

Atividade 1: leitura e discussão sobre o tema.

Atividade 2: Responda as seguintes perguntas relacionadas aos PCNS.

a) Como estão organizados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)?

b) O que são temas transversais abordados nos PCNs e quais são eles?

c) Os objetivos propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais concretizam as interações educativas em termos de capacidades que devem ser desenvolvidas pelos alunos ao longo da escolaridade. De acordo com os PCNs quais são essas capacidades?

d) Quais são as categorias de conteúdos que são abordadas os conteúdos nos PCNs? Explique cada uma delas:

Poderá trabalhar com os alunos 
QUESTÕES DE CONCURSOS

domingo, 1 de maio de 2016

Brincadeiras e jogos tradicionais

Batatinha frita 1,2,3
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre recreio ou rua.
Como se joga: um dos participantes é escolhido para ficar à frente do jogo. Os demais devem ficar a uma distância.
Dado o sinal de início, o participante que está na frente vira de costas e diz e diz: “batatinha frita 1,2,3”; quando se virar, todo os outros devem parar.
Outros participantes, por sua vez, têm que correr neste meio tempo e tentar alcançar quem está na frente.
Quem conseguir alcançá-lo tomará o seu lugar e a brincadeira recomeça. Se ninguém conseguir, aquele está na frente permanece lá até que isto aconteça.

Cabra-cega
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre.
Como se joga: dispõem-se as crianças em círculo, dentro do qual permanecerá um jogador de olhos vendados, a “cabra-cega”. Dado o sinal de início as crianças da roda perguntam:
Cabra-cega de onde vieste?
Do moinho de vento.
Que trouxeste?
Fubá e melado.
Dá-nos um pouquinho?
Não.
Então afaste-te. 
As crianças largam as mãos e, espalhadas pelo campo, deverão fugir da cabra cega desafiando-a, sem tocá-la. Esta, ouvindo os desafios, tentará pegá-los. Quando conseguir tocar em um dos participantes, tirar-se a venda e ela escolherá uma substituta. O jogo termina com a substituição da cabra-cega.
Existe várias variações da música, embora as regras são as mesmas:
Cabra-cega de onde vens?
Do moinho.
Que trazes?
Pão e vinho.
Me dá um pouquinho?
Não.
Gulosa, gulosa.
Origem: Segundo Rodrigo Caro, este era o jogo popular entre as crianças da Roma Imperial. Encontrado também em documentos da Idade Média e do Renascimento. Veio para o Brasil com os portugueses e espanhóis.   

Coelhinho sai da toca
Número de participantes: indeterminado
Local: recreio
Como se joga: Os participantes formam um grande círculo, divido em trios; dois ficam de mãos dadas (formando a toca) e o terceiro fica no meio, representando o coelhinho. No centro do círculo ficam duas ou mais crianças que serão os coelhinhos sem toca. A um sinal combinado, todos os coelhos mudam de toca, e as crianças que estão no centro da roda tentam ocupar um dos lugares vagos. Os que ficarem sem toca irão para o centro, dando continuidade ao jogo.
Galinha choca
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre.
Material necessário: Bola ou lenço.
Como se joga: Cada criança deve fazer um círculo – “choco”- e ficar dentro dele. Uma das crianças, utilizando a fórmula abaixo, determina quem será galinha choca:
Uni duni trê
Salamê minguê
O soverte colorê
Foi escolhido por você

A galinha choca corre com uma bola em volta dos “chocos” e, disfarçadamente, ela deixará cair a bola atrás de um companheiro.
Este deve pegar a bola e correr atrás da galinha choca; se conseguir tocá-las antes que entre no seu círculo ou “choco”, não será a próxima galinha choca.
Caso contrário, passará a fazer o papel de galinha choca.  

Garrafão    
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre recreio ou rua.
Material: Giz
Como se joga: Desenhar um garrafão bem grande no chão. O “garrafeiro” fica dentro da garrafa e as demais crianças ficam fora, andando na linha traçada em forma de garrafa. Quem passar pelo gargalo do garrafão deverá ser puxado para dentro pelo “garrafeiro”.

