Deficiência visual: o mundo pelo toque
A turma se apresenta
Para fazer com que a turma acolha e se entrose bem com o novo colega, combine com as crianças que, uma por dia, o acompanhará ao pátio, ao banheiro, até a condução e etc. Em geral, elas se entusiasmam com essas incumbências.
Vencendo os medos
É comum a criança com deficiência visual sentir desconforto e até medo de mexer com alguns materiais, como cola. Mostre que você mesmo costuma tocar no material em questão, estimulando-a a fazer o mesmo para mostrar que não há mal nenhum em manipular e se sujar.
Brincadeira em dupla
Nas aulas de educação física, privilegie atividades feitas aos pares, o pique pedra em que as duplas têm que correr sem serem pegas e virarem estátuas. Assim o colega ajuda na orientação do aluno cego.
Caixa mágica
Para criar um vínculo de confiança com o aluno, o professor prepara uma caixa cheia de objetos do cotidiano como retalhos de pano, pedaços de plástico, perfume, pó de café, palha de aço e formas geométricas. O aluno com deficiência visual será convidado a, periodicamente (pode ser todo dia), pegar um das coisas e descrevê-la diante da classe.
Deficiência Intelectual o tempo de cada um (curso de capacitação na área)
Proporção
O desenvolvimento da coordenação motora pode ser mais lento em crianças que têm deficiência mental. Uma das maneiras de estimular o aluno a dominar seus movimentos é fazê-lo escrever o nome em folha de papel de diferentes tamanhos. Assim, ele visualiza a necessidade de aumentar ou diminuir a letra de acordo com o espaço.
Integração
É muito comum uma criança com deficiência mental ter problemas de oralidade. Por isso, as aulas que estimulem o aluno a contar histórias são bem vindas. É importante dar continuidade à atividade com bate-papos na classe sobre os personagens ou sugerindo que os estudantes dêem o próprio final à trama e apresentem aos colegas. A atividade deve sempre ser feita com a turma toda.
Variedade
Diversifique os meios de acesso ao conteúdo na sala de aula. Crianças com deficiência mental ( e sem deficiência também ) nem sempre aprendem por meio de folhas de exercícios impresso, livros didáticos ou material concreto de matemática. Elas podem se identificar com músicas, passeios, desenhos, vídeos ou debates.
Deficiência física: sem obstáculo para o saber
Bem estar físico
Procure saber sobre o histórico pessoal e escolar do aluno com deficiência, informe-se com a família e médico sobre o estado de saúde e quais os efeitos dos remédios que ele está tomando. Esse conhecimento é a base para sugerir qualquer atividade que exija esforço físico. Os exercícios podem, por exemplo, interferir na metabolização dos medicamentos.
Habilidades básicas
Para ajudar a criança com deficiência física nas habilidades sociais, escolha atividades relacionadas às exigências diárias, como deitar, sentar e levantar-se, arremessar e pegar objetos, parar e mudar de direção. Proponha jogos nas quais os alunos façam escolhas (passar por cima ou por baixo de cordas ou elásticos) para que ele perceba o controle que pode ter sobre o seu corpo.
Interação
Estimule o contato da criança com deficiência com os colegas, permitindo a troca de idéias, a expressão de emoções e o contato físico para auxiliar nas diversas atividades.
Peças imantadas
Use material concreto e lousa com letras magnéticas para facilitar formação de palavras e a memorização quando houver restrição no movimento dos braços.
Deficiência auditiva: além do silêncio
Atitude do professor
Em sala, fale sempre de frente para o aluno surdo ( se ele souber ler lábios ), escreva no quadro e utilize textos impressos.
Informações em imagens
Enriqueça as aulas produzindo murais com palavras, conceito e conteúdos ( a classificação das palavras, a conjunção de verbos, os dias da semana, os meses as festas etc.). Você pode ainda elaborar pastas temáticas com imagens para cada assunto estudado.
Gramática
Faça jogos com ficha sobre questões gramaticais com respostas alternativas e destaque a correta. O adversário lê pergunta e vê a resposta a resposta certa. Quem errar perde a vez. Se a criança surda não souber ler lábios, peça para o aluno escrever as questões num papel ou no quadro. Outra brincadeira interessante pode ser feita recortando períodos ou frase de um texto e embaralhando-os. As crianças devem ordená-los, treinando a seqüência lógica e o uso das palavras que fazem a ligação entre os trechos.
Compreensão de texto
Para saber se o aluno surdo entendeu um texto, peça que ele desenhe o período por período. Isso mostra quais palavras se perderam ou não foram entendidas. Faça também perguntas que remetem aos elementos da sentença: Quem? O que? Onde? Assim, o aluno aprende a conjunção verbal e o uso de preposições, artigo e conjunções.
Deficiência múltipla: sentir a vida
Rotina da escola
Estabeleça símbolos na sala de aula para que um aluno surdo cego compreenda, aos poucos, sua rotina escolar: ao entrar na sala, ele toca a porta o quadro e o giz, sempre na mesma ordem e com ajuda do professor ou de um colega; antes de iniciar uma atividade, ele pode passar as mãos na folha de um caderno. O mesmo mecanismo serve para a hora do lanche e ir embora.
Roda de brincadeira
Observar o comportamento das crianças sem deficiência ajuda aquelas que têm deficiência a se desenvolver. Por isso, faça jogos e brincadeiras que reúnam a turma no final das aulas.
Histórico do aluno
Pesquise tudo sobre a criança: de onde ela vem, como é a família, como se comunica e quais as brincadeiras preferidas. Na avaliação, valorize a evolução do aluno, dentro de seus limites, e não os resultados. Afinal, em certos casos há um grande avanço entre chegar sem falar e depois participar das aulas oralmente.
