Estruturação da aula
Organização, seqüência e inter-relação dos momentos do processo de ensino, tendo em conta as idades dos alunos, as características do desenvolvimento mental, às especificidades de conteúdos e metodologias das matérias que incluem cinco momentos.
Primeiro momento→orientação inicial dos objetivos de ensino e aprendizagem.
Incentivar os alunos no estudo da matéria, colocando os objetivos e os resultados que devem ser conseguidos.
Objetivo: suscitar a atenção e atividade mental dos alunos.
Segundo momento→ transmissão e assimilação da matéria nova.
Contato com a matéria pode ser observação direta, trabalhos práticos, conversação, discussão, uso do livro didático, realização de pequenos experimentos.
Aproximação dos conteúdos com experiências de vida, estimulação dos pensamentos dos alunos para que expressem os resultados das suas observações e de suas experiências.
Permanente ligação com que os alunos já sabem.
Necessidade de “amarramento” do estudo por meio da sistematização, síntese entrelaçamentos entre os assuntos.
Percepção ativa e compreensão da matéria.
Possibilidade de operar mentalmente com os conhecimentos. Progresso na formação de conceitos e no desenvolvimento das capacidades cognoscitivas. (exercício do pensamento com a ajuda do professor).
Objetivos: formar idéias claras sobre o assunto e juntar elementos para a compreensão.
Terceiro momento→ consolidação e aprimoramento dos conhecimentos, habilidades e hábitos, obtido pelos exercícios e pela recordação da matéria onde são aplicados conhecimentos e habilidades e se cumprem os objetivos de ensino estabelecidos.
Quarto momento→ aplicação de conhecimentos, habilidades e hábitos.
Comprovação da assimilação de conhecimentos mediante tarefas que se liguem à vida e estimulem capacidades de análise, síntese, crítica, comparação, generalização. (coroando o processo de ensino).
Objetivos: utilização dos conhecimentos em situações diferentes daquelas anteriormente trabalhadas.
Quinto momento→ verificação e avaliação dos conhecimentos e habilidades.
Apesar da verificação dos resultados da aprendizagem ocorrer em todos os momentos o processo de ensino na etapa de orientação inicial, no tratamento da matéria nova, na consolidação e aplicação dos conteúdos, o professor está sempre colhendo informações e avaliando o progresso mental dos alunos.
Exigências da prática escolar
Controle sistemático da realização dos objetivos de aprendizagem durante o processo de ensino e momento de comprovação dos resultados obtidos.
A avaliação final é a oportunidade de verificar o nível de assimilação conseguido pelos alunos, a qualidade do material assimilado e o progresso obtido no desenvolvimento das capacidades cognoscitivas.
O caráter educativo do processo de ensino e o ensino crítico
Unidade estruturação-educação
Formação de atitudes e convicções frente à realidade, no transcorrer do processo de ensino.
O processo de ensino, ao mesmo tempo em que realiza as tarefas da instrução de crianças e jovens, é um processo de educação.
O professor, no desempenho da sua profissão, deve ter em mente a formação da personalidade dos alunos nos aspectos intelectual, moral, afetivo, e físico.
Resultado do trabalho escolar
Formação de senso de observação, a capacidade de exame objetivo e crítico de fatos e fenômenos da natureza e das relações sociais, habilidades de expressão verbal e escrita etc.
Ensino crítico (expressão do caráter educativo do ensino crítico)
Tarefas de ensino e aprendizagem que são encaminhadas no sentido de formar convicções, princípios orientadores da atividade prática humana frente à problemas e desafios da realidade social.
Implica objetivos sócio-políticos e pedagógicos, conteúdos e métodos escolhidos e organizados mediante determinada postura frente ao contexto das relações sociais vigentes na prática social.
O ensino crítico é engendrado no processo de ensino, que se desdobra em fases didáticas coordenadas entre si que vão dos conhecimentos científicos ao exercício do pensamento crítico, no discurso das quais se formam processos mentais, desenvolve-se na imaginação, forma-se atitudes e disciplina intelectual.
Processo de formação de consciência crítica
Consciência crítica: pensamento independente e criativo em face de problemas da realidade social disciplinado pela razão científica. Aquisição de conhecimentos e habilidades e desenvolvimento das capacidades intelectuais que propiciam a formação da consciência crítica do aluno, na condição de agentes ativos nas transformações das relações sociais.
Ensinar possibilita aos alunos, mediante a assimilação consciente de conteúdos escolares, formação da suas capacidades e habilidades cognoscitivas e operativas e, com isso, o desenvolvimento da consciência crítica.
Professor crítico
A função do professor crítico é traduzir objetivos sócio-políticos e pedagógicos em formas concretas de trabalho docente que levem ao domínio sólido e duradouro de conhecimentos pelos alunos, que promovam a ampliação de suas capacidades mentais, a fim de que desenvolvam o pensamento independente, a coragem de duvidar e, com isso, ganhem convicções pessoais e meios de ação prática nos processos de participação democrática na sociedade.
Conteúdos: meios de formar a independência de pensamentos e de crítica, meios culturais para se buscar respostas criativas a problemas posto pela realidade.
Na medida em que os conteúdos se articulam ao desenvolvimento de capacidades habilidades mentais, por isso mesmo, podem ser questionados, reelaborados, confrontados, com a realidade física é social, em função de valores e critérios de julgamento em que se acredita.
Bibliografia:
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério 2° grau. Série formação do professor).
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segunda-feira, 22 de junho de 2009
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