Morto-vivo
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: ao ar livre recreio ou rua.

Como se joga: uma criança fica encarregada ser a pessoa que vai dizer as palavras morto e vivo. As outras crianças devem ficar perfiladas em pé quando o animador dizer a palavra morto as crianças se abaixam, quando animador dizer a palavra vivo as crianças se levantam, a criança que levantar quando o animador dizer morto e vice- versa sai da brincadeira, deste modo o animador vai intercalando até alguém errar e sair. Aquele que sobrar ganha a brincadeira.

Dança das cadeiras
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: sala de aula ou sal de estar.

Como se joga: colocam-se lada a lado tantas cadeiras forem os participantes, menos uma, formando duas colunas de cadeiras, umas de costas para as outra. Os participantes ficam enfileirados em volta das cadeiras. Quem tiver organizando coloca uma música, canta ou bate palmas e todos andam ao redor das cadeiras e bem perto delas. De repente, o animador para a música ( ou as palmas) e cada jogador deve se sentar na cadeira mais próxima. Aquele que ficar em pé será eliminado. Tirar-se uma cadeira em cada roda, e o jogo recomeça com um número menor de cadeiras. Vence o jogador que conseguir sentar a última rodada, quando restar apenas uma cadeira.     

Estátua 
Número de participantes: 3 ou mais jogadores.
Local: recreio

Os jogadores ficam um ao lado do outro sobre uma linha traçada no chão. A uma distância de dez a doze metros ficam um participante de costas para o grupo. Dado o sinal de início, a criança que está de costas para o grupo conta rapidamente até um número inferior a dez, enquanto as outras avançam, adanado ou correndo, procurando alcançá-la. De repente, esta interrompe a contagem e volta-se de frente para os companheiros, que devem parar imediatamente. Se a criança destacada, ao voltar-se para o grupo, vir alguém em movimento, fará este jogador retroceder à linha de partida para recomeçar. Os demais permanecem no lugar onde pararam. A criança destacada volta-se novamente de costas para o grupo e recomeça a contagem, procedendo mesmo da mesma forma até algum jogador alcançá-la. Quem primeiro tocar a criança que estiver contando, irá substituí-la.     

Fonte:
FRIEDMANN, Adriana. A arte de brincar: Brincadeiras e jogos tradicionais- Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

Poderá gostar também de Oficinas de jogos e brincadeiras para sala de aula:
http://escoladossonhosclaudia.blogspot.com.br/search/label/Oficina%20de%20jogos%20e%20brincadeiras%20para%20a%20sala%20de%20aula

quarta-feira, 13 de abril de 2016

As Tendências Pedagógicas no Brasil

A prática de todo professor, mesmo de forma inconsciente, sempre pressupõe uma concepção de ensino e aprendizagem que determina sua compreensão dos papeis de professor e aluno, da metodologia da função social da escola e dos conteúdos a serem trabalhados na discussão destas questões é importante analisar os pressupostos pedagógicos que estão por trás das atividades  de ensino na busca de coerência do que se pensa está fazendo e o que realmente se faz. Tais práticas se constituem a partir de concepções educativas e metodologias de ensino que permearam a formação educacional e percurso profissional do professor, aí incluídas suas próprias experiências escolares, suas experiências de vida, ideologia compartilhada com seu grupo social e as tendências pedagógicas que lhe são contemporâneas. As tendências pedagógicas que se firmam nas escolas brasileiras públicas e privadas na maioria dos casos não aparecem de forma pura, mas com características particulares, muitas vezes mesclando aspectos de mais de uma linha pedagógica. A análise das tendências pedagógicas no Brasil evidente a influência dos grandes movimentos educacionais intencionais da mesma forma que se expressa às especificidades de nossa história política social e cultural. Pode se identificar na tradição pedagógica brasileira a presença de quatro tendências: a tradicional, a renovada (Escola Nova), a tecnicista e aquelas marcadas centralmente pelas preocupações sociais  e políticas.