Fonte: Revista Nova Escola
A turma se apresenta
Para fazer com que a turma acolha e se entrose bem com o novo colega, combine com as crianças que, uma por dia, o acompanhará ao pátio, ao banheiro, até a condução e etc. Em geral, elas se entusiasmam com essas incumbências.
Vencendo os medos
É comum a criança com deficiência visual sentir desconforto e até medo de mexer com alguns materiais, como cola. Mostre que você mesmo costuma tocar no material em questão, estimulando-a a fazer o mesmo para mostrar que não há mal nenhum em manipular e se sujar.
Brincadeira em dupla
Nas aulas de educação física, privilegie atividades feitas aos pares, o pique pedra em que as duplas têm que correr sem serem pegas e virarem estátuas. Assim o colega ajuda na orientação do aluno cego.
Caixa mágica
Para criar um vínculo de confiança com o aluno, o professor prepara uma caixa cheia de objetos do cotidiano como retalhos de pano, pedaços de plástico, perfume, pó de café, palha de aço e formas geométricas. O aluno com deficiência visual será convidado a, periodicamente (pode ser todo dia), pegar um das coisas e descrevê-la diante da classe.
Deficiência Intelectual o tempo de cada um (curso de capacitação na área)
Proporção
O desenvolvimento da coordenação motora pode ser mais lento em crianças que têm deficiência mental. Uma das maneiras de estimular o aluno a dominar seus movimentos é fazê-lo escrever o nome em folha de papel de diferentes tamanhos. Assim, ele visualiza a necessidade de aumentar ou diminuir a letra de acordo com o espaço.
Integração
É muito comum uma criança com deficiência mental ter problemas de oralidade. Por isso, as aulas que estimulem o aluno a contar histórias são bem vindas. É importante dar continuidade à atividade com bate-papos na classe sobre os personagens ou sugerindo que os estudantes dêem o próprio final à trama e apresentem aos colegas. A atividade deve sempre ser feita com a turma toda.
Variedade
Diversifique os meios de acesso ao conteúdo na sala de aula. Crianças com deficiência mental ( e sem deficiência também ) nem sempre aprendem por meio de folhas de exercícios impresso, livros didáticos ou material concreto de matemática. Elas podem se identificar com músicas, passeios, desenhos, vídeos ou debates.
Deficiência física: sem obstáculo para o saber
Bem estar físico
Procure saber sobre o histórico pessoal e escolar do aluno com deficiência, informe-se com a família e médico sobre o estado de saúde e quais os efeitos dos remédios que ele está tomando. Esse conhecimento é a base para sugerir qualquer atividade que exija esforço físico. Os exercícios podem, por exemplo, interferir na metabolização dos medicamentos.
Habilidades básicas
Para ajudar a criança com deficiência física nas habilidades sociais, escolha atividades relacionadas às exigências diárias, como deitar, sentar e levantar-se, arremessar e pegar objetos, parar e mudar de direção. Proponha jogos nas quais os alunos façam escolhas (passar por cima ou por baixo de cordas ou elásticos) para que ele perceba o controle que pode ter sobre o seu corpo.
Interação
Estimule o contato da criança com deficiência com os colegas, permitindo a troca de idéias, a expressão de emoções e o contato físico para auxiliar nas diversas atividades.
Peças imantadas
Use material concreto e lousa com letras magnéticas para facilitar formação de palavras e a memorização quando houver restrição no movimento dos braços.
Deficiência auditiva: além do silêncio
Atitude do professor
Em sala, fale sempre de frente para o aluno surdo ( se ele souber ler lábios ), escreva no quadro e utilize textos impressos.
Informações em imagens
Enriqueça as aulas produzindo murais com palavras, conceito e conteúdos ( a classificação das palavras, a conjunção de verbos, os dias da semana, os meses as festas etc.). Você pode ainda elaborar pastas temáticas com imagens para cada assunto estudado.
Gramática
Faça jogos com ficha sobre questões gramaticais com respostas alternativas e destaque a correta. O adversário lê pergunta e vê a resposta a resposta certa. Quem errar perde a vez. Se a criança surda não souber ler lábios, peça para o aluno escrever as questões num papel ou no quadro. Outra brincadeira interessante pode ser feita recortando períodos ou frase de um texto e embaralhando-os. As crianças devem ordená-los, treinando a seqüência lógica e o uso das palavras que fazem a ligação entre os trechos.
Compreensão de texto
Para saber se o aluno surdo entendeu um texto, peça que ele desenhe o período por período. Isso mostra quais palavras se perderam ou não foram entendidas. Faça também perguntas que remetem aos elementos da sentença: Quem? O que? Onde? Assim, o aluno aprende a conjunção verbal e o uso de preposições, artigo e conjunções.
Deficiência múltipla: sentir a vida
Rotina da escola
Estabeleça símbolos na sala de aula para que um aluno surdo cego compreenda, aos poucos, sua rotina escolar: ao entrar na sala, ele toca a porta o quadro e o giz, sempre na mesma ordem e com ajuda do professor ou de um colega; antes de iniciar uma atividade, ele pode passar as mãos na folha de um caderno. O mesmo mecanismo serve para a hora do lanche e ir embora.
Roda de brincadeira
Observar o comportamento das crianças sem deficiência ajuda aquelas que têm deficiência a se desenvolver. Por isso, faça jogos e brincadeiras que reúnam a turma no final das aulas.
Histórico do aluno
Pesquise tudo sobre a criança: de onde ela vem, como é a família, como se comunica e quais as brincadeiras preferidas. Na avaliação, valorize a evolução do aluno, dentro de seus limites, e não os resultados. Afinal, em certos casos há um grande avanço entre chegar sem falar e depois participar das aulas oralmente.
Fonte: Revista Nova Escola