No passado o contador de histórias tinha uma grande importância social e cultural. Ele era uma espécie de depositário da experiência, do conhecimento e da sabedoria de sua época. Posteriormente, atividade adquiriu status de rito familiar que, entre outras coisas, possibilitava a criação de um clima mais íntimo, favorável à relação entre as gerações. Nessa época, a figura do avô e da avó era símbolo do faz-de-conta, agente de introspecção imaginativa de crianças e jovens que por meio de brincadeiras, reproduziam e ampliavam as simbologias dos momentos mágicos extraídos dos livros.
Atualmente, em tempos de supremacia da imagem (da televisão, do computador, etc.), se a relação intimista entre as gerações se mostra prejudicada pelo ritmo acelerado dos ritos sociais modernos, a figura do contador de história praticamente foi substituída pelo monitor de TV ou do micro. Em consequência as brincadeiras que antes eram essencialmente e cheias de fantasia, assumiram um caráter de isolamento ou, em seus momentos coletivos, apenas reproduzem imagens prontas de uma trama estereotipada, que não propicia a criatividade nem desenvolve a imaginação infantil.
Atualmente, em tempos de supremacia da imagem (da televisão, do computador, etc.), se a relação intimista entre as gerações se mostra prejudicada pelo ritmo acelerado dos ritos sociais modernos, a figura do contador de história praticamente foi substituída pelo monitor de TV ou do micro. Em consequência as brincadeiras que antes eram essencialmente e cheias de fantasia, assumiram um caráter de isolamento ou, em seus momentos coletivos, apenas reproduzem imagens prontas de uma trama estereotipada, que não propicia a criatividade nem desenvolve a imaginação infantil.
Diante dessa situação, como a contação de história (sugestão de curso: como contar histórias lúdicas e divertida) ainda consegue oferecer divertimento, de acordo com os valores subjetivos intrínsecos a cada ouvinte, também se faz necessário resgatar o instante mágico da atividade que, por sua vez, ainda estimula a leitura. Como? De início o educador deve encontrar o contador de história que há em si mesmo. Hoje, existem técnicas elaboradas que revelam a faceta sensível e poética inerente a qualquer ser humano, que deseja aprimorar sua capacidade expressiva e criativa, mas que também ensinam a valorizar a relação com o livro como fonte de inspiração na busca de disseminar, pela prática, o direito de formar não somente leitores, mas antes de tudo, cidadãos mais humanizados, sensíveis, inteligentes e questionadores, prontos para aventura do saber.
Para ser um bom contador de história basta:
1- Viver a história, ter expressão viva, ardente e sugestiva: Logo a história tem de despertar, primeiramente, a sensibilidade de quem conta. Caso não haja emoção no ato também não haverá sucesso na atividade.
2- Narrar com naturalidade e sem afetação: Lembrando que o vocabulário deve ser adequado ao público ouvinte.
3- Conhecer com absoluta confiança o enredo: Na oralidade, alem de ser claro e objetivo, às vezes, é necessário completar as ideias da história. Portanto, o contador deve estar seguro sobre o que vai contar. Do contrário, é melhor nem tentar.
4- Dominar o interesse do público: O contador deve buscar maneiras de fazer com que os ouvintes permaneçam concentrados na história.
5- Contar dramaticamente: Nesse caso, o contador pode se passar por alguns do personagens ou por todos, para obter o efeito desejado.
6- Falar com voz adequada, clara e agradável: Não é conveniente falar em falsete ou impostada a voz, a não ser que seja em momentos específicos, para caracterizar um determinado personagem.
7- Ser comedido nos gestos: Se o contador exagera em gestos sem objetivos, quando fizer um que, realmente, seja necessário para melhor entendimento da história, provavelmente, não será notado.
8-Ter espírito inventivo e original: Principalmente, para contar histórias com suas próprias palavras, dando uma roupagem nova ao tradicional. Dessa forma, ao utilizar um livro, ainda se faz necessário adaptar a história, porque a linguagem escrita e totalmente diferente da oral.
9- Ter estudado a história: Apenas note que, não é preciso decorá-la. Porque há diversas possibilidades de exploração oral para fazer a contação com espontaneidade.
A importância da história na vida das crianças
A professora de Dirce Capanema Mateos Garido, fundamentada pela “Arte de ler e contar histórias, do professor Malba Taham, em artigo publicado no livro “Educação Pré- primária”, abordou a ação educativa das histórias infantis, de acordo com os seguintes objetivos:
a- Expansão da linguagem infantil – Enriquece o vocabulário, facilita a expressão e articulação;
b- Estimula a inteligência – Desenvolve o poder criador do pensamento infantil;
c- Aquisição de conhecimentos – Alarga os horizontes e amplia as experiências da criança;
d- Socializa – Além de identificar a criança com o grupo e com o ambiente, a leva estabelecer associações, por analogias, entre e o que conhece;
e- Revelação das diferenças individuais – Para o professor facilita o conhecimento de características predominantes em seus alunos, que são evidenciadas por meio de reações provocadas pela narrativa;
f- Formação de hábitos e atitudes sociais e morais – Por intermédio da imitação de bons exemplos e das situações decorrentes das histórias são estimulados os bons sentimentos na criança, que fica incitada em aplicá-los na vida moral;
g- Cultivo da sensibilidade e da imaginação – Condição essencial ao desenvolvimento infantil;
h- Interesse pela leitura – Ao familiarizar a criança com os livros e histórias, é despertado esse interesse tão necessário.
Fonte: Revista Educativa Especial