A Pedagogia Tradicional

A pedagogia tradicional é uma proposta de educação centrada no professor, cuja função se define como a de vigiar e aconselhar os alunos, corrigir e ensinar a matéria. A metodologia de tal concepção se baseia na exposição oral dos conteúdos numa sequência determinada e fixa independente do contexto escolar enfatiza-se a necessidade de exercícios repetidos para garantir a memorização dos conteúdos. A função primordial da escola nesse modelo é transmitir conhecimentos disciplinares para a formação geral do aluno, formação que o levará a se inserir-se futuramente na sociedade e optar por uma profissão valorizada. Os conteúdos são conhecimentos acumulados pela humanidade passados como verdades absolutas, e embora, a escola vise a preparação para a vida não busca fazer relação com os conteúdos que e os interesses dos alunos e os problemas sociais. O professor é visto como autoridade máxima, um organizador dos conteúdos e as estratégias de ensino e. portanto, o guia exclusivo do processo educativo.  

A pedagogia renovada é uma concepção que inclui várias correntes que de uma forma ou de outra estão ligadas ao movimento da Nova Escola. Tais divergências assume o mesmo princípio norteador de valorização do indivíduo como ser livre, ativo e social. O centro da atividade escolar não é o professor e nem os conteúdos disciplinares, mas sim o aluno, como ser ativo e curioso. Em oposição à Escola Tradicional a Escola Nova se destaca o princípio da aprendizagem por descoberta e estabelece que a atitude de aprendizagem parte do interesse do aluno e que, por sua vez, aprendem fundamentalmente pela experiência, pelo que descobre por si mesmo. O professor é visto como um facilitador no processo de busca do conhecimento que deve partir do aluno. Cabe ao professor organizar e coordenar as situações de aprendizagem. A ideia do ensino guiado pelo interesse dos alunos, em muitos casos, por desconsiderar a necessidade de um trabalho planejado, perde-se de vista o que deve ser ensinado e aprendido. Essa tendência que teve grande influência no Brasil na década de 30, no âmbito pré-escolar (jardim de infância) até hoje influencia muitas práticas pedagógicas.

A Pedagogia Tecnicista 

Nos anos de 1970 proliferou o que se chamou de “tecnicismo educacional”, inspirado nas teorias behavioristas (estimulo-resposta) da aprendizagem e da abordagem sistêmica do ensino que definiu uma prática pedagógica altamente controlada e dirigida pelo professor. Com atividades mecânicas inseridas em proposta educacional rígida e passível de ser programada em detalhes. A supervalorização da tecnologia programada trouxe consequências a escola e revestiu-se de grande autossuficiência reconhecida por ela e de toda a comunidade atingida. Criando a falsa ideia de que aprender não é algo natural do ser humano, mas que depende exclusivamente de especialistas e de técnicas. O que é valorizado nesta perspectiva não é o professor, mas a tecnologia. O professor passar ser apenas um mero especialista na aplicação de manuais e sua atividade fica restrita aos limites possíveis e estreitos das técnicas utilizadas. A função do aluno é reduzida ao indivíduo que reage aos estímulos de forma a corresponder a respostas esperadas pela escola para ter êxito e avançar. Seus interesses e processos particular não são considerados e atenção que ele recebe é pra ajustar seu ritmo ao programa que o professor deve implementar. Essa orientação foi dada pelas escolas pelos organismos oficiais durante os anos 60, até hoje está presente em muitos materiais didáticos com caráter estritamente instrumental. 

A Pedagogia Libertadora

No final dos 70 e início dos anos 80, a abertura política decorrente do final do regime militar coincidiu com uma imensa mobilização dos educadores na busca por uma educação crítica a serviço das transformações sociais, econômicas e políticas, tendo em vista a superação das desigualdades existentes no interior da sociedade. Ao lado das teorias críticos reprodutivistas, firma-se no meio educacional a presença da “pedagogia libertadora” e a pedagogia critico-social dos conteúdos. A pedagogia libertadora tem suas origens nos movimentos de educação popular que ocorreram no final dos anos 50 e início dos anos 60, quando foram interrompidos pelo golpe militar de 1964 e teve seu desenvolvimento retomado no final dos anos 70. Nessa proposta a atividade escolar pauta-se em discussões de temas sociais e políticos em ações sobre a realidade social imediata, analisam-se seus problemas e fatores determinantes e organizam-se em forma de atuação para que se possa transformar a realidade social e política. O professor é um coordenador de atividades que organiza e atua conjuntamente com os alunos.

A Pedagogia Critica Social dos Conteúdos

A pedagogia “critico-social dos conteúdos”, que surgem no final dos anos 70 e início dos anos 80, coloca-se como uma reação de alguns educadores que não aceita a pouca relevância que a “pedagogia libertadora” dá ao aprendizado do “saber sistematizado” historicamente acumulado, que constitui parte do acervo cultural da humanidade. A “pedagogia crítico social dos conteúdos” assegura a função social e política da escola mediante trabalhos com os conhecimentos sistematizados a fim de colocar as classes populares em condições de uma afetividade as classes em condições de uma efetiva participações nas lutas sociais. Entende-se que não basta ter apena como conteúdos escolares as questões sociais atuais, mas que é necessário que se tenha domínio de conhecimentos e habilidades e capacidades mais amplas para que os alunos possam interpretar suas experiências de vida e defender seus interesses de classe.

É importante salientar que não se pode deixar de se preocupar com domínio de conhecimentos formais para participação crítica na sociedade, considera-se também que é necessária uma adequação pedagógica as características de um aluno que pensa e de um professor que sabe a importância dos conteúdos e seu valor social formativo. 

Poderá gostar também:
Resumo das tendências Pedagógicas

Referências

quarta-feira, 2 de março de 2016

Plano de aula 4º ano do Ensino Fundamental Poluição Ambiental: rios

                                                                                                                     Por Thaíta Caldeira 

Disciplina: Ciências Naturais e Língua Portuguesa   

Tema da aula: Poluição Ambiental  

Objetivos:
- Identificar as ações que prejudicam o meio ambiente.
-Participar de atividades sobre a importância da preservação da água
-  Escrever palavras relacionadas ao tema da aula.
- Produzir um texto sobre o tema “Lixo no lixo”.
Conteúdos:
- Meio ambiente
- Produção de texto
Recursos:
-  Cartaz
- Folha A4
- Recipientes transparentes
- Copo
- Corante
- Água
- Folha xerocada
Desenvolvimento:
1º Momento: Colar no quadro um cartaz onde os alunos irão decorar o desenho de um rio, um rio será decorado com peixes, algas, pedras e etc, outro com lixo. Através de um diálogo da professora com os alunos, eles  perceberão  a diferença de um rio poluído e um não poluído, e de como a poluição afeta a vida animal e humana. Refletir junto com eles qual a importância do descarte adequado do lixo. Duração da atividade: 20 minutos.
2º Momento: Fazer a seguinte experiência com os alunos:
1. Despeje um copo cheio de água no recipiente grande.
2. "Poluir" esta água, adicionando um pouco de corante alimentício.
3. Adicione água limpa, um copo de cada vez, até que a água pareça clara.
4. Discuta com os alunos quais são os resultados desta experiência. Ajude-o a fazer as ligações entre esta experiência e o mundo real.
Serão feitas as seguintes perguntas oralmente:
- Se alguém beber essa água, também beberá a tinta?
- O que aconteceria se essa tinta fosse venenosa ou perigosa?
- Beber água poluída faz mal?
Duração da atividade: 20 minutos
3º Momento:  O (A) professoro (a) ditará as palavras abaixo: duração da atividade: 20 minutos.
      Poluição, Água, Desmatamento ,Planta, Lixo, Terra, Planeta,  Árvore,   Floresta, Vida
4º Momento: Distribuir folhas para os alunos produzirem um texto baseado na aula com tema “Lixo no lixo”. Duração da atividade: 30 minutos
Avaliação: Será avaliado durante a aula o interesse, a participação e o desempenho nas atividades propostas através de observação do professor(a).